quinta-feira, 28 de outubro de 2004

O adorável mundo do consumo

Coisas que eu quero desesperadamente comprar:
*cd Coldplay Live
*cd Kill Bill Vol 2 Soundtrak
*O Mito de Sísifo - Albert Camus
*A Redoma de Vidro - Sylvia Plath
*um gravador de cd
*um discman
* box da segunda temporada de Smallville
*uma coleção de HQ's do X-Men que um cara tá vendendo (são MUITAS revistas... Só as que quero dá cravado em 100 reais)
* Kill Bill
Esse consumismo ainda vai me matar!
Todo mês eu tenho uma lista gigante de livros interessantes, CD's que eu tenho que ter, essas coisas básicas. Não tem lógica... Posso colocar um livro na lista e nunca comprar, assim como às vezes compro um que nem cogitei. Essas coisas acontecem. Esse mês tá foda. Eu consegui colocar exatos 37 livros na lista. 37! Sabe quando vou conseguir comprar esses 37? Talvez nunca... Tem muito livro que eu namoro a vida toda e nunca compro. Eu me sinto já íntima de alguns desses. Tipo Neuromancer (passei uns 40 minutos até desistir), O Apanhador no Campo de Centeio. Tem livros que eu já li e compro ainda assim, pra indignação de minha amiga Flávia, mas é legal ter os livros ali, à sua disposição, e não ter que ler às vezes é bom... Porque eu racicino: tenho tanta coisa pra ler, não vou levar esse pra jogar lá pra Deus sabe quando... Aí levar um livro que já li é bom por esses dois aspectos: ter e pode ler quando der na veneta. Mas eu quase nunca penso assim... Eu compro muito livro, e às vezes rola toda uma tensão, uma necessidade de ter aquele livro, e quando eu compro eu nem sequer leio logo. Tenho vários livros aqui pra ler, mas isso não me impede de comprar mais. É compulsão mesmo. Sem contar que eu leio de um modo totalmente não didático... Eu quase nunca estou lendo um livro só, embora sempre tenha o principal. Fico olhando, leio contracapa, orelhas, primeiras páginas, vejo quem traduziu, todo um namoro, e aí quando engata," é nós". Eu fico com uns livros meio que eternos, que eu demoro muito pra acabar... Por exemplo, O Quarto de Jacob eu comecei a ler, devo ter passado vários no meio, até acabar. E eu geralmente volto pro início pra não ficar lendo sem lembrar o que se passou. Foi assim com os livros da ditadura de Elio Gaspari e com "Adeus à mulher coragem", o livro que eu mais devo ter lido o início na face da terra. Ah, bom. Chega de livros.
Eu tenho meus gastos mensais com revistas, sou viciada em revistas também, não só HQ's, adoro fuçar pra achar algo interessante. Mas, claro, os quadrinhos são uma facada de leve... É triste...
Os CD's tô mais light... Quase nunca mais tive uma vontade fulminante de comprar um CD, o que por certo aspecto é bom, porque essas vontades fulminantes me deixam quase irracional. Mas eu quero demais esses dois CD's. Hoje, né, a lista sempre roda, amanhã a história pode ser outra.
Pras outras coisas não tem jeito: tenho que juntar dinheiro. Eu sou uma lástima pra juntar dinheiro.
Ah, ah, ah, sou refém do cartão de crédito há 1 ano...

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

A minha ansiedade, quem me conhece sabe.
Eu acordei 6 horas, decidida a sair 10 pras 7. Eu tenho horror a me atrasar. Detesto mesmo, não só por saber como é chato esperar (não gosto de deixar ninguém me esperando), mas também é uma questão de controle do tempo: eu detesto ficar apressada, apertando o passo porque sei que vou atrasar; detesto “em cima da hora” (isso só não vale pra trabalhos...). Por isso eu faço tudo com tempo contado. Antes de ir pra qualquer lugar eu divido o tempo pra cada coisa pra saber exatamente quando começar a me arrumar. Por exemplo, eu tiro meia hora pra me arrumar, aí deixo 40 minutos, por via das dúvidas. Vou dividindo assim, e nesse processo vou juntando essas sobras e aí já viu: cheguei no Detran 7:10.
Mas, voltando. Tomei um banho quente, me vesti... A calça que eu queria estava toda suja de mostarda, e coloquei outra. A blusa meio amassada, mas eu queria ela... No Stress, a interpretação depende de se você vai ler em português ou inglês (mas a minha tinha um smile festivo, com bandana e as porra). Comi sanduíche de atum, bebi café com leite, escovei os dentes e desci. No carro, coloquei Coldplay pra tocar e tentei relaxar. Conversei um pouco com meu irmão, que estava me levando, e foi isso.
Agora vem a minha ansiedade, minha neura: eu ficava olhando pros papéis umas mil vezes. Eu via que tava tudo ali mas a sensação de que tinha esquecido algo era forte. A ansiedade que eu sinto pré-tudo é de matar. Eu imagino tudo de ruim. Sempre parece que algo vai dar errado. Na matrícula da UFBa foi assim. Eu falava pra Flávia: “Eu vou ser o 1º caso de ‘aprovada no vestibular mas não se matriculou por insuficiência de documentos’”. Eu já cheguei ao cúmulo de ter uma aula marcada na auto-escola, só que tinha tempo, e eu achava que era 8 horas, quando peguei o papel tava 9. Eu ficava: “e se estiver escrito 9 mas for 8?”. Era absurdo. Essa imaginação negativa ainda me mata! É tipo mesmo aquela música do Kid, “tudo atrapalha o que eu faço, mas pros outros parece tão fácil”; é quase megalomania.
Como eu não sabia como funcionava, fiquei lagarteando ao sol, porque não queria chegar muito cedo. mas não tinha idéia de que ponto do lugar eu deveria ficar para encontrar meu instrutor. Eles não são claros, falam que é lá e vá com Deus (foi assim que eu perdi uma aula e me atrasei TODA nesse processo burocrático). Eu não tinha certeza de como funcionava, e como detesto me informar fiquei lá, olhando todo mundo. Os testes começaram antes das 8, e nada do meu instrutor aparecer. Eu ficava imaginando que ele não ia aparecer, eu ia ficar ali como uma idiota e fim.
Até que o carro chegou, celta branco da minha auto-escola, mas era outro instrutor. Aí eu cheguei e perguntei se não era Fábio o instrutor, o cara falou que Fábio tinha saído da empresa, e que ia ser a segunda a fazer o teste (tinha um menino que ia usar o carro também). Achei isso um mau sinal, eu já não ia ter meu instrutor pra dizer uma palavra de incentivo, o cara que sabia meus pontos fracos etc.
E de repente ele me chamou pra fazer a baliza, eu entrei no carro, o cara do Detran me indicou a vaga e eu fui.
Foi triste. Eu fui da primeira vez, chegou uma hora que eu não sabia se tinha virado pra esquerda ou pra direita... Foi bizarro, eu fiquei com a sensação de que ia derrubar um cone da minha vaga, o que é absurdo, e voltei (a gente pode voltar pra fazer de novo até 3 vezes). E aí fui fazendo do jeito que achava certo, tentando me concentrar... Mas não rolou. Eu bati no primeiro cone da esquerda, não derrubei mas raspei. Ou seja:perdi na baliza. Eu nunca tinha errado na baliza. E foi isso. Foi o fim do dia mais aguardado por muito tempo. No máximo 10 minutos.
Fiquei arrasada. O instrutor tentou me animar, falou que era a primeira vez e tal. É, quem sabe no próximo eu erro a meia embrenhagem, e aí no terceiro (ano que vem e mil reais depois) eu passe.

sábado, 16 de outubro de 2004

Mais uma vez...

Pois é, estou de volta ao mundo dos blogs. Eu deixo, volto, deixo, volto, e aqui estou. Se vai durar ou não, é aquela coisa, os famoso versos de David Bowie: ‘Who knows?/ Not me’. Here we go again.