quinta-feira, 12 de junho de 2008

centenário bette davis

a bette davis nasceu em 5 de abril de 1908, e sabe-se lá porque foi organizada uma mostra em homenagem a ela apenas agora em junho; de 6 a 12 de junho, na sala alexandre robatto, entrada franca. todos os dias foram exibidos os mesmos filmes; eu fui ontem com aline e vi os três seguidos, intervalo de 1 hora entre cada, uma espécie de mini maratona.

os filmes são todos da década de 30, são filmes menores e tal, mas marcam o início da carreira de sucesso da bette na warner (antes disso, teve 2 anos de pontas na universal).

servidão humana, de 1934, fez bastante sucesso na época e foi a primeira vilã da carreira de davis e sua primeira indicação ao oscar. o filme, baseado em um romance de somerset maugham, é protagonizado por bette e leslie howard, o famigerado ashley wilkes de ...e o vento levou. bette faz uma escrota que se aproveita da inocência do médico noob vivido por leslie howard, que volta pra ele quando tá na pior e depois dá o fora. infelizmente, essa cópia era a de pior qualidade, convertida de um vhs, e o filme em si tem um ritmo meio estranho, muito entrecortado, muito resumão.
como painted veil, também do maugham, hoje em dia daria uma adaptação daquelas que investem bastante nas sutilezas e na fotografia... é um bom filme e o dos três o de maior valor histórico.

a floresta petrificada, de 1936, trouxe novamente a colaboração de bette com o leslie howard e bogart (os dois estrearam num filme da universal, the bad sister, de 1931); bette é uma garçonete cheia de sonhos que vive no deserto do arizona; leslie howard um intelectual que está viajando de carona vai parar ali; aliás, todo mundo vai parar ali... bogart é um bandido procurado, mantee, que mantém todos reféns na lanchonete. o filme é muito de diálogo, se passa quase todo na lanchonete, tem 1 fake cenário do deserto muito brinks (adooooro), só que é o mais fraquinho... o leslie howard é tipo meio mala né. carisma zero.
mulher marcada, de 1937, é um filminho sussa, gostoso de ver, bette davis fazendo a puta hehehe, o bogart é um detetive de polícia querendo pegar o chefão do crime para o qual bette trabalha, tem investigação, suspense, pedacinhos de filme de julgamento... bem bacana.

enfim, foi uma boa iniciativa, apesar de no todo faltar um pouco de mojo nos filmes... dessa mesma primeira fase na warner, nos anos 30, podiam ter passado dangerous, seu primeiro oscar, ou jezebel, que iniciou o mito, nunca vi os dois. aliás, nunca tinha visto a bette tão novinha, esguia
e até bonitinha, no primeiro filme (mulher marcada) até levei um sustinho, to mais acostumada com o CARAO.

e n'a floresta petrificada ela ainda tá muito verde, fazendo a mocinha sonhadora, é bom de ver.

ah, deus que guarde a bette num bom lugar... só por BABY JANE ela já merece todos os louros do mundo.

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Now playing: The Beatles - Roll Over Beethoven
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