sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A SEMANA NA TV (25 a 31 de outubro)

dexter (dirty harry) - vejo que todos tão aproveitando essa gostosa temporada de dexter. opa, eu não. continuo achando que tá fraquinho e esse episódio não fez muito para mudar minha opinião. dexter conseguindo chegar a trinity em tipo 30 segundos e descobrindo, oh, que ele também é um "homem de família"... o lado família ameaçada do dexter segue sem me cativar. a rita é chatinha, claro, porque estamos acompanhando a vida do psicopata, mas de boa, é claro que ela tem razão de se ofender com as mentiras. o caso dos assassinatos de verão despertou até agora: zero de interesse. sei não, viu.

mad men (the gypsy and the hobo) - falei sobre o episódio aqui.

brothers & sisters (last tango in pasadena) - continuo achando tudo meio chatinho. esse francês que é um tipo, a doença plus recuperação do casamento da kitty, inventaram agora problemas econômicos pra holly... mas como a paige tá grande, ein? aguardando por uma melhora na temporada!

gossip girl (how to succed in bassness) - finalmente vamos voltar ao campo da FRENEMIZADE, como previam os spoilers, e também como já haviam cantados colunistas blair faz a linha bros before hos. sei nem como a audiência tá comprando essa briga, mas duvido nada a galera continuar na torcida organizada blair, que continua sendo a mais infantil do velho oeste e meio que já deu pra mim. não to aqui dizendo que serena tá mara. esse enredo de "me encontrando no trabalho" tá meio boring, mas sei lá, não tá ofendendo pela absoluta falta de criatividade e pelo eterno poder da repetição como no caso de blair... só sei que a combinação dos dois deu no que deu e PREVEJO a pior sessão de brigas entre as duas, não no sentido BOM, mas no sentido ruim aka de qualidade lamentável. a promo da blair sendo empurrada no bolo não me deixa mentir. e a jenny segue nesse clima também, REPETINDO TOTALMENTE seu arco de vontade de ser aceita/influencia vs. "ser quem ela é". b.o.r.i.n.g.

heroes (strange attractors) - a dinâmica matt e sylar está rendendo os piores momentos da temporada de heroes, e olha que isso não é pouca coisa. enquanto assistia os dois "conversando" e matt percebendo que podia "embebedar" o outro pensei: "aqui está um belo momento para LARGAR ESSA PORRA", pq, te dizer, não pode ficar muito pior que isso. CLARO QUE PODE, arrastem o mohinder para essa storyline, como insinuaram que farão... a parte de claire também não foi melhor. eu entendo que a brodinha lá tá querendo isolá-la, mas por quanto tempo teremos que ver essas tramas que são UM MEIO se arrastarem tanto e de modo tão desinteressante? e ainda ficam injetando essa vibe lésbica vinda do nada, como quando trancam ela e a madeline zuma no porta malas, e claire sequer dá um fora nela, insinuando que PODE SER... sei não. a terceira trama também não chega a ser boa, mas acabou sendo a melhor, retomando a parceria entre hgr e tracy, que deu um passeiozinho pelo chato mundo alternativo de carnivale - e ensaiou um encontro entre ela e nathan-falso-sylar, o q ue PODERIA ser interessante.

modern family (run for your wife) - um episódio divertidinho, apesar dessa coisa chata de ser FORA DA ORDEM (semana passada os meninos brigaram na escola e nesse teve o ACINTOSO primeiro dia de aula... c'mon, né? apesar de cada família ficar muito em SEU EIXO, sem interação com as outras, eu gostei bastante. morri com as fantasias de lily, gostei de claire e phil e também gostei do arco de manny. diferentemente de community, já sinto um afeto pelos personagens e gosto do elenco também, então aproveito com prazer até quando são episódios menores, assim. eu entendo as pessoas que se sentem REPELIDAS pela necessidade do seriado de fazer com que sempre exista um momento heartwarming, mas até isso eu gosto, kill me now.

friday night lights (east of dillon) - falarei SOON. adianto que amei.

community (introduction to statistics) - uns momentos muito bom, mas continuo sem ENGAJAMENTO com esse programa - e às raias da loucura com britta e jeff, tipo, get over this... e a maneira com que todos dependem de jeff também me irrita. eu sei que é uma comédia e força aqui e ali, que eu deveria estar de boa, mas sei lá. pelo menos to conseguindo acompanhar o programa de boa, rindo aqui e ali (e certamente a highlight do episódio foi abed de batman, mas acho que nem isso gostei tanto quanto todos parecem ter gostado).

the vampire diaries (haunted) - achei o episódio muito chato. a priori, gostava dessa ideia de transformarem alguém em vampira e a instável vicki parecia uma boa escolha, mas no final das contas achei tudo muito chato, os chiliquinhos dela, o pessoal tentando ensinar as coisas... até a tentativa de mostrar como estava sendo horrível pra ela, com a super audição, muito sujeita à iluminação, foi estragada pelo tom professoral mala de tudo e pela CAFONICE VISUAL em geral. e elena correndo atrás do irmão foi muito humrs também. o lado bom foi que mataram ela, saicu, e isso ainda: a) possibilita que matt faça a linha ENRAIVECIDO e vá pr'algum lugar agora e b) tava com medo que a morte que falaram fosse de caroline. gosto dela, gosto do casal ela e damon e espero que venha mais pela frente. episódio desapontador no geral, considerando que a série vinha numa crescente, e que esse era o "episódio da morte".

(e eu sei que é uma piada, mas precisa bonnie ir de bruxa, vicki de vampira? rs)
(piar atuação do ian somehalder, na cena em que elena o ataca. tipo, ele geralmente segura esse papel numa boa, mas tava muito fraquinho aqui).
(a trama do pessoal da cidade vs. vampiros tá andando devagar demais. e não creio que aquela mulher não sacou a do damon. VAMPIRO ESCROTO tatuado na testa).

30 rock - desenvolverei o tema HUMOR, nova temporada de 30 rock em breve também.

the office (koi pond) - acho que a temporada deu um up, mas é dificil dizer. teve o episódio sensacional do casamento, aí veio o lamentável mafia, ai veio um bom e esse aqui é agradável, embora peque um pouco por ter storylines tão desiguais e desconectadas - especialmente porque a parte de pam e andy é meio blé. mas gostei bastante da outra, embora jim como chefe esteja repetindo a mesma dinâmica cansativa sempre. mas a listinha DO NOT MOKE foi sensacional, salvou a noite. e foi bom ver o darryl zoando as FANTASIAS de geral e michael passando sua "mensagem edificante" da noite. RS.

grey's anatomy (give peace a chance) - achei que o episódio ia ser bem meeiro, mas foi legal, provavelmente o melhor depois de i saw what i saw. espero que grey's encontre mesmo uma CRESCENTE, porque essa era outra temporada que não estava me agradando muito... anyways, a storyline da izzie continua me irritando muito e até imaginei que iam botar a katherine heigl pra aparecer nem que fosse pra fugir depois, mas nem... o episódio foi emocionante, engraçado, prendeu a atenção, continuou fazendo personagens relativamente secundários (lexie, arizona, apesar de terem feito a lexie se exceder 1 pouco no discurso para o avery rs) terem mais destaque e mostrarem que são, sim, interessantes. aqui, mer aparece pouco, bailey aparece pouco, alex só meio que continua lidando com a izzie-stuff (e já tão aproximando ele da nora zehetner...) e só cristina chega a aparecer mais - e ainda assim para falhar, o que é interessante. pelo jeito o relacionamento dela com o hunt vai implodir. aguardo ANSIOSAMENTE por isso.

flashforward (scary monsters and super creeps)- nossa, que episódio vergonhoso. no duro, no duro, nem serviu pra muita coisa (juntar umas pontinhas do mosaico, vermos que a janis não morreu - e aparentemente não poderá engravidar, o que contraria seu ff - e escancarar o conflito entre os benford). mas nem é o fator MEIO PARADO que me incomoda, de boa. só que nesse episódio todo mundo me incomoda - e ainda casou com um nível de atuação meio canastrã. o mark fazendo o todo moralmente ofendido por conta de algo que, até agora, foge ao controle da mulher JÁ DEU, né. a cena todo do encontro das famílias foi lame. e ele correndo atrás dos caras só porque usavam umas máscaras iguais às do ff? blé. aquele guri com "essa também é minha casa" encheu o saco, embora eu entenda que queiram mostrar que as crianças têm dificuldade de separar o que já aconteceu do que vai acontecer. e o dominic monaghan pegador-físico-quântico até agora tá só misterioso, mas não tão interessante quanto prometia. episódio que realmente faz a gente BALANÇAR...

the mentalist (red scare) - episódio AVERAGE da série. estou esperando por um daqueles grandes, com red john e tals. foi interessante para mostrar mais uma vez a recusa de jane em aceitar qualquer elemento sobrenatural e, mais que isso, qualquer possibiliadade de redenção. ele nunca vai conseguir se perdoar pela sua tragédia familiar e percorre o caminho mais difícil de luto, sem dar chance para nenhum consolo. sobre rigsby e grace, não sou uma grande fã.

FRINGE, mercy e 90210 estiveram em hiatus. continuo bem pra trás em melrose place e bored to death. e aindanão vi, infelizmente, o PARKS AND RECREATION da semana. update assim que isso acontecer! abs

top 3 episódios da semana:

1) fnl, east of dillon
2) mad men, the gypsy and the hobo
3) modern family, run for your wife

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

you don't understand it

uma das muitas coisas abissais ditas durante o tão aguardado confronto entre don e betty no episódio deste domingo de mad men foi essa: "eu vejo como você é com dinheiro. você não o entende". o que betty quer realmente dizer com isso? don é uma nota acima ou uma nota abaixo? eu entendo que a falta de traquejo dele para a VIDA SOCIAL poderia denunciar a pobreza de don muito facilmente, e sempre ficou patente, mas nunca achei que havia nada em relação ao DINHEIRO em si.

o confronto ressoa em muitos níveis o A NIGHT TO REMEMBER, episódio em que a betty descobre uma traição de don (apenas UMA rs) e, pelo menos para mim, revive o mesmo ALÍVIO que senti assistindo a este. aquela ansiedade construída episódio após episódio, a INEVITABILIDADE dessas coisas virem à tona e a chance de uma desforra mínima que fosse por parte da betty, nem que fosse falar mais alto e exigir respostas, aconteceram aqui e ali. especialmente nesse episódio de agora, em que eu me sentia realmente aviltada pensando em betty com o PESO DA DESCOBERTA nas costas e don desrespeitosamente passeando com a professora da filha.

e eu super sei que geral não gosta de betty. a irritabilidade perene dela ("eles não me escutam" blablabla sobre as crianças), tá mais nasty do que nunca, é mimadinha e ingênua sim, mas what the hell. se tem uma coisa que não estava ali era FÁCIL. a sensação da betty de estar TRAPPED fica bem latente no episódio em que ela desenvolve um relacionamento EPISTOLAR com henry. a vida dela é estéril, em grandes partes porque ela também não encontra o que fazer de si e apesar de ter crescido para ser dona de casa, esposa e mãe não consegue encontrar FELICIDADE nesses papéis. ela inclusive é uma mãe muito menos dotada naturalmente do que don o é como pai, sem querer FACILITAR pra don, que pode ter jeito com criança mas só dá as caras, carinho e conversa quando quer, o que é pretty much DE VEZ EM NUNCA. retomando: nesse mesmo episódio vemos como é BETTY DRAPER por si mesma numa cena curta, quando ela pede para conversar em particular com o advogado da família e faz um sinal impertinente e impaciente com a cabeça para que ELE FECHE A PORTA. essa é betty. são dois segundinhos mudos que servem de MUNIÇÃO para os haters.

mas é como eu digo, me incomoda muito mais don indo pra casa da PROFESSORA DA FILHA assim que todos dão as costas, limpando a agenda para passar uma semana prazerosa com a amante... a cena do confronto em si acontece nos 15 minutos finais do episódio e apesar de ser a representação nua & crua da tensão eu não consigo evitar de RIR em alguns pontos. logo de cara, quando don entra em casa e é ATACADO por sally, percebe num segundo que a CASA CAIU (num primeiro momento, só como CHEGARAM ANTES e tals) e tenta se desvencilhar pra dar heads up pra suzanne e betty chega e dispensa a desculpa dele (chapéu esquecido) com duas frases. logo fica claro que ele não vai conseguir escapar - aquele não é só um retorno antecipado e betty não demora ao mostrar que voltou, quer conversar com ele e é sério.

a cena é absurdamente tensa PER SI, pelo confronto, por betty estar tão inesperadamente no comando e don tão absurdamente derrotado. em certos momentos, ele parece SUGADO DE ENERGIA, como se fosse cair ali e agora. e, claro, há o fato de que suzanne está do lado de fora e poderia fazer uma merda a qualquer momento ou ser vista por alguém, o que adiciona algo a mais no elemento TENSÃO. mas isso sequer parece passar pela cabeça de don. ele tem pelo menos uma boa chance de correr para alertá-la, quando o bebê chora, e é algo que vemos que NEM SEQUER SURGE FUGAZMENTE em suas idéias, de tão atordoado que ele está. ele não consegue fazer um drink, acender um cigarro, encarar betty direito. DEFETEAD. suzanne saindo do carro de noite, por sinal, é muito triste mas um pouco engraçado também. imagine que ela ficou tipo HROAS esperando? tudo bem que era pelo DON DRAPER, mas...

sequência FULMINANTE, em três quadros

betty pede para don abrir a gaveta. ele diz peremptoriamente: NÃO

betty então diz "você sabe que eu sei o que está aí dentro".

HADOUKEN

o episódio tem seus momentos de obviedade extremas, dois que me incomodam sendo roger dizendo a annabelle que "it's over" (falando do nome da empresa mas tendo o subtexto do caso de amor) e o segundo sendo o final, com carlton perguntando aos draper "quem eles deveriam ser" e dan parecendo atordoado com a questão (as crianças de gypsy e hobo eu vejo como uma metáfora/alegoria válida). nada disso impede o episódio de ser uma pequena obra prima. depois do anticlimax cruel da semana passada, eu mesma já pensava que betty ia sentar na informação e claramente calculei mal o quanto ela ia inferir do que achou. ela, afinal de contas, reconheceu don nas fotos e associou com os nomes escritos. era realmente uma GRANDE MENTIRA, como ela diz ao advogado, mas ainda assim a primeira coisa que ela quer tirar do caminho é a EX-ESPOSA... e quando ela pergunta se é ilegal? é uma pergunta muito ingênua e que você pensa quejamais passaria na cabeça de alguém enganada pelo marido de maneira tão profunda DESDE QUE SE CONHECEM - mas, as it turns out, pode até se reverter numa VANTAGEM ESTRATÉGICA para betty, que agora, como também bert e peter, tem informações que podem colocar don em uma situação muito perigosa, inclusive legalmente, como ela fica sabendo.

quem vocês deveriam ser?

essa mudança nas FORÇAS DE PODER da família draper é muito interessante. pela primeira vez, betty está compartilhando um mesmo nível de informação com o marido, agora além de ser ESPOSA dele ela também é a única pessoa que sabe, tão diretamente de tudo da vida dele (anna pode ser também, já que ficou insinuado que havia confiança entre eles). ela pode não ser o tipo de mulher que preencha o TIPO que don gosta - todas morenas, meio liberais, divertidas etc - , mas agora ela está em um relacionamento mais profundo com ele do que qualquer das outras já teve.

é interessante porque todos os comentaristas ficam falando sobre como na cena don flutua da sua personalidade a la DICK, aka inseguro, mais tímido, sem autoconfiança, e o lado DRAPER, que é charmoso, com mojo, domínio das situações. é uma divisão que existe, don tem os dois lados de si, como vemos claramente no episódio que ele vai pra califórnia e é totalmente DICK. só acho um erro que todos assumem que ele É dick e assume uma máscara de don; acho que o buraco mais embaixo. don é as duas coisas. ele é um cara sem autoconfiança (como fica bem claro quando ele fala de sua surpresa por betty tê-lo amado) que se forçou a assumir uma outra persona, mas essa outra persona, afinal de contas, não veio do além. está ali, faz parte dele, é ele. quando betty diz que não sabe quem ele é e não pode confiar nele, ele responde calmamente que ela sabe, sim, e ela SABE, SIM. e pelo que podemos ver vai saber mais agora (e eu adoro quando o don responde na BUCHA que seu nome é donald draper e "costumava ser dick whitman"; ele é DON, afinal de contas).

é pungente ver os dois construindo um relacionamento com mais preocupação, carinho e atenção, ainda que nesse princípio isso aconteça de maneira um pouco formal e SE MEDINDO. mas vemos don tendo a gentileza de perguntar se ela vai comer antes de pedir algo, ele encaixando uma possibilidade para que ela fique sem ele durante o haloween e ela recusando etc. de muitas maneiras, essa temporada já nos mostrou os draper mais próximos do que nunca, ainda que os dois tenham também ORBITADO muito para longe do casamento, com don voltando a ter um caso e betty flertando com essa possibilidade. desde o início, no mesmo episódio em que conhecem henry, quando se beijam ao luar inesperadamente (uma lembrança, uma tentativa de recuperar algo?), ou especialmente na viagem para a itália, que os ajudou tirando-os um pouco do contexto e ficou patente que betty pode ser, sim, mais interessante, safa e inteligente, como don APRECIA suas mulheres, até cenas como betty colocando a mão no ombro de don e dizendo que sente muito pela morte de adam. (que já vi gente achando FRIO em contraposição à ligação à beira das lágrimas de suzanne, que claramente está na fase de PAIXÃO com don enquanto betty está, opa, na fase CASAMENTO FALIDO).

anyways, não sei dizer pra onde vamos agora. don vai ficar mais dick? betty e esse lado DICK vão get along? há futuro para os dois? eu nem sei dizer se don algum dia já gostou de betty e tenho muita curiosidade sobre OS PRIMÒRDIOS do casal, porque, né. imagino que ele tenha se apaixonado pela ideia que fez dela, socialmente bem criada, pronta para ser uma esposa devotada e mãe atenciosa, praticamente uma barbie. esse inclusive era o apelo e a vibe no início da série, no piloto quando vemos don voltar para a "vida dos sonhos" que é quase um pesadelo etc - e logo vemos que para o lado dela as coisas não eram bem assim, criada de uma maneira repressora, mommy issues, crise nervosa etc. enfim. stay tunned.

_EM OUTROS ACONTECIMENTOS_
gostei muito da história de roger e annabelle. inclusive eu gostei bastante dela, mas ela está claramente GRIEVING e fez ALOKA e levou um pé que um lado de roger certamente apreciou muito estar dando... what goes around comes around. fora que as quotes dele sobre casablanca são sensacionais ("nós não estávamos em casablanca. a única semelhança é que você me deixou por outro homem" e "aquela mulher entrou em um avião com o homem que ia terminar a segunda guerra mundial, não dirigir a empresa de comida de cachorro do pai dela"). e eu acho, sim, que existe uma intenção de ligar essa conversa de THE ONE a joan. pode não ser, claro, mas as storylines são paralelas, vemos roger negar que annabelle tenha sido sua the one logo depois dele conversar com joan e gostar "de ser lembrado" e depois ele ainda liga para tentar arranjar emprego para joan e diz que se importa com ela, bla bla bla. claro que existe uma parte da REAL camaradagem e carinho que os dois sempre mantiveram, mas não vejo porque fechar os olhos para as insinuações. especialmente porque roger nunac foi tão apx em jane, apesar dele dizer para annabelle que "com essa garota é diferente". eu acredito que ele quer acreditar nisso, especialmente considerando o que don lhe disse sobre se fazer de bobo, e quer que o casamento dê certo e está se esforçando pra isso, mas...

sobre a parte de joan e do médico, foi meio mais do mesmo (joan buscou também seguir as regras e fazer o que "deveria fazer" e acabou se amarrando num incompetente de marca maior etc), mas serviu pra fazer a história andar. o cara vai pro exército. ou matam ele, ou deixam inválido pra joan SE FUDER eternamente. ou nada disso né. rs. GUESSING GAME.

quando vão retomar toda a coisa de duck (especialmente com peggy?). e onde se meteu peter?
ABS a todos.

(morri no IS THAT YOU? DICK? primeira vez que betty disse o nome verdadeiro do marido,.)
(you're a very very gifted storyteller, TRUE)
(a revelação é tipo TOO MUCH para betty, dá pra se notar a raiva dela e tudo, mas ela também não sabe bem o que dizer e quando espelha as questões para don, "o que você faria" etc, isso fica claro. em partes, também, meio que como depois que descobre a traição, ela sabe que foi enganada mas na verdade não tem muito pra onde correr...)
(don está tão atarantado com tudo que leva um susto quando betty pergunta de adam. ele sabe que essa foto está lá, mas é como se tivesse esquecido)
(e que tal don CHORANDO?)

(e o soninho gostoso pós tudo?)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

SEMANA NA TV (18 a 24 de outubro)

* mad men (the color blue) que episódio absurdo de mad men. tenso e explosivo em seu final, depois de uma encadeamento mais LENTO (surpresa!). possível venda da sterling cooper (maneira mais fácil de trazer joan e sal de volta?), dan e seu caso que segue com CILADA tatuado, participação especial do ex-lj, de prison break, betty continuando sem ter coragem de IR ADIANTE com henry, paul descobrindo que peggy É SIM talentosa e, principalmente, betty descobrindo o que don guarda em sua gaveta trancada. o triste e irônico da história é que ela, sem o menor contexto, nem tem como saber o que REALMENTE descobriu e fica abalada e magoada é com a certidão de divórcio, que nós sabemos ser algo ÍNFIMO no passado de don... a january jones se destaca no episódio, mostrando a raiva, a frustração e uma auto-consciência maior da betty... os escritores, num ato maligno de sadismo, nos ROUBAM o confronto e constroem um anticlimax daqueles, com uma betty pronta pra briga esfriando e esfriando enquanto don não volta... será que ela vai perder a coragem? vai tentar descobrir mais? vai partir pro ataque? é hoje!

recap de 60 segundos feito pelo tv guide





* brothers & sisters (from france with love) pelo menos trouxeram a sarah de volta, mas não me agradou tanto o romance em tom de pastiche que fizeram entre ela e o francês. é claro que sarah precisava de alguém e blás, porque o plot de CORRER ATRÁS tava falido, mas sinceramente preferia o broder empresário. em outras notícias, rebecca estava um saco nesse episódio e sempre disse que essa doença da kitty era O ERRO. temporada segue morna.

* dexter (dex takes a holiday) de onde tá vindo essa conversinha de que esse episódio foi espetacular? porque um gancho e um momento de TENSÃO (o "encontro" entre lundy e trinity) não salvam 45 min de histórias meio REPETIDAS e mal contadas. fora essa coisa de mandar a família toda para fora para que dexter possa ficar mais SOLTINHO (e depois voltar a chegar à eterna conclusão de que SE IMPORTA com a família etc). debra-lundy-anton OLD NEWS. laguerta e batista não vão pra lugar nenhum e foi a parte mais chata do episódio. e aquela reporter improvável levando um pé do chatinho do quinn? todos tão meio chatinhos. e a nêmesis do dexter no episódio foi até ok. mas ele se permitir ESPERAR por ela ir até ele foi meio q. sei lá. não gostei.

* gossip girl (enough about eve, sexto episódio da terceira temporada). enough MESMO! blair não pode crescer, os roteiristas não podem parar de botar todo mundo, até personagens NOVATOS na frente da vanessa (e quando que dar uma merda de discurso ficou TÃO importante para ela?)? a verdade é que jogam a menina para todos os lados, sem preocupação com MANTER no personagem, para cumprir a função qualquer que precise ser cumprida... vergonha também de serena e nate, que enredozinho FRACO e LAME para o comeback de SERENATE. esse GRANDE SUSPENSE/DISPUTA pelo discurso realmente não segura nada... e anna espinosa como a mãe de vanessa, embora com opiniões até respeitáveis, apresentado-as da maneira mais DE REPENTE e RUDE possíveis... e o grande beijo de chuck em um cara? pfff. episódio FAIL para todo mundo, todos saem por baixo e perdem algo...

* heroes (tabula rasa) provavelmente um dos PIORES episódios ad história de heroes. isso quando eu tava começando a pensar que tava PEGANDO PESADO com a série e que essa temporada, mesmo meia boca, estava bem melhor que a terceira (BOMBA ETERNA, mas salvo engano começou melhor). sylar no acampamento carnivale com a personaliadade de nathan foi horrível, com o ex-t baggy usando a mulher-tatuagem para incentivar uma disputa TOSCA entre os caras... blé. o outros plots não foram muito melhores: hiro tentando incentivar a moça surda a aceitar seu poder (tipo, será tão dificil entender que tem gente que NÃO CURTE ESSA JOÇA?) foi o ápice da malice, canastrice (a hora que o hiro reflete que talvez tenha voltado para salvá-la é tão MAL FEITA, sem ânimo, sem credibilidade, sem nada, que morri). o terceiro plot foi meio chato mas pelo menos serviu pra algo: peter e noah indo atrás de um garoto que poderia salvar hiro e blas. serviu pro hgr recuperar um pouco a auto-estima e perceber que serve pra algo etc. episódio FALIDO.

* 90210 (unmasked) o primeiro episódio da série HALOWEEN (semana que vem vamos ver isso DICUMFORÇA) foi legal. acho bacana como estão conseguindo manter os episódios com histórias paralelas (gossip girl por exemplo AFUNDOU nate e tals). claro que isso também faz que com annie parece estar em OUTRO PLANETA, mas eles até tiram isso meio de letra, na única cena em que annie aparece com alguém VELHA GUARDA, quando vemos como ela e o irmão estão distantes, se observando só de longe, sem saber direito o que está rolando na vida um do outro. essa parte da annie tá um saco porque um episódio atrás ela estava toda reticente com o jasper e agora está meio apx a ponto de fazer algo ILEGAL para agradá-lo e participar de seu filminho B. nenhum sentido. e afinal de contas psicopatas são um saco dessa maneira high school. de resto, vemos uma das histórias preferidas do público totalmente ON HOLD, já que navid nem aparece nessa semana e adrianna apenas repete o papel de arrependida. e vamos à DANÇA DE CASAIS. acho legal que tentem variar e por enquanto não tá parecendo aquela coisa de todo-mundo-com-todo-mundo, eu não senti essa vibe, foi tudo com naturalidade e blas. e sinceramente, sei que essa história ainda tá viva, mas não gostaria que voltassem naomi e liam nem muito menos dixon e silver. então ver naomi investindo a sério na sua vida amorosa pós-liam é interessante, ainda que jamie seja meio que UMA CARTA EM BRANCO. e ver um potencial interesse amoroso para liam também é bacana, porque até o final da primeira temporada ele não era assim TÃO CAIDINHO pela naomi (deletaram isso, mas ele tinha um flerte com a annie, sim). a ivy infelzimente é interpretada por uma atriz muito fraquinha, mas vejamos o que sai dai. o pior casal, claro, é ted e silver. fizeram tudo direitinho, mas eu tenho uma agonia ILIMITADA desse cara. e por fim iam ENTERRAR dixon e sasha e surgiram com essa coisa da gravidez, que vai ser o plot que acompanharei no AUTOMÁTICO, com certeza.
ps - triângulo harry/deb/kelly? peço pra sair.

* the good wife (crash) continuo achando a relação entre alicia e peter o elo fraco da série. e aqui eles dão uma caminhadinha na insinuação de um interesse por parte do wil... na parte FAMÍLIA do episódio, achei digno a vó levar as crianças para ver o pai. passou por cima da mãe, sim, mas alicia ta meio overwhelmed, as crianças (pelo menos o menino) demonstravam interesse em ir e, poxa, era aniversário do peter. o caso da semana foi interessante, mas ver as histórias sempre refletindo didaticamente a vida pessoal da alicia é meio sacal. episódio morno.

*mercy (you lost me with the cinder block) só digo isso: vontade de dar um murro em veronica, protagonista mais chata desde carrie e com o plus de ser SUPER OBVIA E MAL FEITA, e no brodinho também - teve as manhas de ir lá perguntar se ela ia engravidar mesmo. wtf.

* modern family (coal digger). não foi tão bom quanto semana passada, mas teve vários bons momentos e interações inéditas mais exploradas, especialmente gloria e claire, e surpresas como cameron gostar de futebol (e eles ainda brincam com o SURPRESA).

frases
"se fãs de futebol podem aprender, quão difícil pode ser?"
"como exatamente ela é 'sua garota'?"
"ela é minha filha. você é minha esposa. vamos lembrar o que realmente importa. tem um jogo de futebol começando".
"you're really close to ruining gay for me"

* community (football, feminism and you) provavelmente o episódio mais fraco da série até então. mesmo com britta fazendo piada de si e a série fazendo piada dela, ela continua sendo MEGA CHATA. a melhor parte foi de pierce com o reitor criando o novo mascote, mas nem isso chega a ser assim SENSACIONAL...

* flashforward (gimme some truth). a série continua sem pagar o falatório, mas não está tão ruim quanto fazem parecer. foi interessante apliarem para mostrar uma repercussão nacional, politicagem, mas parece sim uma pisada no freio. também mostraram que a moça lá do fbi é realmenet lésbica, como estava escrito nas estrelas, e tivemos de brinde o ATAQUE CHINÊS no final. de uma cafonice IMPAR, ao som de uma versão de LIKE A ROLLING STONE. fora a TRAMA FOFOCA, com a olivia recebendo sms avisando sobre a mentira de mark - logo depois dela desconfiar e conversar com o aaron. semana que vem vai ser bom.

* grey's anatomy (i saw what i saw). nem tão REVOLUCIONÁRIO como muita gente tem pregado e nem tão uó porque sei lá que série médica já fez. QUE SE FODAM AS SÉRIES MÉDICAS. a verdade é que esse foi o priemiro episódio bom sem ressalvas de grey's nessa temporada, ainda que tenha sido um grey's tão atípico. tenso, mantendo a atenção do telespectador, explorando as personalidades de cada um daqueles médicos de uma maneira precisa e bem feita. e acho absurdo criticarem os atores que fazem os "laranjinhas". pelo menos a sarah drew (CORTADA rs) e a nora zehetner arrasam oks. espero que a nora CHEGUE CHEGANDO.

* the office (the lover) bom episódio, daqueles que dá raiva e pena de michael. claro que ele tem todo o direito de amar e quando ele pergunta "o que há de errado" com ele para ser PERSEGUIDO assim você pensa, true, ele tem suas qualidades... mas logo depois ela lança o DESCONEXO, pedindo que pam respeite o ambiente de trabalho e logo em seguida lembrando que vai ser PADRASTO dela. rs. divertido e pugente também. a trama dwight-jim também foi boa, com detalhes maravilhosos como creed chorando durante a ópera ou quando dwight vai recuperar o marreco de kelly e ryan. aprovado.

* 30 rock (into the cravasse) continuou sem muita inspiração, mas teve pelo menos um momento impagável: a versão pornô da vida de liz lemon. o ex-gob apareceu totalmenet sem forma, aqui, e foi certamente a parte mais fraca do episódio. é isso.

(fringe e mentalist estiveram em HIATU essa semana, infelizmente AINDA não vi o P&R da semana)

top 3 da semana:
1) mad men, the color blue
2) grey's anatomy - i saw what i saw
3) 90210 - unmasked (rs! alerta vermelho! a temporada em GERAL tá bem lame, veja vc)

sábado, 17 de outubro de 2009

Blair vs. Serena (texto errático e cheio de digressões sobre as moças, nos livros e na série)

Meu primeiro post sobre Gossip Girl foi baseado quase que totalmente em primeiras impressões. Eu estava terminando a primeira temporada, de uma sentada só, e o primeiro livro. Eu não lembro bem como eu achava que a série era e de fato tinha mais medo de parecer com OC (que hoje em dia já me parece menos chata, vista em perspectiva, embora ainda não tenha paciência pra Seth).

O piloto da série tem um ar de mistério maravilhoso que nenhum episódio conseguiu recuperar – e uma certa crueza também. Serena chegando de uma longa estadia longe da cidade, ninguém sabendo bem o porquê, e Blair neste episódio tem uma relação com ela mais frenemie do que nunca, é algo muito real. Sempre que eu me lembro desta estréia vejo algo meio escuro. E Dan invisível era mais legal – ele não falava tantas babaquices, apesar de ser só um stalker idiota – quisera Deus que tivessem estendido este pedaço. Às vezes quanto eu penso naquela imagem da Serena parada na estação, chegando, eu até acho que é outra série (pelo menos abandonaram aquela chapinha da Blake por um cabelo muito mais mágico).

Serena chega assim, aérea, deslizando, sem ligar para os outros. E é tão dolorosamente convincente. Blair é ainda mais, com aquela urgência para cima de Nate – e a evidente inveja misturada com admiração e despeito em relação a Serena.

Depois a série começou a ganhar tramas, outros personagens, um cotidiano, um tom de comédia vez sim, vez não, vez sim. Ficou mais série teen enquanto que o piloto sugeria apenas uma história, e uma bem boa. Mas asi es, não vejo como poderiam ter escapado disso.

Eu comecei a ver Gossip Girl pelo buzz, ainda me interesso muito por isto, e estou lendo os livros (estou no quinto). No geral, ainda acho que é uma série de livros fraca enquanto literatura. Estas observações sociais devem se aplicar mais aos EUA porque para mim nem enquanto retrato de uma classe vale muito. O que importa na série e no livro é realmente a dupla protagonista – ponto. Volto a isto, porque é inescapável.

Eu dizia que não tinha times, e realmente gosto das duas, mas hoje acabo me sentindo meio inclinada para Serena. Deve ter um pouco do fato de todos ficarem tão ostensivamente dizendo que a S. é sem graça. Tem gente que acha isto na série, porque deixaram a Serena ‘boazinha’, mas a crítica da New Yorker (que é até positiva) já dá a idéia de que os livros são sobre Blair e a Serena é meio apagadinha.

Blair é muito mais enjoada e egoísta no livro. Esta lealdade que vira e mexe alguém fica jogando na cara em comunidades do Orkut não tem nem traço nos livros. Esta coisa de megaplanos de dominação e manipulação também acontece em níveis bem menores. Blair é só uma garota que queria viver uma vida de sonhos e tenta controlar a realidade mas, batendo a cara aqui e ali, se fecha em seu mundinho de mimada. A maioria do tempo que passamos com a Blair nos livros é só ela pensando como tudo está ruim, como todos são horríveis, como a vida é lamentável. Ela não fala essas coisas e não age diante disso, mas ela está sempre pensando coisas neste nível. EU poderia me identificar mais com isto, na realidade, e tenho um pouco de empatia, mas a verdade é que Blair é um personagem tão sem generosidade que não consigo ter compaixão por ela (nos livros). Na série, ela tem um toque a mais de sangue quente, uma fidelidade canina que sei apreciar, tem um sofrimento mais real e tangível (ela se sente magoada e chora tipo de partir o coração quando tem breakups com o Nate, por exemplo, enquanto que no livro é mais misce-em-scene). É interessante no livro – mas tem pouco pathos.

A Serena é mais uniforme. Claro que ela é mais “boazinha” na série, mas que isto não implique que ela é bitch no livro. Eu ainda não vi um “a” bitch da Serena nos cinco primeiros livros – ela só é mais livre e menos amiga ostensiva, mas ainda assim ela é bem solidária. Ficam dando a entender na série que antes da rehab/viagem a Serena era a Queen porque ela escrotizava também e a verdade, na série e no livro, é que Serena é só uma celebridade ali naquele meio, ela não faz nada para isto, ela simplesmente o é. Não tem nada de passado, presente ou futuro bitch na Serena em canto nenhum (nem na Blair do livro, que como já disse é só mimada e manipuladora vez ou outra, não chega a este nível institucionalizado “malhação” da TV). Ela é muito easy going, fala com todo mundo (enquanto a Blair vai de exclusiva a simplesmente chata) e eu aprecio isto. A Serena do livro é mais cabeça vazia, dumb (como já disse) e simplesmente encantadora para todos. Ela é muito direta e simples com tudo, fácil de conviver (embora, claro, também esteja “perdida na vida” como os outros). Na série, eles fazem ela ser mais “amiga”. O que as duas representações compartilham é uma impetuosidade, se deixando levar e entusiasmar com facilidade. Blair está mais preocupada com como as coisas deveriam ser e Serena com como elas são. Eu entendo que a Blair é mais “complexa” (no livro, na série é essa psicologiazinha de revista, daddy e mammy issues fazendo tudo), mas é horrendo que isto tenha que significar ‘melhor’. Serena é straight forward e muito mais carismática – no livro isso é ainda mais reforçado pelo simples fato de que Blair é só alguém noiado, não esta persona Blair interpretada pela Leighton e tal.

Uma das maiores alegrias é que no livro a parte dos “artistas” é muito mais levada a sério e graças a Deus não passaram isto para a série, que fica aquela coisa mamão com açúcar. O Dan tudo bem que é uma espécie de sátira, mas a autora realmente leva Vanessa a sério e acho isso freak, acho PAU NO CU o núcleo de artistas. Aliás, todos são tipos (Aaron, que), menos Blair e Serena.

(Continuo achando que nenhum dos outros personagens vale a pena ser objeto de UMA LINHA escrita por mim. Talvez o Nate, gosto mais dele hoje em dia. Na série ele tem essa coisa de cavalheiro e uma retidão que irritam um pouco vez ou outra, mas eu gosto – e tem umas coisas meio freaks como aceitar dinheiro da Catherine depois de recusar o do Chuck, e ele sempre me irritou muito porque sapateou na Blair, mas quando soube que ela transou com Chuck quando eles terminaram fez o moralmente ofendido. É claro que eu sei que o Nate é um inexpressivo e o modo como ele vai de mulher em mulher só realça isso, mas ele é uma boa figura. No livro gosto ainda mais dele, só querendo ficar na dele e ir levando o máximo possível. E ele nunca vai ser um escroque como o Chuck. Pronto, uma meia dúzia de linhas pro Archibald).

ps – sinto que este tema não está esgotado rsrsrs.

(postado originalmente no CORRAO, que decidi deixar 1 pouco de lado. e já precisando de um pouco de UPDATE, diante da terceira temporada, do término dos livros, mas ainda É ISSO AI. abs)

gilmore BACK

não, gilmore girls não vai voltar. e as piadas da lauren graham sobre um filme não passam disso, piadas. mas, amiguinhos, já que não podemos ter o MELHOR DO MELHOR, seremos agraciados com os talentos individuais seguindo em NOVAS EMPREITADAS. verdade que a amy sherman-palladino teve sua O RETORNO DE JEZEBEL JAMES, que fracassou fragorosamente (não era grandes coisas, mas era ok) e aquela ensaiada da volta da lauren no BRIDGET SHOW teve destino semelhante, mas agora as coisas parecem que VÃO.

a ASP ficará a cargo de uma comédia para a HBO também no nicho FAMILIAR - deve tratar do relacionamento entre três irmãs adultas, todas escritoras, que moram em uma apartamento com a LITERATA mãe, que parece gostar só do IRMÃO (bendito fruto etc). é isso. ainda não tem nome, atores, datas, nada. AGUARDEMOS, pois.

já a lauren graham acabou caindo em PARENTHOOD, devido às fatalidades da vida: o papel era da maura tierney, que teve que se afastar por conta de um câncer, e depois SABE-SE LÁ PORQUE, a helen hunt, que deveria substituí-la, deu pra trás. de helen hunt para lauren graham???? tipo, mil porcento de melhora? a lauren será SARAH e a bem da verdade o papel CHEIRA UM POUCO A LORELAI, assim de longe... mãe solteira e blas. mas segundo a lauren disse pro ausiello, a VIBE É OUTRA. detalhe importante: o jasom katims, produtor de FRIDAY NIGHT LIGHTS, está à frente do projeto. FATALITY. SEM MAIS.

facebook vs. orkut (em defesa do vira-lata)

é muito deprimente ser aquela pessoa que metade do tempo que está no facebook está SE LAMENTANDO por tal fato. ou reclamando no MURAL, publicamente (como, btw, tudo no facebook; só porque e´ENTRE AMIGOS não se torna PRIVADO). por que ainda o faço? um belo dia recebi uma ligação de uma amiga informando que HAVIA FEITO UM PERFIL em tal rede social POR MINHA CAUSA. minhas amigas do colégio apenas me vêem como DA INTERNETS então presumiam NATURALMENTE que eu deveria ter & curtir um facebook. mas nem, viu.

quer dizer, sempre tive um perfil. onde eu não tenho perfil? é quase COMPULSIVO. sempre me cadastro para experimentar e blas e no caso do facebook deixei lá MORTINHO DA SILVA até que teve esse revival por agora. essas minhas amigas do colégio têm uma AVERSÃO absurda ao orkut, que vem lá daquele início DEVASSO, quando acontecia de um tudo. hoje em dia é aquilo, o orkut tá tão paradinho e inofensivo que não tem nenhum sentido se ORKUTICIDAR. já o facebook para mim tá mais PRATELEIRA DE PUTA do que nunca.

primeiro que lá você tem que sair DESMARCANDO TUDO, optando por ignorar, esconder... porque eles acham que você quer ver tudo de todo mundo, tudo que todo mundo comenta, se você faz um comentário em algum update de alguém eles te enviam email quando uma terceira pessoa também comenta. tipo, wtf, né? menos, menos. lembro ainda da minha confusão quando dei minha primeira chance ao facebook. era tanta porcaria que ficava ZONZA. depois o orkut deu uma facebookzição, mas jamais segui por esse caminho (a primeira coisa que fiz com a ATUALIZAÇÃO DOS AMIGOS foi desativar). quer dizer, neguinho fica pagando pau pro facebook ser algo mais tranks, entre amigos, e apenas uma SURUBA LOKA com too much information, muitos testes bobos etc. fora que ainda tem aquela galera ANTI TWITTER que fica postando no mural COMO SE FOSSE O TWITTER.

essa briga facebook vs twitter pega forte nos meios nerds AMERICANOS. eles discutem a valer e ô povo para amar o facebook, viu. garantem que o twitter é DESNECESSÁRIO porque o facebook já O OFERECE. mas peraí, eu perdi algo? o legal do twitter é seguir usuários que são engraçados, divertidos, informativos, celebridades que fazem a alegria da galera, não só seus amigos. é uma VIBE muito diferente - e DESCONHECIDOS. num desses debates vi uma metáfora legal de uma garota, que dizia que o twitter era como SAIR PRA NOITE e o facebook era como voltar pra casa. eu entendo, porque os americanos totalmente IGNORAM o orkut, então contato com amigos só via esse site horroroso mesmo.

por que o orkut arrasa entre brasileiros e indianos? sei não. vai ver somos burrinhos pra SUPERIORIDADE ARIANA do facebook? NOT kkk. sinceramente, acho o facebook tão mais absurdamente INVASIVO que o orkut. e aquela viadagem de que uiuiui ninguém pode ver meu perfil agora também é opção no orkut, amigos cults! (tem tempos, né. os serviços vão SE IMITANDO). e eu agora tô numa fase FORTE de comunidades. uso pra DIVERSÃO/ENTRETENIMENTO, fonte de informação e especialmente DOWNLOADS. o facebook não me oferece nada em contrapartida. quer dizer, tô numas páginas aqui e ali mas essas informações sempre vão cair no orkut também (ex: material divulgado pela página de grey's sempre é divulgado também via twitter, alguém joga no orkut etc). em suma, não consigo imaginar UM MOTIVO pelo qual eu migraria totalmente para o facebook. já tem uns 2 meses que tô lá tentando conviver, live and let die, mas olha, me IRRITA às raias da loucura.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

labirinto do fauno, pt 2

hoje procurei o post do daniel galera sobre o labirinto do fauno, ressucitada por um próprio post meu em que o mencionava, e não achei. para ser sincera, minha sessão de links aí do lado tá bem defasada e EXIGE uma atualização. de qualquer sorte, achei em outro blog, não no do galera (na verdade ele agora só tem o SITE), e resolvi postar aqui para ficar ao alcance fácil DOS MEUS OLHOS.

“O Labirinto do Fauno, de Guillermo del Toro, é o filme mais triste que já vi. Saí do cinema massacrado, e acho que o mesmo deverá ocorrer com qualquer pessoa cuja história pessoal esteja profundamente contaminada pela fábula (não no sentido de fábula infantil com moral, mas no sentido mais amplo de narrativa imaginada, de aceitação visceral da fantasia como um dos componentes essenciais da vida). Muitos vão gostar do filme - é graficamente lindo, é cruel e sádico, é assustador (contendo, inclusive, a criatura fantástica mais assustadora que já vi na tela), é protagonizado por uma menina adorável, tem excelentes atores no todo, comove qualquer um até a medula e consegue, sem ser chato em nenhum instante, combinar tudo isso com uma abordagem extremamente rancorosa dos traumas da guerra civil espanhola. Mas suspeito que apenas alguns sairão abalados pelo golpe final, uma declaração quase insuportável de que a realidade e a imaginação estão divididas por um abismo instransponível e já não podem ajudar uma à outra nos dias de hoje; de que só resta, à imaginação fantasiosa, a nobre função de fuga dos horrores da vida real; de que uma e outra não podem mais andar de mãos dadas. A ficção está morrendo, ou, para não soar dramático demais, cada vez mais perdendo o valor (”O seu livro é autobiográfico?”, me pergunta um fantasminha nesse momento, com um sorriso cheio de sarcasmo estampado na cara - ele sabe, como eu, que a resposta não existe). É um diagnóstico doloroso, que consegue ser belo somente no sentido de que temos um autor de cinema capaz de reconhecer o estado moribundo em que se encontra a fábula e de transformar esse triste fato num filme implacável."

texto não sistemático: inglorious bastards


gostei de bastardos inglórios. é um bom filme, com uma CRESCENTE de emoção, boas atuações (em geral) e uma direção muito boa. muitas cenas bonitas e blas. quem não gosta de tarantino, acha vazio, pastiche, pura punhetagem, não tem motivos para mudar de opinião aqui. é, ainda mais do que todos os tarantinos, uma pagação de pau absurda e às vezes até DIDÁTICA, para o cinema. mas o que eu posso dizer? o tarantino continua mestre nas colagens, continua inconfundível, absurdamente carismático e eu tô nesse grupinho de pessoas que aprecia o cinema do cara - mesmo sendo auto-referente, às vezes complacente, e, PECADO, vazio. eu digo logo para ESCÂNDALO de muitos que boa parte dos dias da minha vida prefiro o kill bill 1 ao 2...

no mais, o filme tem muitos defeitos e para mim NUNCA chega a ser tão FLUIDO e eternamente uma VIAGEM GOSTOSA quanto os dois kill bills ou cães de aluguel ou pulp fiction. se o lado TARANTINESCO da violêncio cartunesca fica diminuído, o filme é até SÓBRIO nesse aspecto, o lado do cara que fica EMBEBIDO em sua capacidade de criar diálogos fica ainda mais PERDIDA. muitas cenas longas, eternas, sem fim, em que eu sinceramente fiquei pensando wtf, não vou curtir isso aqui. apesar de tudo, tem algo de INCONGRUENTE nesse filme, algo que não o deixa ser um típico tarantino (embora eu mesma já tenha dito acima que tem MUITAS características do cara).

eu sinceramente CURTO um produto com altos e baixos se, no caso, a sensação final foi BOM PRA CARALHO. é uma viagem diferente do eterno REGOZIJO dos dois kill bill, mas tá valendo. coisas boas, coisas que não funcionam tanto, mas todas sob a bandeira de uma ideia INTERESSANTE bem executada. a história me incomoda um pouco, bobagem né, só porque NINGUÉM é piedoso. eu super entendo que é CARICATURA e blas, mas o fato de estar todo mundo querer pegar todo mundo me deixa meio CABREIRA. eu sei, nem faz muito sentido, mas é diferente para mim de, sei lá, kill bill, onde todos queriam pegar todos e, bem, todos sempre querem pegar todos, mas aqui era uma coisa de RAÇA e CORPORAÇÃO - e não por motivos INDIVIDUAIS, embora, claro, para quem era judeu em paris em 1945, como a shosanna, isso fosse MUITO PESSOAL. isso me preocupava mais no início do filme, depois foi se escafedendo pr'algum canto da minha mente. acho que, em partes, se deve sim ao fato de haver um PANO DE FUNDO real, hitler, judeus e tudo o mais. a ideia de MARCAR as pessoas me incomoda mais do que deveria num filme que o faz por ENTRETENIMENTO, exagero e tudo o mais.

o filme é ACE no quesito boas atuações. o brad pitt faz o seu papel sendo aquela coisa GROTESCA e obviamente CARICATURAL; TODOS os bastardos cumprem a parte, seja sendo JUDEUS MAGRELOS (dentre eles, o bj novak, o ryan de the office, e o samm levine, de FREAKS & GEEKS) ou caras assustadores e DISPOSTOS A TUDO - destaco eli roth, til schweiger e o AGREGADO michael fassbander. a diane kruger, que só havia visto fracassando em TROIA, está simplesmente fenomenal como a atriz-espiã bridget von hammersmark; o daniel brühl também consegue fazer seu papel se tornar crível e inspirar um mix de NOIA/SIMPATIA (que não é bem simpatia...)... fora o christoph waltz, que é o GRANDE destauqe do filme, puro trabalho VIRTUOSE. e o denis menochet, que aparece em UMA CENA e se torna memorável? para mim só fode a mélanie laurent, que não me passa muito nada. até acho que ela dá uma crescida durante a EXECUÇÃO do plano de matar o alto comando nazista no seu cinema, dá para perceber a raiva, a obsessão que a possuem, mas até então (na parte pastiche da NOUVELLE VAGUE) eu não conseguia sentir muito anda com ela. até a cena depois que ela almoça com os nazistas, incluindo o cara que matou sua família, ela desaba numa choro cortado muito rapidamente e nem dá para rolar a SIMPATIA. fora que ela ficou apática toda a cena. eu sei que poderia ser o choque ou whatever, mas a falta de elo com a HEROÍNA VINGADORA muito me chateou.

sei lá. minha parte preferida já vi que muita gente não curtiu, achou longa, excessiva e PUNHETAGEM CINEMATOGRÁFICA, mas eu usufrui como PEDAÇOS de 1 lindo sanduíche (q). é a cena da TAVERNA, quando a bridget se encontra com os bastardos e vai passar informações. é longa, é eterna, joga referências só PELO PRAZER DE, ainda rola 1 REFRESH na saída (quando bridget meio que SUMARIZA o que se passou para o aldo, mas acho que foi necessário só para saciar a curiosidade do telespectador de COMO eles tinham se entregado), MAS... gostei demais. achei tensa NA MEDIDA, a diane kruger teve um bom controle da cena, assim como a própria bridget, repleta de GRACIOSIDADE e bom senso, e os bastardos em cena (junto com o agregado inglês) passam TUDO QUE É NECESSÁRIO para deixá-la memorável.

só fico meio puta até comigo mesma, mas com o filme também por PERMITIR isso, que a gente possa ficar INCOMODADO com detalhes ou pensando coisas no NÍVEL: por que a bridget não tinha uma arma com ela na premiere? ou refletir sobre QUE GRANDE PLANO era aquele para invadir a premiere... ela nem tinha pensado numa história direito para cobrir o pé quebrado, nem eles falavam NECAS de italiano e blas. odeio ficar REMOENDO detalhes logísticos...

num grande plano da vida, acho que esse filme cai na RABEIRA TARANTINESCA, ao lado de jackie brown, considerando que jamais vi death proof (até hoje espero por uma ESTREIA). certamente curto mais kill bill, cães de aluguel e pulp fiction, nessa ordem. ABS.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

bábel e as cores, as texturas

sempre fico um pouco TONTA lendo o início de O EXÉRCITO DE CAVALARIA, do bábel. tem vezes que acho BARROCO e ADJETIVADO demais, CAFONA; tem vezes que acho BARROCO e ADJETIVADO demais, VÍVIDO e MARAVILHOSO. julguem vocês mesmos:

"o comdiv 6 relatou que novograd-volynsk tinha sido tomada hoje, ao amanhecer. o estado-maior saiu de krapivno, e nosso comboio, uma barulhenta retaguarda, espalhou-se pela estrada de pedra que vai de brest a varsóvia, construída sobre os ossos dos camponeses por nicolau I.

campos de papoula púrpura florescem à nossa volta, o vento do meio-dia brinca por entre o centeio amarelado, e o virginal trigo sarraceno ergue-se no horizonte como a muralha de um mosteiro longínquo. o plácido volýnia serpenteia. o volýnia afasta-se de nós na bruma perolada das moitas de bétulas, inflitra-se através das colinas floridas e, com seus braços cansados, enreda-se nas touceiras de lúpulo. um sol alaranjado rola pelo céu como uma cabeça decepada, uma luz suave acende-se nos desfiladeiros das nuvens, e os estandartes do poente ondulam sobre nossa cabeça. o cheiro do sangue de ontem e dos cavalos mortos pinga no frescor da tarde. o zbrutch negrejante rumoreja e retorce os espumosos emaranhados de suas cascatas. as pontes foram destruídas, e nós atravessamos a vau. uma lua majestosa paira sobre as ondas. os cavalos afundam na água até o dorso, e sonoras torrentes borbotam entre as centenas de patas equinas. alguém afunda e pregueja em voz alta contra a virgem. os quadrados negros das carroças espalham-se pelo rio, que se enche de ruído, assobios e canções que trovejam por cima do serpentear da lua e dos turbilhões brilhantes."

quantas cores, quanta sensação... a gente está lá.
(tradução de aurora fornoni bernadini e homero freitas de andrade, para edição da cosac naify)