quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

domingo, 24 de dezembro de 2006

melhores discos de 2006

cheguei a um consenso dos melhores discos que ouvi esse ano (e lançados esse ano). não é definitivo, solene e nem útil, claro.

vamos lá:

1. charlotte gainsbourg - 5:55
2. snow patrol - eyes open
3. belle and sebastian - the life pursuit
4. sparklehorse - dreamt for light years in the belly of a mountain
5. lily allen - alright still
6. sonic youth - rather ripped
7. the zutons - tired of hanging around
8. emily haines and the soft skeleton - knives don't have your back
9. madeleine peyroux - half the perfect world
10. graham coxon - love travels at illegal speed

e ainda:

islands - return to the sea
sondre lerche and the faces down quartet - duper sessions
yeah yeah yeahs - show your bones
isobel campbell with mark lanegan - ballad of broken seas
the pippetes - we are the pippetes
bob dylan - modern times
johnny cash - american v
the knife - silent shout
mates of state - bring it back
the strokes - first impressions of earth

e o mundo gira.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

post sem mouse

ontem, ou antes, já não lembro direito, o mouse simplesmente parou de funcionar. nesse momento ele tá paradinho no centro da tela, o que me irrita um pouco, às vezes ficam aparecendo informações, quando como você passa o mouse sobre alguma coisa... agora ta melhor, da pra fazer quase tudo no teclado, ainda que de maneira lenta, bem lenta... vivendo a base do tab... e, bom, não da pra responder scraps nem shouts porque o tab não alcança os botões...
ouvindo the go!team e pensando que deveria arrumar esse quarto. eu até voltei pra cá disposta a isso e ontem ensaiei começar mas na hora que olhei pros livros me deu uma preguiça... tá tudo uma bagunça.

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só tem listas por todos cantos... vou pensar em uma também. o eyes open do snow patrol certamente vai entrar. o rather ripped também. de filmes, vendo as tendências, 007 é legal, mas não melhor do ano, e certamente v de vingança não entra nem pagando. por enquanto, na liderença, o labirinto do fauno.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

diversos

Ouvindo o novo do Air, que vazou. Vai ser lançado em março e se chama Pocket Symphony. Fora isso, ta muito bom. Logo na primeira audição já achei e to ouvindo pela quarta vez e parece que vai melhorando, se é que isso é possível (é possível, sim). É claro que parece com os discos anteriores, só que uma dose a mais de suavidade, sem que isso se reverta em som mais ambiente (odeio essa denominação). Me sinto inspirada ouvindo esse disco novo, dá vontade de ter a casa em ordem, as idéias arrumadas e tudo o mais.


Músicas preferidas até agora: Space Maker, Napalm Love e Photograph.


***


No gancho com o post de baixo, a música Persona Gone Missing, do Eskobar, é a minha pérola pop da semana. Muito boa! Pensei enquanto ouvia: queria fazer um filme só pra colocar essa música na trilha. É empolgante na medida certa, suave e linda.


***

O blog ta realmente muito musical, porque to gastando muitas horas por dia baixando e ouvindo música. Mas com as férias tenho sérios planos de ver todos os 20 filmes que andei baixando e ainda não vi, na loucura do final de semestre. Bom, primeiro tenho que enfrentar e vencer a batalha das legendas e pra alguns ta bem difícil. Ao final das férias tenho planos de ter visto toda a filmografia da Ingrid Bergman (fora os dois primeiros filmes suecos impossíveis de achar e os filmes para TV), boa parte da Garbo e mais uns filminhos clássicos que fui arrebanhando no caminho.


***

Relacionei aí nos links o blog do Daniel Galera. O post atual é sobre O Labirinto do Fauno e é muito bom, tudo que não consegui exprimir no meu post-fast-food sobre o filme. Tenho esse problema de no final do ano já não lembrar bem de quais foram os filmes do início do ano, mas acho que se O Labirinto do Fauno não foi o melhor filme que vi nos cinemas esse ano, foi um dos melhores. Claro, também não vi todas as grandes estréias (deixei passar Volver, pra citar um), mas acho que o mérito do filme do Guillermo del Toro é inegável.

***


Por falar em Galera, será que ele vai vir mesmo pra Bienal da Une? Hehe. To esperando pra ver.

***


às vezes eu penso que to perdendo minha capacidade de pensar. e sim, estou na final de política – surpresa!

pop sueco

Em certo momento de uma de suas mais belas canções (e são muitas) The Cold Swedish Winter, Jens Lekman canta:

When people think of Sweden
I think they have the wrong idea
like Cliff Richards who thought it was just
porn and gonorrhea


And Lou Reed said in the film
"Blue in the face"
that compared to New York City
Sweden was a scary place

O que vêm à minha cabeça quanto penso na Suécia? Geralmente cinema, atrizes (duas em especial, claro, Bergman e Garbo), mulheres loiras e bonitas pulando muito na Copa do Mundo (clichê) e, bom, acho que só. Até um tempo atrás era isso. Até que caiu no meu colo, de repente, uma avalanche de excelentes bandas e artistas de música pop suecos. Caiu no colo é maneira de dizer, muitos tive que correr atrás, claro, mas a porta que se abriu para mim foi muito algo do acaso. Percorri um desses caminhos casuais, que seguimos mais pelo tédio às vezes, sem saber se vai ter algo interessante no final...
Um dia vi no orkut de uma garota um about que achei interessante, não por ser legal, cool ou inteligente. Mas porque parecia um pouco desmedido que aquilo fosse um about de alguém e era um pouco óbvio que deveriam ser versos de uma música. Eram eles:
They say your middle name is trouble
But I know it's Caroline
They say you
remind them problems
But I think you look like Audrey
Coloquei no Google e tal e daí descobri que era de uma banda sueca chamada Acid House Kings e fiquei curiosa pra ouvir. Por um acaso, ao procurar sobre a banda no Last Fm vi que essa faixa era uma daquelas que dá pra ouvir de graça no site. Adorei a música. Tão suave, a cantora com uma voz tão bonita, e logo já estava baixando o cd da banda que contém a música, Sing Along With Acid House Kings. Indie pop de qualidade, uma puxada pro twee, assisti uns clipes no youtube e já estava adorando a Julia Lannerheim, a vocalista, toda alta, sueca e desajeitada.
Do Acid House Kings dei o pontapé inicial pra descobrir as bandas indie pop suecas, ou simplesmente suecas. Já conhecia um pouco o I’m From Barcelona, mas não levo tão a sério assim. Descobri o Suburban Kids With Biblical Names, que considero bem melhor; baixei Kent, que tem belíssimo cds em sueco (grande parte das bandas canta em inglês mesmo); Sambassadeur, The Radio Dept., Shout Out Louds (mais rockinho, adorei); aí me bati em Jens Lekman e El Perro del Mar (o ápice). Hello Saferide. Eskobar (muito bom). Hell on Wheels. Peter Bjorn and John. The Concretes. The Knife (synthpop). Todas boas, ainda que em diferentes níveis. Algumas são de partir o coração, outras pra bater palminhas junto, algumas pra dançar etc.
Baixem e aproveitem.
Melhores bandas/artistas: Jens Lekman, El Perro del Mar, Hello Saferide, Shout Out Louds, Eskobar.

domingo, 17 de dezembro de 2006

similaridades temáticas

My Best Friend
Hello Saferide

You call me up in the mornings
We’ll stay on the phone until dawning
You tell me secrets I actually keep
You call me up around noon and
Bring me all the good gossip
You hold my head when I throw up
I hold your hand when you weep
And we talk about friends
And we talk about records
Talk about life
And we’ll talk about death
And we dance in the living room
Dance on the sidewalks, dance in the movies
Dance at the festivals, dance, dance
No men ever really dance like this
Damn! I wish I was a lesbian
Damn! I wish I was a lesbian
Damn! I wish I was, and that you were, too
So I could fall in love with you
You call me up in the evenings
And tell me what they did this time
No matter what, I’m by your side
When it’s raining, we’ll go to the video store
We even like the same movies
No damn jedis or hobbits, this time!
And you laugh at my jokes
And I laugh at your jokes
And I even like the birthday presents you get me
And we dance in the living room
Dance on the sidewalks
Dance in the movies
Dance at the festivals
Let’s dance, dance
No men ever really dance like this
Why don’t I fall?
Why don’t I just fall in love with you?
***
Tim I Wish You Were Born a Girl
Of Montreal


Tim, wish you were born a girl,
So I could've been your boyfriend.
I know it's not possible now.
I just never met a girl I like half as much as you.
And we could lay around in bed, stay there all day,
Or at least until the afternoon
And I could make you spaghetti with tomato sauce
With just a touch of oregano and a parsley stem.
And then when you got sick,
I could take the day off work.
I could've made you chicken soup,
And we could watch soap operas-
oh, those TV dramas!
I could catch your cold
and you could take care of me.
If I could've met you at school, or met you at work,
It would have changed everything.
Those years of losing, confusion and insecurity,
They would have been shared,
they would have been easier.
Tim, wish you were born a girl,
So I could've been your fiancé.
I'm not saying you can't be all these things for me,
But it's just not the same because you're a man,
and so am I.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

La Faithfull


Pra me redimir do argumento da causalidade:

http://youtube.com/watch?v=pio4GEJ3FJs&mode=related&search=

link pra uma entrevista com a Marianne Faithfull e o Nick Cave sobre o cd Before the Poison, o último da Marianne, que conta com a participação do Nick (outras participações: PJ Harvey, Jon Brion e Damon Albarn ). Nick e PJ não colaboraram juntos em nenhuma das faixas, mas as contribuições individuis engradeceram e muito o cd, que é um dos meus favoritos, bom de cabo a rabo. A voz da Marianne tá super rouquinha, mudou muito com a idade, mas acho que ficou até mais legal. Embora sejam duas coisas completamente diferente, antes era aquela fase rock levinho, menina fofa anos 60 e tal. Eu gosto também, mas acho que esse cd alcançou outro nível. É interessante o making of. Queria ser neta da Marianne.

domingo, 10 de dezembro de 2006

Mais uma música

Ah, lembrei de uma música engraçada que um cara fez pra Drew Barrymore. Não é atriz clássica mas whatever, né.
É meio baixo astral. Cantada numa musiquinha de segunda.

True Drew -Diesel Boy
Well I think that it must be something like my destiny
And with these eyes its so easy to see
That girl from E.T.
She's the only one for me
Listen to me sing your name
D-R-E-W, I want to fuck you
Hope you don't think my song is lame
I want to fuck you, D-R-E-W
Please be my one and only true Drew
That guy from that band Hole
What's he got that I ain't got?
A million bucks and Courtney Love and whole lotta pot
But without you Drew
He ain't got a whole lot
Won't you run away with me?
We could have a punk rock family
Have ten kids, give'em tattoos
Tell me Drew what have you got to lose?
I promise you that I'm not a loser
Someday I may play at Lollapalooza
Then I could buy you fancy things like a red Rolls Royce or a diamond ring
How can you resist my noise?
I'm the singer for Diesel Boy

Top One - Aimee Mann

Sim, depois de uns meses de Last Fm é um pouco chocante ver que a primeira colocação do meu Overall Artists tem o triplo de execuções do segundo lugar. No caso, respectivamente, Aimee Mann e Marianne Faithfull. Um adendo importante é que Aimee Mann é, provavelmente, minhas cantora favorita há uns dois anos, mas a Faithfull, apesar de eu gostar bastante dela, ocupa o segundo lugar por alguma causalidade. Muitas bandas que gosto não ouço muito no PC, que são as que tenho CD, e os CDs ficam no quarto e etc (Nirvana, White Stripes, Strokes e agora Belle and Sebastian, que eu tinha a discografia todo no pc e quase toda em CD e apaguei boa parte pra liberar espaço, são os mais prejudicados).
Digressões à parte, esse post é pra falar da Aimee Mann, que eu conheci graças a meu querido Nick Hornby, no 31 Canções. Eu vi Magnólia no cinema, mas naquela época eu não tinha internet, tinha 13 anos e correr atrás das coisas era mais difícil. E o filme nem causou tanta impressão assim (revi esse ano e ainda acho mediano, apesar do início estupendo e de muitos bons momentos, boas atuações e, claro, da temática). Primeiro eu viciei no Bachelor No. 2, base para as músicas do filme e de onde vem minha aimee favorita - Ghost World. Daí depois comprei o The Forgotten Arm assim que saiu, e só então adentrei com tudo no mundo de Lost In Space - hoje, meu CD favorito. Os primeiros CD's eu achava (e são) mais toscos, um pop menos trabalhado, a transição da tosquice punk do Young Snakes, do pé no cafona do 'Til Tuesday para o pop mais elaborado que é a característica principal dessa cantora-compositora hoje. Mas de repente ouvi os dois com a atenção que merecem e são grandes discos, recheados de pequenas pérolas pop.
__
Aimee Mann começou sua carreira na banda Young Snakes, uma banda de punk, com um som sujo. Nessa época que ela tinha aquele cabelo pra cima, loiro-branco. Depois, participou da banda ‘Til Tuesday, que chegou a ter uma música estourada na MTV, e que fazia um som mais pop. O primeiro disco da banda, formada em 1983, foi Voices Carry, que ganhou o disco de ouro. No último disco da banda, Everything’s Different Now, a maioria das letras já era da Aimee; os membros da banda pularam fora, só restando ela e o então baterista Michael Hausman. Daí a banda acabou, Hausman se tornou empresário da Aimee, que lançou em 1993 seu primeiro disco solo (depois de trabalhar com gente de peso, como Elvis Costello): Whatever. O disco teve boa aceitação da crítica, mas Aimee se desentendeu com a Imago (gravadora), início de um histórico de desavenças com as majors, e o segundo disco, I’m With Stupid, saiu pela Geffen. Novamente, Aimee não gostou do tratamento que recebeu da gravadora e resolveu abrir seu próprio selo, chamado de maneira bem humorada de Super Ego Records. A Super Ego é afiliada do selo United Musicians, que reúne diversos selos pequenos, que se apóiam. Cada artista tem plenos direitos sobre sua obra. Daí a Aimee tava compondo as músicas para aquele que viria a ser seu terceiro CD, Bachelor No. 2. Uma fitinha com algumas de suas músicas foi parar com o diretor P.T. Anderson, na época em um momento de impasse no roteiro de seu novo filme, Magnólia. Jon Brion, compositor de trilhas, produzira I’m With Stupid, e trabalhou novamente com Mann na trilha do filme, que conta com 8 músicas da cantora – uma delas é uma cover, One. A participação das músicas na trama é muito importante e ajuda a entender os personagens do filme, mas eu sou da turma que acha Aimee Mann muito maior que Magnólia – até porque, depois de três álbuns muito bons mesmo, ela conseguiu se superar e fazer a cereja do bolo.

Lost In Space é o CD que eu levaria para uma ilha deserta. É a trilha sonora da minha vida. E conta uma historinha, as músicas. Tem um trabalho de arte bonito, que reforça a idéia. Já li aqui uma crítica muito boa, e não sei criticar música, de qualquer jeito. O ano era 2002 e só em 2005 sairia o aguardado sucessor. Foi o primeiro que eu estava na expectativa pra comprar: Forgotten Arm. Para esse eu cheguei a esboçar uma pequena crítica, que segue abaixo:
Aimee Mann - The Forgotten Arm

Aimee Mann ficou famosa por ter feito a trilha sonora do filme Magnólia, de P.T. Anderson. O diretor colocou as canções dela literalmente na boca dos atores do filme. Suas músicas não só eram um personagem a mais, como na verdade, reza a lenda, ajudaram Anderson a se livrar de um nó criativo.
Em seu novo disco, The Forgotten Arm, Mann parece ter assumido de vez sua vocação para criar histórias; na capa do disco, que tem um belo desenho de dois lutadores de boxe, está lá: first impression. Sim, isso mesmo, primeira edição, assim como ocorre com os livros. O encarte dá seqüência ao jogo: Capítulo Um, Capítulo Dois... Assim vão sendo numeradas as canções, que contam uma história, de amor - a de John, um lutador de boxe, ex-combatente do Vietnã, e a de Caroline, uma mocinha simples.
A história começa quando os dois se conhecem, na bela Dear John, passam pelo problema de alcoolismo de John

“They'll have a big parade/ For every day that you stay clean”


No disco anterior, o belíssimo Lost In Space, já havia uma atmosfera una que percorria todas as faixas, assim como um trabalho de arte que reforçava essa idéia. Mas nesse aqui Mann levou a iniciativa um passo adiante. No todo, o disco parece ter uma atmosfera mais pesada que o Lost In Space, com arranjos mais lentos, melodias menos envolventes, mas sempre bonitas, que atingem seu ápice na música mais pungente do CD, Video, em que ela canta, nos últimos versos:
"Baby, baby, I love you
Baby, baby, I love you
But baby, I feel so bad"
As palavras, sempre essenciais na música de Mann, parecem ter mais forças que nunca nesse disco. É, afinal de contas, uma narrativa musical.
Aimee Mann continua, portanto, nesse CD, sua tradição de cantar a tristeza e melancolia de um mundo de desencontros, ainda que feliz, vez ou outra.

Minha foto preferida da Aimee, ela com o marido, o compositor Michael Penn (irmão do Sean Penn), parafraseando a famosa capa do The Freewheelin' Bob Dylan, de 1963.

O Labirinto do Fauno


Começo dizendo que pretendo aprofundar essa crítica depois.
É só que eu queria registrar, de alguma maneira, como esse filme está na minha mente desde ontem, quando o vi no cinema, indo e vindo. É visualmente lindo, é triste, é bonito, é pungente. Tem ótimas atuações, um roteiro fantástico que mistura elementos de fábula com um contexto histórico (a ditadura de Franco na Espanha) e alusões ao cristianismo e, no final das contas, uma ode à imaginação.
Lindo.

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Na foto, a atriz Ivana Baquero, que faz Ofélia, a protagonista do filme, com uma roupinha a la Alice no País das Maravilhas. Na mão dela, o caderno que a ajudava a ter pistas pras missões que tinha que cumprir. O Omelete tá tando um similar numa promoção. Eu quero...

Garbo, direto do Petshop

Love

Love é uma livre adaptação do livro Ana Karenina, de Tolstoi. Feita em 1927, teria uma nova versão, falada, em 1935, com Garbo novamente no papel de Karenina (dentre outras versões). Realmente é difícil pensar na transposição daquele livre, denso, para um filme de 84 minutos, mudo. A história central permanece a mesma, assim como o caráter dos personagens, porém – assim como na versão que seria feita 8 anos depois – todo o pano de fundo sobre a Rússia rural some, assim como personagens secundários, para se concentrar somente no amor entre Vronski e Ana. Algumas mudanças acontecem para dar mais suspense à trama, como por exemplo a maneira que Ana e Vronski se conhecem, numa estalagem no meio do nada, em plena tempestade, um sem saber nada do outro… Isso depois de alguns minutos de filme em que Greta Garbo passou com o rosto coberto, apenas sugerido. Até que na estalagem de repente ela revela o rosto – e está lindíssima, reluzente… Algo na fotografia do filme faz com ela pareça mais luminescente do que em qualquer outro filme que eu tenha visto com ela.


Garbo empresta certa vulnerabilidade exigida pelo papel; Ana é sempre muito bivalente, meio fraca, cheia de dúvidas. Até mesmo a postura dos ombros, algo caída, desanimada, faz parte dessa composição. Além do quê, sempre enxergo certa melancolia em Garbo, que parece pular da tela diretamente para o telespectador que a observa…


John Gilbert, que chegou a ser noivo de Garbo na vida real (ela pulou fora do casamento), faz um Vronski meio almofadinha, com ferocidade e um quê de presunçoso. Tudo isso nos faz não ter muito apreço pelo personagem, apesar de certa impetuosidade simpática que aparece vez ou outra. Contra ele, ainda, um corte de cabelo dos mais ridículos que já vi e um bigodinho de porteiro. Grande parte dessas impressões, porém, sempre vêm com o Vronski, pra mim, desde a leitura do livro – ele é um personagem que transpira imaturidade. Pra mim, o amor de Ana sempre foi pra Vronski, em grande medida, uma extensão do seu ego.Porém, quando juntos, algo funciona entre os dois; os gestos parecem se complementar, como numa espécie de coreografia. É possível sentir algo no ar. E o primeiro beijo consensual dos dois é lindo, de encher os olhos, com movimentos perfeitos – se é que isso faz algum sentido, posto dessa forma.Cheguei até aqui sem ainda falar da história, por presumir que seja conhecida. Ana é casada com um nobre russo, Karenin, com quem tem um filho. Um dia conhece e se apaixona por um membro de exército, Vronski. Fica dividida entre deixar o filho e ir viver com o amante ou continuar vivendo uma vida de aparências, como quer seu marido. O final do filme tem, entretanto, uma mudança radical e significativa. Provavelmente pra combinar com esse nome, Love… Que vai e volta fica aparecendo nos mais estranhos dos brindes no filme.

O filme gira entre o relacionamento de Ana e Vronski, que muitas vezes parece uma coisa voluntariosa dos dois, já que o desenvolvimento no filme é feito de maneira muito rápida, e a relação de mãe e filho, que é interpretado por Philippe De Lacy.Eu tinha lido na biografia da Garbo que existe uma parte física entre mãe e filho muito forte, um ar sensual, mas acho que não fiz idéia de como era. Na verdade, a parte mais tocante do filme é justamente quando ela está com o filho, em que o amor entre os dois parece escorrer da tela, muito mais interessante do que ela e Vronski. Alguns gestos entre eles parece mais de dois amantes, como o aquele clássico tirar os cabelos do rosto, acaricia-lo para então acontecer um beijo… Que acontece muito entre Garbo e De Lacy nesse filme. É tão afetuoso, warming, Garbo está tão maravilhosa…


É um filme muito agradável de se assistir e superior à versão falada, apesar de em uns poucos momentos tentar adquirir um tom de piada que não cola. E apesar, claro, dessa mutilação feita ao final clássico - tão marcante.


Ficha técnica: Love (1927)

Direção: Edmund Goulding

Produção: Irving Thalberg

Roteiro: Francis Marion, adaptado da novella Ana Karenina, de Tolstoi.

Fotografia: William Daniels

Legendas: Marion Ainslee e Ruth Cummings

Edição: Hugh Wynn

Elenco: Greta Garbo (Anna Karenina), John Gilbert (Vrosnki), George Fawcett (grão-duque), Brandon Hurst (Karenin) e Philippe De Lacy (Seryosha).

Duração: 82 min

País: EUA

Cor: Preto e Branco

Som: Mudo

Músicas e estrelas

Tentando encontrar uma maneira de fazer esse blog fununciar... Mas a voz nunca parece a certa. Vou tentar ter mais informação e menos divagações inúteis e que depois me deixam embaraçada de tão breguinhas. Vou começar com um post sobre músicas que se referem a astros e estrelas cinematográficas.
***
1. Rita Hayworth por The White Stripes - Take, Take, Take
I was sitting there in a comfortable chair
And that was all that I needed
Then my friend offered me a drink for us to share
And that was all that I needed
Well, then I felt at easeBut then I'm not too hard to please
I guess you couldn't call me greedyT
hen I was shocked to look up
And see Rita Hayworth there in a place so seedy
She walked into the bar with her long, red, curly hair
And that was all that I needed
And I said to my friend, "good god, we're lucky men just to evensee her"

Take, take, take
Take, take, take
Take, take, take

And I could not resist, I just had to get close to her
And that was all that I needed
I walked and loomed around her table for a while
And that was all that I needed
Then I said, "I hate to bug you, ma'am, but can I have your autograph?"
And that was all that I needed
She pressed her lips against a white piece of paper
And that was all that I needed
Then I saw what she wrote, my heart is in my mouth
And that was all that I needed
Then she handed it to me, and I think that she could see
That that was all that I needed
I started to walk away but then I remembered 'hey, I forgot to get a picture'
So I asked her one more time, "could I have another favor?"
That was all that I needed
She was kind and posed with me
Then I knew my friend would see my celebrity meeting

Take, take, take
Take, take, take
Take, take, take

She turned and said to me, "I need to go to sleep,
"And it seemed so mean
It's almost as if she could not appreciate how cool I was being
She said, "good night" and walked away
And I didn't know what to say
I just couldn't believe it
Well, it's just not fairI want to get a piece of hair
That was all that I needed
Or maybe a kiss on the cheek
I wouldn't wash it for a week
That would be all that I needed
But she didn't even care
That I was even there
What a horrible feeling

Essa música está no último CD da banda, Get Behind Me Satan (2005), e narra o encontro de um fã com Rita Hayworth em um bar. O retrato que ele faz dela é o usual, uma diva levemente entediada e linda, que o deixa um pouco decepcionado porque a música vai num crescente que ela não pode atender. Primeiro, ele fica feliz só de vê-la, depois pede um autógrafo, uma foto, e termina querendo um
“pedaço de cabelo (...) ou talvez um beijo na bochecha, que eu não lavaria por
uma semana.”

Mas ela dá a blasé nele e vai embora, sem ligar e sem notar o quão cool ele estava sendo. Também dá pra perceber que essa é uma ironia que escapa, quando ele fala que tirou uma foto e o amigo viu seu momento de conhecer uma celebridade... Aliás, tem todo esse lado...


2. Ingrid Bergman por Woody Guthrie – Ingrid Bergman (cantado por Billy Bragg e Jeff Tweedy)

Ingrid Bergman, Ingrid Bergman,
Let’s go make a picture
On the island of Stromboli, Ingrid Bergman

Ingrid Bergman, you’re so perty,
You’d make any mountain quiver
You’d make fire fly from the crater,
Ingrid Bergman

This old mountain it’s been waiting
All it’s life for you to work it
For your hand to touch its hardrock,
Ingrid Bergman, Ingrid Bergman

If you’ll walk across my camera,
I will flash the world your story,
I will pay you more than money, Ingrid Bergman

Not by pennies dimes nor quarters,
But with happy sons and daughters,
And they’ll sing around Stromboli,
Ingrid Bergman

Essa singela canção foi feita pelo Woody Guthrie lá pelo iniciozinho da década de 50, final da de 40. O Woody era um grande cantor folk, ídolo do Bob Dylan (no primeiro cd do Dylan a única música de sua autoria era exatamente uma homenagem para Guthrie, Song to Woody). Junto com muitas outras músicas que ele nunca chegou a gravar, Ingrid Bergman ficou guardada em um baú que foi resgatado em 2004 por outro fã, o cantor Billy Bragg, que convidou o Wilco para o projeto, batizado de Mermaid Avenue, local de Nova York onde vivia Woody. Bragg e o Wilco fizeram as melodias que, unidas às letras do velho folk resultaram num belo CD – aliás, dois, o volume I e o volume II. Pois bem, escutando a música e prestando atenção à letra, parece que o Woody acompanhou pelos jornais o escândalo da época, o caso Rossellini/Bergman (“Atriz casada larga marido e filho para viver com excêntrico – e casado – diretor italiano!”), que começou com cara de fofoca barata, depois se comprovou, e daí Ingrid engravidou – escândalo! E aí Woody, com toda a sensibilidade do mundo, escreveu essa música, em que ele diz:
“Ingrid Bergman, Ingrid Bergman/vamos fazer um filme na ilha de Stromboli
/Ingrid Bergman (...) Eu irei te pagar com mais que dinheiro/Ingrid Bergman/ Mas
com filhos e filhas felizes/ E eles irão cantar por Stromboli/ Ingrid Bergman”.

Stromboli era o local onde o casal filmava seu primeiro filme juntos, inicialmente Terra de Deus mas que depois acabou ficando com o nome da árida ilha italiana. Rossellini e Ingrid tiveram três filhos, Robertino, nascido no auge do escândalo, e depois as gêmeas Isabella e Ingrid. Isabella Rossellini se tornaria atriz como a mãe, depois de uma carreira breve de jornalista e uma bem sucedida como modelo. Em meio a toda aquela confusão e boataria essa música evoca o que realmente estava acontecendo ali – amor.


3. Greta Garbo por De-Phazz – Garbo Goodbye

I've got a sparkling pair of eyes
especially the right
it was designed to turn around
and watch me from inside
my brain's a wonderful creation
well connected to my head
God gave me sweet imagination
it's sometimes helpful in bed

Aye aye aye aye
some say that I was made to touch the sky
why aye aye aye
is something holding me down

So won't you fly me to Brasil
if you don't want to stay you know I always will
for every treasure there's a thief
for every clever draw there comes a time to leave
so won't you fly me to the Moon
they'd write about us if we went there by balloon
just for that headline in the press
they turn to ghetto of success

Aye aye aye aye
some say that i was made to touch the sky
why aye aye aye
is something holding me down

I aye aye aye
won't live a life that is designed for your delight
that's why aye aye
I'll choose a Garbo goodbye

If my desires don't come true
love won't be what it seems
love won't provide what love will need
I'll fake it in my dreams
when harmony meets tragedy
like Bollywood for real
a box-car ride in agony
with me behind the wheel

Aye aye aye aye
some say that i was made to touch the sky
why aye aye aye
is something holding me down

I aye aye aye
won't live a life that is designed for your delight
that's why aye aye
I'll choose a Garbo goodbye

Aye aye aye aye...
the Garbo goodbye...


Essa música não fala da Garbo em si, apenas a toma como uma referência. O De-Phazz é um grupo alemão de jazz com pitadas pop (não poderia ser diferente). Na música, a personagem central fala de como foi desenhada para o sucesso, mas que a algo a detém nessa marcha... A parte que interessa, a que fala daquela atriz sueca que foi um estouro em Hollywood, é quando a personagem diz que não vai viver sua vida para o prazer dos outros e que, por isso, irá escolher

“um adeus a la Garbo”

(numa tradução muito livre). Ou seja, vai sair de cena inesperadamente, deixando todos atordoados, para ter o controle da sua própria vida. Depois de ler a biografia do Barry Paris sobre Garbo, dá pra perceber que na verdade ela nunca quis largar a carreira tão de vez, ela teve um fracasso (Two-Faced Woman), se afastou um pouco e todas suas voltas fracassaram – acabando por não ocorrer nunca. Não acho essa biografia tão boa quanto a maior parte das pessoas (não gosto de coisas pequenas como a tipografia, o papel, até o estilo do autor), mas é claro que é boa no material bruto.


4. Grace Kelly por Eels – Grace Kelly Blues

The cut great mindwalking through the dirty streets
Of Paris in the hot august heat
Sun melts in the fake
Smile away
Just looking for a place to stay

The actress gave up all her old dreams
And traded up, now she is a queen
Royal families don’t have time
For that shit
Your crystall ball you keep it hid

The tractor trailer driver radios
Help me someone I’m out here on my own
Truck drives from the black night away
Praying for the light of day

The kid in the mall works a hot dog on a stick
His head is a funny shape his heart is a brick
Taking your order he willlook away
He doesn’t have a thing to say

But me I’m feeling pretty good as of now
I’m not so sure when I got here and how
Sun melt in the fake
Smile away
I think you know I’ll be ok


Nessa, a ligação não é tão direta: enquanto divaga sobre sua estada em Paris e como está procurando lugar pra ficar, e depois sobre outras coisas mais, pra concluir que se sente bem, E (frontman do Eels) encaixa uma estrofe sobre a princesa (e não rainha, como dizem os versos, Mônaco é um principado, não tem reis nem rainhas). Ele diz:

“a atriz desistiu de seus velhos sonhos/ e negociou, agora ela é uma rainha/
famílias reais não têm tempo/ para essa merda/ sua bola de cristal você mantém escondida”.

Talvez seja só a sensação que o eu-lírico compartilhe com a loura preferida de Hitchcock:

“Não tenho certeza de quando eu cheguei aqui nem como.... Mas acho que você sabe
que eu ficarei bem”

. Grace teve uma vida atribulada, muitos problemas com os filhos, não pode voltar a atuar (chegou a combinar com Hitchcock de voltar em Marnie, mas a reação foi muito negativa e ela desistiu). Viveu seus últimos anos entre Mônaco e Paris, mantendo jovens amantes (escorpiana, teve muitasss histórias envolvendo seu nome a casos sexuais, básico – sim, estou dizendo que as pessoas de Escorpião são muito do sexo) e correndo de lá pra cá atrás das filhas – primeiro foi Caroline, depois Stephanie (que namorou por um tempo o filho do Jean-Paul Belmondo, piloto de corridas, o que fez com que ela quisesse ser piloto também...). Faleceu em um acidente de carro em 1982, cercado por teorias conspiracionistas de que quem estaria dirigindo era Stephanie (de menor na época, sem licença). No fundo, tanto faz.


5. Frances Farmer pelo Nirvana – Frances Farmer Will Have Her Revange On Seattle

It's so relieving
To know that you're leaving as soon as you get paid
It's so relaxing
To hear that you're asking whenever you get your way
It's so soothing
To know that you'll sue me, this is starting to sound the same

I miss the comfort in being sad
I miss the comfort in being sad....

In her false witness, we hope you're still with us,
To see if they float or drown
My favorite patient, a display of patience,
Disease-covered Puget Sound
She'll come back as fire, And burn all the liars,
leave a blanket of ash on the ground

I miss the comfort in being sad
I miss the comfort in being sad

It's so relieving
To know that you're leaving as soon as you get paid
It's so relaxing
To hear that you're asking wherever you get your way
It's so soothing
To know that you'll sue me, this is starting to sound the same

I miss the comfort in being sad
I miss the comfort in being sad


Nessa música, Kurt Cobain canta como se fosse Frances Farmer. Frances era uma atriz da década de 30 que tentou quebrar alguns padrões da época. Insatisfeita, se envolveu em brigas, incidentes e acabou internada num manicômio, onde recebeu tratamento de choques por um tempo. Ela também sofreu lobotomia. Na música, Cobain canta:

“Eu sinto falta de me sentir triste”

, aludindo aos medicamentos que doparam tanto a atriz que ela não sente mais nada. Existe certa amargura na música, que pode, claro, se aplicar ao que Kurt passava na época. Quando ele diz: “É um alívio saber que você vai embora assim que for pago”, soa muito cínico, como quem diz que sabe que é tudo, no final das contas, pelo dinheiro. É uma canção melancólica, forte e bonita. Depois, Kurt viria a por na sua filha o nome de Frances, mas foi mais pela vocalista dos Vaselines do que pela atriz.


6. Marylin Monroe por Elton John - Candle in the Wind

Goodbye Norma Jean
No I never knew you at all
You had the grace to hold yourself
While those around you crawled
They crawled out of the woodwork
And they whispered into your brain
They set you on the treadmill
And they made you change your name

And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never knowing who to cling to
When the rain set in
And I would have liked to know you
But I was just a kid
Your candle burned out long before
Your legend never did

Loneliness was tough
The toughest role you ever played
Hollywood created a superstar
And pain was the price you paid
Even when you died
All the press still hounded you
All the papers had to say
Was that Marilyn was found in the news

And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never knowing who to cling to
When the rain set in
And I would have liked to know you
But I was just a kid
Your candle burned out long before
Your legend never did

Goodbye Norma Jean
Though I never knew you at all
You had the grace to hold yourself
While those around you crawled
Goodbye Norma Jean
From the young man in the 22nd floor
Who sees you as something as more than sexual
More than just our Marilyn Monroe

And it seems to me you lived your life
Like a candle in the wind
Never knowing who to cling to
When the rain set in
And I would have liked to know you
But I was just a kid
Your candle burned out long before
Your legend never did

Your candle burned out long before
Your legend never did


Essa é bem direta, não é mesmo?
;)


7. Louise Brooks por OMG – Pandora’s Box

Born in Kansas
On an ordinary plain
Ran to New York
But ran away from fame
Only seventeen
When all your dreams came true
But all you wanted
Was someone to undress you

And all the stars you kissed
Could never ease the pain
Still the grace remains
And though the face has changed
You're still the same

And it's a long long way
From where you want to be
And it's a long long way
But you're to blind to see

Frame of silence
Of an innocence divine
Is a dangerous creation
When you fail the test of time

And all the photographs
Of ghosts of long ago
Still they hurt you so
Won't let you go
And you still don't know

And it's a long long way
From where you want to be
An it's a long long way
But you're to blind to see

When you look around yourself now
Do you recognize the girl
The one who broke a thousand hearts
Terrified the world

And all the stars you kissed
Could never ease the pain
And if the face has changed
The grace remains
And you're still the same

And it's a long long way
From where you want to be
An it's a long long way
But you're to blind to see....

Achei essa música agora… Louise, de quem Henri Langlois disse:
"Não existe Garbo.
Não existe Dietrich.
Existe apenas Louise Brooks."
Ela foi uma grande atriz, temperamental, estrela de muitos filmes mudos. Seu filme mais famoso foi feito por Pabst e se chamava, exatamente, A Caixa de Pandora. Nesta filme, Louise interpreta Lulu, uma mulher sedutora, que hipnotiza e destrói todos os homens que se aproximam dela. Muitos acreditam que sua vida amorosa, atribulada, teria lhe servido de inspiração para a personagem. Louise teve muitos romances, o mais famoso com Charles Chaplin.


8. Clark Gable por The Postal Service - Clark Gable


I was waiting for a cross-town train in the
London underground when it struck me
That I've been waiting since birth to find a
love that would look and sound like a movie
So I changed my plans I rented a camera and
a van and then I called you
"I need you to pretend that we are in love
again." And you agreed too

I want so badly to believe that "there is truth,
that love is real"
And I want life in every word to the extent
that it's absurd

I greased the lens and framed the shot using
a friend as my stand-in
The script it called for rain but it was clear
that day so we faked it
The marker snapped and I yelled "quiet on
the set" and then called "action!"
And I kissed you in a style Clark Gable would
have admired (I thought it classic)

I want so badly to believe that "there is truth,
that love is real"
and I want life in every word to the extent
that it's absurd
I know you're wise beyond your years, but
do you ever get the geel
that your perfect verse is just a lie
You tell yourself to help you get by


A canção conta como um dia ele resolveu fazer uma história de amor como nos filmes. Pro Clark Gable sobra uma menção

" te beijei em um estilo que Clark Gable teria admirado/ Pensei que era clássico"

Acho Postal Service chatinho, assim como a outra banda do cara, o Death Cab For Cutie (mas é melhor que o P.S.). Fica pra constar.

____

To com a sensação de que to esquecendo uma, e fácil, e com certeza existem outras, mas ta tarde e esse post tá imenso, fecho com essas por enquanto.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

como q fas

estou me cheia de bolhas no pé, joelho ainda doendo da queda de ontem, as costas dando o sinal de cansaço do corpo. e tão cheia de coisas pra fazer e sem conseguir parar um segundo e respirar e começar tudo.
ouvindo musicas meio depre e ficando depre junto e é sempre a mesma coisa. as coisas até que têm caminhado e dado certo, mas toda noite fico melancólica e triste e quero morrer porque parece que o dia seguinte vai ser de um sofrimento tão grande, e o de depois e o de depois...

domingo, 13 de agosto de 2006

silêncio de fim de domingo, de gente cochilando um pouco, a escuridão chegando e deixando o céu com tons pastéis que vão ficando mais e mais escuros... minhas férias estão acabando. a casa está em paz, algumas crianças gritam no prédio dos fundos, mas não aquela gritaria desesperada e enervante que costuma ocorrer, é mais suave. as luzes estão quase todas apagadas e ando me batendo um pouco. a cidade parece adormecida. tudo calmo.
menos eu.
menos eu, que dei um passo e agora fico ansiosa pela repercussão. agora, eu queria desesperadamente alguém pra conversar... só pro tempo correr mais rápido e mais fluido, porque estou aqui trocando de páginas na internet, às vezes ouvindo uma música, e esperando muito que algo aconteça – chegando às raias do insuportável. estou me sentindo em alerta, e nem sei por que e pra que, com certeza. ontem ou anteontem, quando fui dormir, veio uma imagem na minha mente de uma gota d’água que está pra cair. ela fica ali, esticando, estendendo, até que uma hora cai. e eu estava (e estou) me sentindo assim, na iminência de cair.
eu comecei a puxar uns papos sem sentido no msn, pra puramente jogar conversa fora mesmo, mas de repente todo mundo com quem eu poderia fazer isso sumiu. sobraram aquelas pessoas que você nem sabe direito de onde saíram e que costumam fazer o jogo do “ignorando-se mutuamente” com você – sempre com sucesso. deletei essas pessoas com um pouco de ódio (ps-estou digitando no word, que não conhece a palavra “deletei”, não aceita essa absorção de expressões do inglês na língua portuguesa, além de, chocantemente, não conhecer a palavra word, assim, com minúscula... fim da digressão).
nesse ano, logo no início do primeiro semestre (lá pra março, abril), eu fiquei tipo algumas semanas me sentindo assim, como se algo fosse acontecer, que era só relaxar e parar de pensar que ia acontecer, um algo que eu nem sei o que é, se é bom ou ruim. é uma sensação estranha, como um fio esticando, e eu me lembro de andar conversando e sentindo isso e parecia que nada mais tinha sentido – as conversas, as atividades, as pessoas, porque o fio ia esticar e partir, eventualmente.
agora meu pai veio pra cozinha, está fazendo café e ouvindo o jogo do vitória, e pelo menos parece que tem mais alguém vivo no mundo. e eu adoro esse cheirinho de café.
continuo me sentindo ansiosa, sem razão, e um pouco deprimida de pensar na volta às aulas amanhã.
mas é aquilo, faça a coisa certa.

segunda-feira, 31 de julho de 2006

post longo sem muito sentido

já me sentindo mais de férias... é a tendência, né... e aí quando estiver maravilhoso, acaba. bom, já estou tentando dormir mais cedo pq to acordando tarde descontrol. nunca é algo premeditado. eu podia levar meu dia normalmente dormindo às 11, acordando às 8 ou 9. mas, não. eu simplesmente vou girando o fuso, até ir dormir na iminência do nascer do sol e acordar um tanto antes dele se pôr. algumas pessoas são noturnas, afinal... minha mãe não consegue dormir depois de 6 da manhã, não importa o horário que tenha ido dormir, tenho tias que dá 5 horas acordam faça chuva ou sol. meu irmão também acorda cedo sempre, não tanto quanto minhas tias, claro, mas eu acho muito estranho uma pessoa ir dormir tarde e acordar cedo espontaneamente. mas ele geralmente dorme cedo, constrangedoramente cedo, eu diria. até melhorou um pouco, antes era tipo 7 pra 8 horas as pessoas ligavam e júlio já estava dormindo. já que estou divagando mesmo, adiando a ida pra cama, meu pai dorme, sei lá, durante o jornal nacional, ai fica acordando e dormindo a noite toda, vendo filme. geralmente ele fica acordado de madrugada, lá pras 4 horas já está fumando... e joanna tem o soninho regular dela. mais ou menos como o meu em época letiva, indo dormir umas 11 horas, acordando lamentavelmente às 5:30 e depois tentando encaixar quanto sono puder durante o dia.
dormir de tarde já é algo de praxe pra mim. nem lembro quando comecei... tento pensar no colegial, já dormia de tarde... no ginásio também... o pior é que eu não consigo tirar cochilos. lembro de uma colega minha, marina, que dizia que dormia 15 minutos antes de estudar, depois do almoço. 15 minutos! parece piada (e de mau gosto, quando lembro do livro homônimo e de quão irrisório é esse tempo). isso nunca serviu pra mim, primeiro porque demoro MUITO tempo pra pegar no sono, mesmo quando cansada, e 15 minutos eu ficaria me revirando na cama de olhos fechados (às vezes é bom). eu durmo a tarde toda, das 2 às 5, e fico um pouco mole quando acordo. isso me lembra uma pesquisa que acho que vi na trip, falando sobre como não se deve dormir muito de tarde, porque pra voltar à atividade e "se ligar" demora muito. é verdade mesmo, mas o sono é pra desligar, não pra por em stand by... não conheço cochilos voluntários. às vezes, evidentemente, pego no sono no meio de algo e cochilo, mas só assim mesmo.
nem sei mais qual foi o começo disso aqui...estou em um momento de transição de leituras... é decisivo... fico perdida entre muitos livros, esperando algum engatar. estava lendo "vestígios do dia" , de kazuo ishiguro, e foi numa toada só... aí um dia parei. não pensava mais no livro tanto, carregava pra lá e pra cá e não lia uma página... daí me apeguei nas cartas de novo, mas é algo de leitura não-contínua, e pensei "preciso de algo pra ler mais como um romance e tal". aí tem o livro que peguei na biblioteca aqui, e tinha desistido de ler por conta do prazo, mas não devolvi e não voltei a ler... fome, de knut hamsun. os outros não sei como surgiram na lista direito... trópico de câncer de novo... novo fôlego.... uivo....tomas comentou comigo os poemas de caeiro e pensei em retomá-los... sem contar que ele me emprestou um livro, seda. e ainda tenho o do estúpido pra acabar... e os que tinha comprado na banca, anaÏs nin (to achando meio fraco até agora, espero que melhore) e o de fitzgerald, o inacabado "o último magneto" (muito inferior a "o grande gatsby" e "tender is the night", até o presente momento). e virginia, sempre quero algo dela comigo.
tá demais. no momento, henry miller na dianteira.
e agora vou dormir.
it's done, anyway.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

férias (?)

devo admitir em primeiro lugar que não me sinto muito de férias. se fosse voltar às atividades amanhã, voltaria cansada e com a sensação de ter aproveitado pouco. não fazer nada não é o problema - esse é meu programão de todas as férias - mas não sei porque não to conseguindo, sei lá, colocar a cabeça no lugar. tudo cheio de ranço. acho que não to conseguindo desligar.
tenho coisas a fazer, mas não é delas que estou falando. nem sei bem o que quero dizer. to cansada ainda e nao to me sentindo de férias, esse é o ponto.
usei as férias até aqui pra ver house, gilmore girls, the oc... acho que só. baixar música descontrol. ler um pouco. hoje até vi o jogo (flamengo vs. vasco, torcendo um pouco pro vasco por uma antipatia a rubro-negros e pq é o único time que minha mãe tem alguma simpatia), mas nao tenho visto muita tv. novelas, jornais, porra nenhuma. acho que é isso, tá tudo muito frenético, acordar e vir pro pc ficar jogando o tempo fora e enchendo a cabeça com inutilidades... é um pouco um contrasenso dizer que minha rotina é frenética... vai ver é só uma tendência da vida de ficar mais sem graça a cada seis meses... odeio isso de estudar por semestres... essas férias de meio de ano mal dão pra respirar e vou ter que voltar pra tudo aquilo, outra vez, não consigo me acostumar e sinceramente não sei de onde vou tirar forças...
no mais, lendo uma ou outra carta de zelda e scott, zelda tinha um humor muito bom, com um tom certo de deboche, um se rebaixar que na verdade ironizava o oponente. era um pouco manipuladora, mais cheia de insights, de amor à beleza e à vida, e eu adoro. sei que não parece nada comigo, mas adoro!

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Um simples ter que ir no banco me deixou me sentindo tã infeliz ontem à noite. Isso e lá no fundo saber que era o ponto de partida para a vida, de novo, de novo, de novo, de novo. Eu parei um pouco, mas as horas insistem em passar e lá vou eu.

terça-feira, 13 de junho de 2006

a ressurreição.

eu odeio esse template, acho as letras grandes, a coluna fina, e é claro que não consigo fazer nada a respeito. sou blogueira fracassada de carteirinha. estou pensando em voltar a usar esse blog (eu sempre penso?), mas fico desanimada com esse template. como sou persistente, hã? todas minhas resoluções pró-ativas morrem à deriva. tenho mais uma e vamos ver no que vai dar. acompanhando a copa, com todo ânimo que consigo encontrar.

a seguir: copa do mundo, filmes e séries.

domingo, 11 de junho de 2006

Ingrid Bergman
(letra de Woody Guthrie, cantada por Billy Bragg & Jeff Tweedy)

Ingrid Bergman, Ingrid Bergman
Let's go make a picture
On the island of Stromboli
Ingrid Bergman

Ingrid Bergman, you're so perty
You'd make any mountain quiver
You'd make fire fly from the crater
Ingrid Bergman

This old mountain it's been waiting
All its life for you to work it
For your hand to touch its hard rock
Ingrid Bergman
Ingrid Bergman

If you'll walk across my camera,
I will flash the world your story,
I will pay you more than money
Ingrid Bergman

Not by pennies dimes nor quarters
But with happy sons and daughters
And they'll sing around Stromboli
Ingrid Bergman

This old mountain it's been waiting
All its life for you to work it
For your hand to touch its hard rock
Ingrid Bergman
Ingrid Bergman

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2006

Gilmore Girls, Parte 2

Agora, o outro artigo:

Originally posted: February 11, 2006They're slippin' 'em Paul Anka, dig?

(gostei da brincadeira com os títulos dos episódios).

John Mellencamp, Nora Ephron, Louis Armstrong, the ill-fated Broadway musical “Taboo,” Naomi Campbell, Rowan and Martin, Christopher Isherwood, “Mildred Pierce,” the Queen of England, Kabbalah, “Reno 911” and radioactive spiders.
No, that’s not a compilation of every answer on a recent episode of “Jeopardy!” Those are just some of the pop-culture references in a recent episode of “Gilmore Girls,” specifically the Jan. 31 outing, “Friday Night’s Alright for Fighting” (even the title of the episode refers to Elton John’s similarly named hit).

(é isso que tanto amo na série: cultura pop!!!!)

Amy Sherman-Palladino, the creator and executive producer of “Gilmore Girls,” and her husband, Daniel Palladino, who’s also an executive producer on the show, swear that they don’t set out to refer to tons of books, movies, cultural figures and song titles on their 6-year old show. It just sort of happens. “We’d be fine if an entire script went by and there were no references in it,” Sherman-Palladino said in a recent phone call. “It’s never like, `We need a reference here.’”

(é assim mesmo. Isso que faz deles tão especiais).

“It’s a lot of our interests and personalities and opinions that we filter through a lot of these characters, especially Lorelai and Rory [Gilmore],” adds Dan Palladino. “It does reflect who they are; they do consume pop culture. They watch a lot of movies, and they watch TV, and they listen to music. We’ve always tried to make sure that [the references] come out organically, so it doesn’t sound like Dan or Amy voicing an opinion, and I think that generally, we’ve been successful.”
(concordo. Estão tendo sucesso, sim).

Below, the “Gilmore Girls” brain trust discusses some recent pop-culture homages:
(ah, eu vou amar isso...).

Lorelai now has a dog called Paul Anka, named after the singer. Dan says: “I was writing the first episode that the dog appeared in, and Paul Anka’s record came out at the same time, and I heard it in Starbucks or something. And it sounded good. He actually pulled off singing `Smells Like Teen Spirit.’ It just seemed like … maybe Lorelai would have gone into a coffee place and heard this weird Paul Anka album and would have thought to name her dog Paul Anka. A lot of those decisions we don’t really talk about, they come out in the writing and it makes sense.”
(tem muita gente achando o Paul Anka com espaço demais, era só porque a Rory não estava ali com a Lor, agora ele tá aparecendo mais. Gosto dele, tem toda uma ligação com a série, tipo, toda aquela coisa de Lor não poder ter animais, deles sempre morrerem...)

One of the show’s funniest recent homages was to the film “Dig!” -- a rock documentary about the bands Dandy Warhols and the Brian Jonestown Massacre. In one of the key scenes in “Dig!,” a fight breaks out among Jonestown band members at L.A.’s Viper Room club, and a similar thing happened with Lane Kim’s band on “Gilmore Girls,” in the Nov. 22 episode “He’s Slippin’ ’Em Bread … Dig?” Dan says: “Amy and I saw [`Dig!’] on DVD when it first came out. The second we saw that Viper Room fight scene, we said, the band [on `Gilmore Girls’] has got to go through that. We figured out a way to do it. We got Joel [Gion], the real tambourine player [from the Brian Jonestown Massacre]. He’s never acted before, and he was great. He was very funny and very comfortable. In fact, we’re bringing him back for another episode or two, because we find him really, really funny. That was one of our biggest homages. In fact, the director of `Dig!’ called us, and we’ve been so busy that we haven’t been able to hook up with her. She either wants to complain about it or …” Amy continues Dan’s thought: “I hope she liked it. We’d hate for her to hate it, because we loved the movie so much.”
(isso eu não sabia, legal)

Many episode titles contain pop-culture references; this season the show had an episode with the Beatles-inspired moniker “Let Me Hear Your Balalaikas Ringing Out” and another called “Welcome to the Dollhouse,” a film reference. Dan says: “We TV writers, we used to name these scripts, and no one outside of the office or the studio or networks would ever see the titles. And suddenly, with DirecTV and [onscreen] program guides, they put the title there. … We’ve always been careful with the titles, A) to make sure that we can remember, five episodes down, we say, [when referring to an episode] we all know what we’re talking about, and then, B) to be interesting to people when they see it on DirecTV or read about it in the paper.”
(adooooooro os títulos. Nenhuma série tem títulos tão legais quanto GG).

The ending of “Friday Night’s Alright for Fighting” had a montage of scenes of the Gilmore clan fighting and laughing before, during and after the elder Gilmores’ weekly dinner gathering. Amy says: “It was inspired a little bit by `Husbands and Wives,’; there’s a great scene in that with Woody Allen and Mia Farrow. It was our homage to that. We haven’t done anything like that; it was a really different style for us. We thought, `This could be good or it could be really bad.’” As for the line, in a different scene, “It’s going to be like the opening night of `Taboo’ all over again,” Amy jokes, “That couldn’t be a good moment.”
(eu gostei do recurso, foi o movimento de câmera mais diferente da série).

Amy on whether the show continue next season without her and her husband at the helm: “We have no say over how long this goes. It’s all due to the network. They sort of decide year by year if they want another year. A couple times we thought [it was the last season], we thought Season 5 was the last year, but then we had this uptick, so, ‘Oh, there’s a Season 6’!
"We always put things in place [for the next season]; we’ve got a big, huge season cliffhanger finale this year, probably one of our biggest. Whatever happens next year, whether we’re here or someone else is here, it leaves the show with really good momentum and lots of good places to go.”
(não gosto dessa conversa de onde quer que a gente esteja... é pra eles dirigirem o final da série, isso sim!).

Amy on Lorelai and Luke: “We’ve got a lot of Luke-Lorelai stuff we’re playing this year. A lot of ups and downs and twists and turns for them, in getting these kids to the altar. And we’ve also got Rory and Logan too, they’re having a tumultuous year also. They’re working their way back together. In [‘Friday Night’s Alright for Fighting’] Logan came through for her in a way she needed. He stepped it up a notch in that episode. That’s their reconciliation. For now.
(fortes emoções vêm por aí).

“We brought Luke’s daughter in not so much to play ‘Oh my God, there’s a long lost daughter,’ but more to play, ‘Who are Luke and Lorelai to each other?’ They’re two mid-thirties people who have built very independent lives, needing no one, they’ve got their own homes, their own businesses; they’ve got things just the way they like them. They’re incredibly independent and strong-willed and stubborn, and those are tough lives to mesh.
“The daughter thing was just a way to tap into an aspect of Luke that makes things interesting for the Luke-Lorelai relationship. Luke is very duty-bound and honor-bound and he feels great responsibility to family, even though family is something he scoffs at a lot. He’s also a very single-minded, tunnel-vision person. So he’s going to feel he’s got to take care of this responsibility before he can take care of any other responsibility. Right or wrong, it’s who he is.
“It’s a great device for us because [the daughter plot] taps into that without bringing in another woman or another romance, because nobody’s going to believe that. These two people are meant for each other, the only think keeping them apart right now is their own baggage.
“And Lorelai, being an incredibly independent, proud person, she’s not a pusher. She’s not going to say, ‘But what about me?’ It’s sometimes their own lack of communication abilities that have kept them single this long, and that causes our conflict -- so we don’t have to bring in the big elephant or the earthquake or ‘We’re trapped in an elevator’ or someone’s in a coma.”
(o que eu vejo nisso tudo? Coisas boas, sim! Plena consciência que Anna Nardini nunca será uma ameaça pra Lor e Luke, eles vão ficar juntos e depois dessa temporada com mais certeza ainda de que é assim que deve ser!)

Dan on Luke and Lorelai and Rory and Logan: “We’re really playing through the Lorelai and Luke thing, there will be something that will sort of put a cap on where we’ve been leading them. And Rory is dating a guy who -- Rory is a one-guy girl, very stable, and she’s dating a guy who’s not very stable. And that’s always a part of their relationship. Now, they may get married at some point and live together for 50 years, but that instability is always going to be there, because they’re different people who need each other for some reason. We’re going to be playing out aspects of that friction over the next seven or eight episodes.”
(ainda quero ver os aspectos dessa relação, que sempre me pareceu apenas Rory seduzida por um monte de coisa que ela não é, geralmente – imprudente, aventureira etc. Não sinto muita confiança no casal).

Amy on Logan and Rory: “There are deeper layers to Logan or she
wouldn’t be with him. Logan is a kid whose entire life has been preplanned for him. Rory grew up in a household where it was like, ‘Anything you want, kid, you go for it.’ He never had that. He grew up with all the money privilege, but he didn’t grow up with any freedom. His freedoms are sort of self-imposed, ‘I’m going to go act like an idiot, because I’ve never gotten a chance to explore who I am.’ I think Rory sees something deeper in him. This is a very smart guy, and if he ever got his [stuff] together, who knows.
(bom, ela também acha que ele age como um idiota, ao menos. Queria ver o que profundo Rory vê nele, espero um dia saber. Pra mim ele parece um pouco o Christopher, ser um terço do charme).

“There are also aspects of Christopher [in Logan], there’s a little daddy issue there. Christopher was also a very rich, charming kid who had no focus. It’s a little bit of daughter and mommy making similar choices. Who knows, years from now, if he gets his [stuff] together, I think they could be long-term. Right now, he’s trying as far as he can try, but he has limits to who he is.
(opa, aí está. No episódio que Chris conversa com Logan isso fica bem explícito. Eu detestei os dois naquela cena... Eu gosto do Chris, mas nunca como um homem pra se comprometer, e ainda acho que, por exemplo, aquele “método não ortodoxo” de conhecer e avaliar Logan pode ser descolado e engraçadinho (oh, fomos expulsos do mesmo lugar), mas é glamourizar demais essa vidinha de menino rico que os dois levaram/levam).

“And he’s done some things for Rory that on the surface seem kind of bad, but I think in the end, are very good. Because Rory was very subdued and needed to tap into a strength in herself that maybe she wasn’t doing so much, because she has a very strong mom and strong friends. She never really had to do that. She never really had to dig down deep and find out who she was. And this guy made her have to do that. So when you talk about it on that level, there could be more there [between Rory and Logan].”
(não sei bem. Que coisas Logan fez pra Rory? Talvez aquilo que disse adiante, seduzí-la para coisas mais inconseqüentes, pra deixar de ser tão encanada, mas no sentido de fazer com que ela fizesse algo, cavasse algo fundo... Não vejo Logan fazendo isso, ele fez parte de um momento de confrontações que Rory passou, mas não foi o estopim. Aqui, novamente, a noção de que realmente Rory sempre teve tudo, sempre foi bajulada, em certo sentido, acarinhada).
FIM
Deu pra perceber que resolvi dar uma guinada nisso aqui né? To com pressa, explico depois.

Gilmore Girls, parte 1

O que tem circulado no mundo ligado à GG são dois artigos publicados no Yahoo News e no Chicago Tribune. Seguem os dois, com meus comentários.

"Os fãs não foram os únicos a se chatear com a briga de Rory e Lorelai
Por David Bauder
Associated Press

O enredo desta temporada de Gilmore Girls, em que a estreita parceria entre mãe e filha se rompeu e resultou no silêncio entre as duas, causou agudas discussões entre os fãs mais exaltados. O assunto também dividiu o set de filmagens. “Não era minha (história) favorita”, admite Lauren Graham, que representa a mãe Lorelai. (bom, verdade. as discussões foram às raias do surreal. Dividir os fãs talvez seja demais, as opiniões eram quase unânimes: Rory enlouqueceu – e ASP também, por tabela).

Lorelai e Rory fizeram as pazes, lágrimas foram derramadas. Suas conversas rápidas e inteligentes retornaram, ainda que por telefone. Rory está em Yale agora e, em um episódio neste mês, se torna editora do jornal da faculdade e vai morar com o seu namorado.

Os criadores da série estão claramente tentando empurrar as coisas para evitar a fadiga que normalmente aflige seriados de TV em sua sexta temporada. Há tempos posicionada como a série da WB mais aclamada pelos críticos, Gilmore Girls vem silenciosamente crescendo e se tornando a segunda mais popular série da rede, depois de 7th Heaven.

(bom, esse parágrafo dá a entender que os novos roteiros têm algo de apelativo, “claramente tentando empurrar coisas”. Discordo disso. O que a nova temporada tem de diferente, claramente, são mais mudanças – bom, pra mim só uma significativa, o surgimento da April. A mudança de Rory não vejo como brusca, repentina, nem como obra da nova temporada, vem lá de meados da quinta).

A taxa média de audiência de GG chega a 5 milhões de telespectadores por semana, contra os 4,1 milhões que atingia duas temporadas atrás, segundo a empresa de pesquisa Nielsen Media Research. O anúncio de fusão entre WB e UPN, no mês passado, formando uma nova rede, trouxe instabilidade para os programas. Mas Gilmore Girls parece que ganhou o direito de determinar o seu próprio destino, de se mudar para a nova rede CW. O crescimento (da série) acontece apesar do enredo violentamente rejeitado.

(enredo violentamente rejeitado? Talvez)

Parte do problema de Graham com o rompimento (entre Rory e Lorelai) foi pessoal. Ela sentia falta de trabalhar com Alexis Bledel todo dia. Mas, principalmente, ela não acreditava na verossimilhança (do enredo) em relação ao seu personagem.

(que estranho, entrou de sola na opinião da Lauren. Mas vamos lá).

“Eu lutei com a idéia de que a personagem, sendo mãe, parasse tão rapidamente de falar com sua filha e não fizesse mais nenhum esforço”, diz Graham, enquanto descansa em seu trailler na Warner Bros durante um dia de filmagem . ''Foi difícil pra mim justificar — que eu não tentaria muito, que eu não mais estenderia a mão, que eu poderia ficar longe dela por tanto tempo.'' Este ano ela questionou os criadores, Amy Sherman-Palladino e Dan Palladino, mais do que nunca, “e estou certa que eles não apreciaram, de modo algum”, diz Graham.

(dois pontos aqui: primeiro, Lauren Graham questiona a postura da sua personagem, Lorelai, e não sobre Rory; talvez por ter trabalhado tanto tempo construindo essa pessoa, ela a entenda melhor e questione exatamente o que questionei: a questão não é o se Rory perdeu o juízo, mas como Lorelai deixou que ela fosse tão sem fazer nada? Ou tentando fazer coisas da maneira mais esdrúxula, combinando coisas com os pais? Isso eu sempre achei anacrônico, a recusa de Lorelai a sequer conversar com Rory, tentar entender os motivos dela, a pressão. Isso para mim eram coisas não-Lorelai. Mas esse ponto da Lauren, e que era meu ponto, não é o que trouxe inúmeras críticas dos fãs. As pessoas estavam caindo a pau na suposta mudança da Rory, e qualquer crítica a Lorelai era tipo – não toque no sagrado nome Lorelai. Muitas vezes durante a série eu me perguntei se essa parcialidade quase total, o fato de muita gente preferir claramente Lorelai a Rory não atrapalharia a série. Acho que atrapalha sim. A série é sobre as duas, é sobre Emily, sobre Richard... Todo mundo tem seu direito a ter preferidos, sempre, mas que não percam a razão – como pessoas dizendo que a Rory era moralista e afins. Bom, então: se eu acho que a Rory mudou? Tenho certeza. Se acho isso estranho? Absolutamente, não. Primeiro, não foi uma mudança abrupta; desde a quinta temporada, vinha se esboçando. Rory tentou ter uma relação aberta com o Logan, foi testando novas possibilidades, enfim, mudando. Ela não perdeu a essência dela, de ser uma menina meiga, inteligente, precoce. Nada disso. As pessoas diziam: a Rory está sendo mimada! Oras, a Rory sempre foi mimada. Ela cresceu com todo mundo dizendo que ela era inteligente, bonita, a melhor... De repente chegou Mitchum Hamburguer e falou pra ela que ela daria uma boa secretário... Muito bem, fácil falar que ele disse isso pra derrubá-la, fácil pensar isso, mas difícil ouvir, difícil de lidar. Imaturidade? Talvez. Ela nunca tinha passado por situação semelhante, nada mais natural que não soubesse lidar com ela. Tomou a decisão de largar Yale – que foi assumida por todos como maluca de cara. Se a Rory realmente resolvesse largar Yale provavelmente seria excomungada. Todo mundo sabia que ela voltaria, e seria bem como o título do episódio da reconciliação, a volta da filha pródiga, um ciclo que se fecha. Na minha mente, essa noção é totalmente maniqueísta – a Rory vai ‘voltar ao normal’ e voltar pra Yale. A própria Rory agiu assim, desmerecendo pra mim grande parte do que seria enriquecedor pra ela. Ficou parecendo que longe da mãe ela fica perdida mesmo. Isso fica ainda mais explícito quando confrontado com, por exemplo, a vida da Emily, num dos momentos de maior crueldade da série, quando Richard fala pra mulher com quem vive há uns 40 anos que a vida dela não é boa o bastante para a neta, ainda que de uma maneira não intencional. Os valores estão bem explícitos, Yale – faculdade- instrução = bem, DAR, festas, vida social= futilidade, mal. E a maioria das pessoas vestiu isso. O fato de que obviamente não existem vidas certas, creio que Richard sabe disso, mas muita gente parece que não. O que ele provavelmente queria dizer era que, sim aquela não era uma vida para Rory por incompatibilidade e não por ser um desperdídio. Mas ele precisaria de mais tato, como estava nervoso, não teve nenhum e acabou magoando a mulher. Eventualmente, a série provaria que ele estava errado em partes: Rory continuou no DAR mesmo depois de voltar a Yale e durante todo o tempo que foi mostrado seu trabalho lá. deu pra ver que ela tinha jeito, sim, como a mãe e a avó, para organizar as coisas. Certamente, largar a faculdade não a fez feliz, então provavelmente só o DAR não a teria feito feliz. Emily tem a vida geralmente descrita como fútil mesmo. Na tocante cena do avião entra ela e Lorelai, ela resume o discurso de meio mundo de gente, que parece ter pena dela por ela gastar a vida com algo tão ‘pequeno’. Discordo veementemente dessas pessoas e acho que trabalhar no DAR, estudar em Yale, ter uma lanchonete, ter um hotel, são maneiras diferentes e válidas de lidar com a vida, e nenhum é melhor ou pior que os outros. Então, ok, Rory fechou um ciclo voltando pro ‘bem’, pro certo Yale. Mimada, imatura etc. Isso todo mundo enxergou. Mas o fato da Lor tá agindo de uma maneira controladora, que ela sempre rejeitou na mãe, tentando interferir na vida da filha (esse discurso de que é pro bem da Rory é exatamente o mesmo que a Emily usa com relação a Lorelai). Oras, Lorelai se chateou porque achou que a Rory tava cometendo um erro – situação mais mãe e filha do que essa, impossível. Tem gente que resolve numa conversa, uns saem de casa, outros batem a porta. Rory tá jogando a vida dela pro alto? Não sei, mas e se for? Tem 20 anos. O direito de estragar a própria vida é inalienável, já diziam em Amelie Poulain. Certamente, não espero que uma mãe aceite isso de uma filha – ou o que imagina que seja isso. Emily não aceitou algumas coisas da filha e usa vários estratagemas para contornar isso. Lorelai a princípio tentou um bem parecido – se juntar com os pais. Eventualmente ela percebeu que era melhor dar um tempo pra Rory, ainda que na força. Será que se Rory não tivesse voltado pra Yale ela e Lor teriam voltado a se falar? Lembro de ler um comentário na época que era tipo: a Rory tem que perceber que vai ter que melhorar pra que a Lor a aceite de volta. Céus, ter que melhorar (melhorar seria exatamente o que?) pra se relacionar com a própria mãe é demais. Dizem que as mães perdoam tudo, afinal. Achei tolice ela pressionar daquele jeito a Rory. Rory foi contar as novidades pra ela com uma tranqüilidade forçada, e ja de primeira Lorelai perguntou qual era o grande plano dela. Na resposta seguinte, Rory já estava mais agressiva. Obviamente, ela estava perdida, e foi falar com o avô chorando, confusa. Os avós a acolheram, acredito que foi a coisa certa a ser feita, por assim dizer, afinal afastá-la, virar as costas, ajudaria em que? E aí, muita gente, inclusive um pouco a Lor, viu perfídia nisso. Eu duvidaria de Richard se ele visse a neta chegar daquele jeito, dizendo que o mundo caiu sobre ela, chorando, e ele não a acolhesse. O lugar pra Rory é Yale? Bom, que tal deixar que ela conclua isso? A contrariedade de Lorelai quando Rory contou que ia largar a faculdade era, e isso é que é tão não-Lorelai, “você vai perder o momento”, algo vago, tonto, e que, realmente, ela não tinha como saber. Era uma opinião que ela não aceitou discutir, e logo em seguida Rory foi grossa falando com ela e aí tchum eis a situação. Estranho a Rory perder a confiança? Não. Estranho a Lor vivenciando essa situação como vivenciou. Maaas, e aí vem o mas, a despeito do que muita gente acha, Lorelai não é perfeita. Ela pode ser mais gostável do que a Rory, mais carismática, falar mais rápido, beber mais café, ser mais engraçada – mas comete erros também. Acho que acabaria dando uma humanizada no personagem se fosse assim – Rory errou, mas Lorelai errou também, mas o desfecho da estória foi tipo muito mais pra Rory errou – afinal ela era a filha pródiga a retornar fazendo exatamente tudo que a mãe tinha dito pra ela fazer no início, e Lorelai ficou ‘certa’ na estória. Como isso aconteceu, to com a Lauren Graham e acho difícil ver a personagem ali. Ufa!

O outro ponto pra mim é extra-série, tipo, não tem a ver com o enredo, mas com o comentário sobre a não-apreciação da ASP e do Daniel em relação aos comentários da Lauren. Parecem indicativo ou de um clima ruim, ou de uma argumentação rude, ou de uma falta de abertura dos autores, e todas as possibilidades me parecem chatas).

Alguns críticos ficaram do seu lado. Ted Cox, do Chicago Daily Herald, disse: “de repente, é como se os personagens fossem manipulados para criar drama, em lugar de deixar que o drama fluísse naturalmente dos personagens.”

(a crítica de que a série ficou dramática demais a priori parece verdade: filha do Luke, brigas homéricas, bla bla bla. Mas, bom, vou comentar melhor esse ponto depois, quando chegar no outro artigo, em que ASP fala de suas intenções com esses recursos, que me pareceram válidos. Mas concordo que de início isso é uma loucura).

Os Palladino admitem que é difícil desenvolver novas histórias para um seriado longo sem que elas tenham sido planejadas. Mas neste caso, eles dizem que era importante fazer alguma coisa que balançasse Rory em suas fundações – um típico rito de passagem para o surgimento de adultos que aprendem sobre si mesmos, de acordo com as suas reações.

(concordo em partes, ainda acho meio maniqueísta, como falei acima, na minha história do ciclo que se fecha).

''Para realmente balançar o mundo da Rory, tivemos de recorrer ao coração da série, promover realmente uma ruptura e explorar o que seria”, diz Sherman-Palladino. ''Eu sei que há dois lados. Pessoalmente, pra mim, eu adorei as implicações psicológicas deste ano, mais do que em qualquer outro ano, porque realmente conseguimos fazer algumas histórias reais de mãe e filha.''

(concordo plenamente. Ficou mais próximo da realidade de muitos).

Pense profundamente sobre os personagens e sobre e verossimilhança, ela diz. Lorelai tem passado a sua vida tentando fazer tudo diferente do que faz a sua própria mãe. E se fosse a Lorelai que largasse a faculdade, sua mãe a arrastaria pessoalmente de volta a Yale.

(bom, Lorelai nunca foi tão Emily quanto em todo esse acontecimento).

Enquanto as coisas melhoraram entre Lorelai e Rory, o mesmo não acontece entre Lorelai e Luke, seu namorado dono da lanchonete. Eles estão noivos após um longo cortejo. Mas o surgimento repentino de uma filha desconhecida que ele teve em um outro relacionamento torna incertos os planos de casamento.
(como java junkie, minha primeira reação ao saber que o Luke tinha uma filha foi “Não!”. A despeito disso, gostei da April – parece com as garotas gilmore, demais. Comecei a não gostar da Anna Nardini, mas quando ela apareceu, simpatizei com ela, inevitavelmente. Certamente não pra ficar com o Luke, mas ela é legal e creio que não é uma ameaça. Águas passadas não movem moinho – se isso vale pro Jess, infelizmente, vale pra ela também. Agora, bom, sei que a ansiedade é grande pro casório ocorrer, mas eles tão dando a enrolada mesmo, porque é o ápice da séries – o que aconteceria depois? O que a gente ia esperar, ficar ansiosa por? Sem contar que, pelas declarações da ASP, ela quis fazer com que os dois passassem por algo que mostrasse a importância que um tinha pro outro, e acho que vai conseguir. Confio plenamente nela. Alguma coisa tinha que acontecer em Stars Hollow).
Nada é tão simples, não é? Criar barreiras entre personagens aparentemente bem-ajustados é um outro risco, um teste para a paciência da audiência. Os Palladino gostam da idéia de explorar as dificuldades em unir dois fortes personagens. “Casar com 29 é muito diferente de casar com 38', diz Sherman-Palladino. “É um mundo muito diferente, e é isso que estamos tentando introduzir”.

(vamos ser mais maduros e aceitar isso, ok? eu não imagino a Lor casada...).

O futuro de Gilmore Girls é por si só enrolado. Os Palladino dizem que estão verdadeiramente indecisos sobre se continuam com o seriado depois desta temporada — notícias alarmantes para os fãs de um seriado que, mais do que a maioria, reflete a forte sensibilidade dos seus criadores.

(espero que continuem, não me imagino sem a série!)

Um fator que poderia tê-los afastado — um piloto de um novo seriado, uma comédia romântica, que teria sido filmada em Nova York — não acontece mais. Foi descartada com a dissolução da WB. Os Palladino estão fazendo planos para encerrar esta temporada com um suspense
(casamento? Não casamento?) e para o seriado continuar sem eles, só por precaução.

(Lane casa, talvez Lor e Luke casem também, a temporada pra mim tá indo muito bem até agora e promete acabar nessa média).

Graham diz que tudo aponta para mais uma temporada depois desta; a companhia está assegurando a adição de mais um ano para o pessoal, que tem contrato de seis anos. Graham diz que é quando ela gostaria de encerrar, mencionando a carga de trabalho do seriado.

(acho que seria apropriado encerrar na sétima; melhor acabar no auge. Rory se formando e tal. É triste, mas temos que encarar que Gilmore Girls VAI acabar, mais cedo ou mais tarde. Melhor ser com dignidade, e não se arrastando, como por exemplo Alias).

''Conseguir uma linguagem perfeita requer um número de tomadas que você não tem em outro seriado” ela explica. “É muito trabalho, 13, 14 horas, porta com porta. Eu faltei a casamentos. Eu perdi o nascimento de crianças. Eu não estou reclamando, porque isso tem me servido, mas eu estaria pronta para um equilíbrio diferente.” Ela tem tido horas difíceis, imaginando os Palladino não envolvidos, especialmente se o seriado está se encaminhando para um final.

(eu também me preocupo em imaginar a série sem ASP. Não, não, não!)

Questões econômicas também podem infuenciar a decisão. A WB está cancelando 7th Heaven porque, após uma década no ar, o seriado mais popular da rede estava perdendo dinheiro devido à sua dispendiosa produção.

(GG não deve gastar tanto assim né...)

“Eles vieram até nós e nos perguntaram por quanto tempo o seriado (GG) poderia permanecer”, diz Sherman-Palladino, ''e nós dissemos que é um seriado sobre família, que pode continuar para sempre. Se 7th Heaven pôde ficar por 10 anos, por que este seriado (GG) não poderia continuar por 10 anos? Não há razão (pra não continuar). Eles serão altamente pressionados para reunir um elenco tão bom novamente”.

(bom final).

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2006

atestado

desde que eu tenho um computador aqui em casa, eu tenho um blog. um, dois, três. mas desde sempre, também, eu participei da comunidade dos blogueiros fracassados [quando a febre da vez, o orkut, entrou em cena, pude comungar virtualmente com meus iguais]. o fracasso em ter um blog não é só ele não ser visitado; eu sempre me acanhei na divulgação – não quero todo mundo lendo meu blog, o que já é um considerável contra-senso. ficava alimentando idéias românticas de leitores desconhecidos, tímidos, que um dia iam aparecer e conversar comigo, a conversa ia fluir maravilhosamente e eu teria um novo amigo... até porque sou leitora muda e anônima de um tanto de blogs. a gente sempre cai num blog quando pesquisa as coisas no google, afinal. quando isso aconteceu, quer dizer, quando alguém que lia meu blog me abordou, nunca deu certo. isso aconteceu com esse, e aconteceu com o de antes – o karenina.blogger, que tinha decidido retomar quase 1 ano atrás e claro que não o fiz. sem feedback, sem divulgação, encrencando com templates [que SEMPRE me desanimam], em dúvida se prefiro manter esse ou já citado do blogger, tudo acaba coroando na absoluta falta de vontade de postar e conseqüente abandono do blog. quantos blogs já abandonei no decorrer destes 3 anos e pouco? deus sabe, ou não. bom, faço esse post de aviso a qualquer ghost people de passagem, e depois vou pensar em algo mais interessante para postar. ou pelo menos mais interessante para mim.

esse blog pode morrer a qualquer momento.