sábado, 18 de dezembro de 2004

Alfie, O Sedutor





Então eu fui ver Alfie. Na verdade eu preferia ver logo Papai Noel Às Avessas, mas como Joanna queria ver Alfie preferi ter companhia nos dois filmes (assim, poderemos ver Papai Noel... depois, juntas). O atrativo do filme é bem claro: Jude Law. E, sei lá, o filme tranparecia um certo charme, em grande parte devido ao fato de ser uma refilmagem de um filme com Michael Caine, eu acho.
Bom, é claro que aquele não é o meu mundo, o mundo dos belos, sedutores e charmosos, mas tem sua graça ver Jude Law, totalmente cool, muito charmoso, incrivelmente lindo, e ainda falando com aquele sotaque britânico. Se o filme não tinha mais que isso até a metade (nunca foi realmente bom, era Jude Law e só), depois da metade começa a irritar porque entra aquela parte da redenção.
Sendo objetiva, eis o enredo: Alfie é um cara que se envolve com várias mulheres sem se prender a nenhuma. Ele diz que é apaixonado pelas mulheres, que são todas lindas, e como pode um homem escolher uma só? Portanto, o filme (que usa o artifício do personagem narrar a história diretamente pra câmera) vai acontecendo mostrando ele se envolvendo com uma e outra mulher (vejam só que original: mãe solteira, namorada do amigo, mulher mais velha) até que Alfie começa a ter problemas de ereção que são atribuídos ao stress pelo fracasso de sua relação com a mãe solteira (Marisa Tomei).No consultório, ele conhece um homem mais velho que pouxa conversa, numa típica situação em que qualquer ser humano são ficaria constrangido e louco pra cortar papo, fala da morte da mulher e de como percebeu que perdeu muito tempo adiando, etc etc, que Alfie deveria aproveitar mais cada dia. É isso, o velho carpe diem, que conselho original, único. Bom, depois disso Alfie fica radiante mas é um pouco abalado com a gravidez da namorada do amigo (que tinha voltado pra este), mas ela aparentemente faz um aborto. E aí Alfie resolve se dedicar mais a uma mulher e faz um buquê de flores todo lindo pra dar pra mulher mais velha, que ele acha que “isso sim é mulher de verdade” (vivida por Susan Saradon), só que ela tá com outro na hora e ele se sente magoado. Ele chega a falar aquilo: que irônico, não, eu sempre dou o fora em todas e na hora que quero algo sério, ela me dá o fora. Irônico? Que nada! Clichê, clichê, clichê.
Chega um ponto em que o filme fica muito mala e eu me peguei viajando e nem lendo bem as legendas. Claro que é bom divagar olhando pra Jude Law, mas me distraí mesmo. E o filme tem todo tipo de clichê e acaba com essa redenção; ele se arrepende, parece achar que afinal de contas sentimentos não seria tão ruins, pede desculpas a algumas mulheres que magoou, percebe tudo o que perdeu e por aí vai. É um nojo. Argh, chega de redeção no cinema. E tem uns clichês que deixam o filme muito nojento, mas quando isso se associa com redenção, putz. Quer dizer, se for um filme de Julia Roberts, que começa e termina em toda aquela bobajada, tudo bem. Mas quando você saca que o filme podia ser outra coisa e caiu na lição de moral, chega a ser deprimente.
ps – pulei algumas partes no enredo =D

quinta-feira, 16 de dezembro de 2004

Ahhh

Esse blog está estranho até mesmo para os meus padrões. Não sei bem porque, mas parece que ainda não consegui fazer uma linha pra ele nem me dedicar , algo que antes, mesmo nos meus mais mal-sucedidos blogs, eu fazia. Então, postando aquoi pra manter a média de dois posts por mês, ao menos. Inteiramente sem saco pra fazer um post decente agora.
Ah, new look azul pra combinar com o quarto – a gente ia fazer uma parede minha e uma de Joanna, a minha ia ser azul e a dela lilás (essa palavra é linda, né?), mas acontece que no hay lilás. Agora vai ser todo azul clarinho. Enjoy.

sábado, 20 de novembro de 2004

As coisas que a gente gosta

Algumas pessoas estranham eu gostar de Kid Abelha porque me vêem com blusa do Nirvana.

Algumas pessoas estranham eu ler Agatha Chrsitie porque eu amo Virginia Woolf.

Algumas pessoas estranham eu comprar a Vogue porque eu não sou arrumadinha.

Algumas pessoas estranham eu gostar de alguns blockbusters porque eu gosto de alguns filmes ditos ‘cults’ e vice-versa.

Algumas pessoas estranham quando sabem que sou pisciana, porque eu não ando chorando pelas ruas. (essas pessoas não entendem de astrologia e nunca ouviram falar de ascendente :P )

Eu sou esquizofrênica? Acho até que em alguns pontos isso pode ser possível, mas de um modo geral esses pequenos espantos da vida acontecem a todo momento; todo mundo forma uma imagem na cabeça à medida que vai conhecendo outra pessoa, e aos poucos, conhecendo um pouco mais, vai ajustando, adaptando, gostando disso, desgostando daquilo.

Eu realmente estava pensando em várias conversas do tipo “a gente é o que a gente consome, o que a gente gosta?”. Eu já tive várias conversas desse tipo. Thiago um dia disse que detesta a idéia de que ele já sabe tudo que ele vai gostar e o que vai odiar sem ver, ler, ouvir... “Eu não preciso ler Dostoiévski pra achar que o cara é foda”. E sim, ele acha que a gente é o que consome. Já Laís estava meio reflexiva sobre essa característica do orkut (que eu vejo como sendo da net em geral) de dividir as pessoas pelos gostos em comum. “Você pode gostar de Kill Bill porque ama Uma Thurman e eu porque amo Tarantino. Pode não ter nada a ver.” E pode mesmo.

O que eu acho: “odeio rótulos” tá na moda, mas como eu disse a Thiago, não acho estranho e/ou bizarro você saber o que é seu número antes de calçar o sapato... Claro que há surpresas ( e eu tentei me lembrar de uma mas não consegui...), mas de um modo geral você se conhece e sabe o que curte. Claro que isso limita seu horizonte, mas não é pra limitar mesmo? Nesse momento eu falei pra ele e repito aqui: é uma idéia que vi em “Adaptação”, de que a gente tem que se apaixonar por algumas coisas justamente pra diminuir nossos universos e dar conta do recado! Não da pra ver todos os filmes, ler todos os livros, ouvir todas as bandas... É questão de otimização de tempo e qualidade mesmo... Meu professor de Teorias da Comunicação uma vez perguntou como seria entrar numa loja de CD’s se eles não rotulassem os tipos de música...Você ia ficar perdidinho, né? Livraria funciona assim, até banca de revista funciona assim... Eu vou logo na parte que sei onde estão os quadrinhos. Eu já sabia que ia detestar A Vila e Táxi antes de ver. Eu já sabia que Kill Bill 2 ia me deixar de pernas bambas. Eu não pretendo perder meu tempo ouvindo o novo CD do Linkin Park, porque sei que vou achar merda. As coisas são assim.

Mas aí tem a parte ruim; a gente rotula as coisas e rotula quem curte as coisas. Nisso eu não acredito. Não acredito que a gente só goste de quem goste das mesmas coisas que a gente. É como se fossem dois mundos separados. Exemplo: acho pagode coisa de acéfalo, mas nem por isso deixo de gostar de gente que gosta de pagode, nem os acho acéfalos. Eu odeio pagode, não pagodeiros (só os profissionais :P brincadeira).
Gostar é sempre um mistério. O que faz a gente gostar de alguém? De alguma coisa? De uma música, um livro... É sempre assim... Assim que eu ouço algo que eu curti, depois fico pensando com o que parece, o que achei legal e porque, vou destrinchando. Gostar vem antes, sempre, só depois a racionalização. Aí um dia desses fiquei pensando: porque raios eu gosto de All Star? Eu nunca pensei nisso, mas aí fiquei vendo um monte de gente falando mal, e falando coisas de “gente que usa All Star”, e tentei achar uma explicação. Sinceramente, não veio nenhuma mais forte do que eu achar lindo e me sentir imensamente feliz quando olho pros meus pés calçados num belo par de All Star. Só isso. Eu incorporei usar All Star, já meio que faz parte de mim, há 6 anos não uso mais nada fora de casa, e é um tênis fuleiro, você realmente sente o asfalto quente por baixo da sola, quando está novo dói muito o pé, mas eu amo.

É de graça. Flávia, minha amiga, não gostava de uma ex-colega nossa e sempre ficava criticando ela de leve, aí eu não falava nada, porque eu gostava da garota, e ela ficava “Pô, porque você gosta dela, o que nela tem de legal?” e eu não tinha uma mísera palavra. “Ela é legal”, eu dizia, vaga (e eu pensei em falar que eu gosto mais das pessoas que menos me intimidam, mas porque essa garota me intimidaria menos, seria então a pergunta). Eu sempre posso citar algo nas pessoas que eu goste, apesar de, como eu já disse, eu pensar nisso depois que já gosto (ou desgosto). Mas nesse caso não me vinha nada à cabeça, e Fau ficava brincando dizendo que eu gostava dela gratuitamente.

Mas a gente não gosta de tudo e todos gratuitamente? Eu gosto de Flávia por ela ser atenciosa, carinhosa, inteligente, mas quanta gente atenciosa, carinhosa e inteligente eu não gosto? Eu gostar do All Star me dá o que em troca? Tudo bem que eu me sinta puta feliz ao olhar pros meus pés neles, mas isso é o mesmo que eu receberia em troca se gostasse de sandália de salto.
Às vezes eu fico me fazendo perguntas impossíveis de serem respondidas que envolvem isso, as impressões que temos das pessoas: tem muita gente que eu gosto pra caramba que eu não daria nada vendo um perfil no orkut; eu seria amiga ou me relacionaria com minha irmã se ela não fosse minha irmã? Com minhas primas se elas não fossem minhas primas? Eu nunca consigo enxergar coisas assim: “Fulano vai te adorar”. Muitas vezes as pessoas dizem isso pra mim, “Você e Sicrano vão se adorar”, e Deus sabe porque. É uma visão que eu não tenho. É tão mínimo esse detalhe. É algo indefinível. Eu me lembro de Alta Fidelidade, em que o protagonista julga sempre as pessoas pelo gosto musical, e uma hora a namorada dele, depois deles passarem uma noite com outro casal e terem adorado, faz ele ver os discos dos outros dois, e só tem merda. Ele fica ‘assim assim’, pensando nisso. E claro que a gente faz um pouco, ou muito, isso. E eu não me refiro só a gostos musicais não. É tipo... Às vezes vocês até pensam as mesmas coisas, e gostam das mesmas coisas e talz, mas a coisa não flui.
Eu vejo assim mesmo, a relação entre pessoas, às vezes rola e às vezes não rola, não importa o que vocês ouçam, pensem ou curtem; gostar de algo é um mistério.
É como dizia Virginia Woolf mesmo, é preciso seguir alusões...
ps - e porque tem gente que a gente se dá super bem na "vida real" e na net não rende e vice-versa?

terça-feira, 2 de novembro de 2004

Elogio ao ócio (não criativo)

Porque a gente se engana quando vê um feriadão pela frente e pensa: “Ah, tudo que eu queria, um tempo dessa rotina corrida pra ajeitar as idéias na cabeça...”? Eu sou assim desde sempre. Fico pensando que “esse feriadão era o que eu precisava pra colocar Química em dia”, “Ah, 4 dias de ócio criativo pra adiantar meus trabalhos!” etc. Eu sempre lidei mal com responsabilidades. Eu não gosto e não gosto mesmo. Isso deve dizer que ainda não sou adulta. É claro que não sou! Quando eu falo que eu não tenho a mínima vontade de trabalhar, as pessoas ou não levam a sério ou acham desvio de caráter. E talvez seja. Tenho amigas loucas pra trabalhar, “pra ter seu próprio dinheiro”, independência. Eu não. Eu odeio essa cultura do trabalho, “o trabalho dignifica o homem”, “dinheiro bom é dinheiro suado” ( e aí junta com todos os ditados que querem dizer que dinheiro não é bom).
Eu adoro a idéia de longos dias sem obrigações. Quando tenho algo a fazer, essa responsabilidade fica à minha espreita, sempre me incomodando e me deixando doente de ansiedade. E não precisa ser muita coisa não, coisas mínimas que exijam o que parece ser um quase nada pra todo mundo. Por exemplo: nesse momento, fico nervosa all the time, por conta de 3 trabalhos a fazer e também por ter que ir na auto-escola pra marcar outro teste. O que me incomoda agora não é o teste em si, e sim ter que ir mais uma vez na auto-escola. Não gosta da sensação de “ter que”. São nas coisas que eu tenho que fazer que eu penso antes de dormir, e me incomoda demais. Essas responsabilidades, pequenas ou grandes, me oprimem. E eu não faço logo pra me livrar delas... Fico adiando até o limite. E hoje é o limite: o último dia do feriadão. Feriadão no qual nada fiz de muito útil; fiquei no PC eternamente. E se não tivesse sido o PC (é, só tenho desde os 16 anos, e desde sempre sou vagal), seria a TV, os livros (eles até me consumiram um pouco nesse fds), a cama...
Ah! Odeio ter que fazer trabalho. Odeio trabalho. Isso me deprime, me enoja, me enerva, me deixa ansiosa e neurótica.

quinta-feira, 28 de outubro de 2004

O adorável mundo do consumo

Coisas que eu quero desesperadamente comprar:
*cd Coldplay Live
*cd Kill Bill Vol 2 Soundtrak
*O Mito de Sísifo - Albert Camus
*A Redoma de Vidro - Sylvia Plath
*um gravador de cd
*um discman
* box da segunda temporada de Smallville
*uma coleção de HQ's do X-Men que um cara tá vendendo (são MUITAS revistas... Só as que quero dá cravado em 100 reais)
* Kill Bill
Esse consumismo ainda vai me matar!
Todo mês eu tenho uma lista gigante de livros interessantes, CD's que eu tenho que ter, essas coisas básicas. Não tem lógica... Posso colocar um livro na lista e nunca comprar, assim como às vezes compro um que nem cogitei. Essas coisas acontecem. Esse mês tá foda. Eu consegui colocar exatos 37 livros na lista. 37! Sabe quando vou conseguir comprar esses 37? Talvez nunca... Tem muito livro que eu namoro a vida toda e nunca compro. Eu me sinto já íntima de alguns desses. Tipo Neuromancer (passei uns 40 minutos até desistir), O Apanhador no Campo de Centeio. Tem livros que eu já li e compro ainda assim, pra indignação de minha amiga Flávia, mas é legal ter os livros ali, à sua disposição, e não ter que ler às vezes é bom... Porque eu racicino: tenho tanta coisa pra ler, não vou levar esse pra jogar lá pra Deus sabe quando... Aí levar um livro que já li é bom por esses dois aspectos: ter e pode ler quando der na veneta. Mas eu quase nunca penso assim... Eu compro muito livro, e às vezes rola toda uma tensão, uma necessidade de ter aquele livro, e quando eu compro eu nem sequer leio logo. Tenho vários livros aqui pra ler, mas isso não me impede de comprar mais. É compulsão mesmo. Sem contar que eu leio de um modo totalmente não didático... Eu quase nunca estou lendo um livro só, embora sempre tenha o principal. Fico olhando, leio contracapa, orelhas, primeiras páginas, vejo quem traduziu, todo um namoro, e aí quando engata," é nós". Eu fico com uns livros meio que eternos, que eu demoro muito pra acabar... Por exemplo, O Quarto de Jacob eu comecei a ler, devo ter passado vários no meio, até acabar. E eu geralmente volto pro início pra não ficar lendo sem lembrar o que se passou. Foi assim com os livros da ditadura de Elio Gaspari e com "Adeus à mulher coragem", o livro que eu mais devo ter lido o início na face da terra. Ah, bom. Chega de livros.
Eu tenho meus gastos mensais com revistas, sou viciada em revistas também, não só HQ's, adoro fuçar pra achar algo interessante. Mas, claro, os quadrinhos são uma facada de leve... É triste...
Os CD's tô mais light... Quase nunca mais tive uma vontade fulminante de comprar um CD, o que por certo aspecto é bom, porque essas vontades fulminantes me deixam quase irracional. Mas eu quero demais esses dois CD's. Hoje, né, a lista sempre roda, amanhã a história pode ser outra.
Pras outras coisas não tem jeito: tenho que juntar dinheiro. Eu sou uma lástima pra juntar dinheiro.
Ah, ah, ah, sou refém do cartão de crédito há 1 ano...

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

A minha ansiedade, quem me conhece sabe.
Eu acordei 6 horas, decidida a sair 10 pras 7. Eu tenho horror a me atrasar. Detesto mesmo, não só por saber como é chato esperar (não gosto de deixar ninguém me esperando), mas também é uma questão de controle do tempo: eu detesto ficar apressada, apertando o passo porque sei que vou atrasar; detesto “em cima da hora” (isso só não vale pra trabalhos...). Por isso eu faço tudo com tempo contado. Antes de ir pra qualquer lugar eu divido o tempo pra cada coisa pra saber exatamente quando começar a me arrumar. Por exemplo, eu tiro meia hora pra me arrumar, aí deixo 40 minutos, por via das dúvidas. Vou dividindo assim, e nesse processo vou juntando essas sobras e aí já viu: cheguei no Detran 7:10.
Mas, voltando. Tomei um banho quente, me vesti... A calça que eu queria estava toda suja de mostarda, e coloquei outra. A blusa meio amassada, mas eu queria ela... No Stress, a interpretação depende de se você vai ler em português ou inglês (mas a minha tinha um smile festivo, com bandana e as porra). Comi sanduíche de atum, bebi café com leite, escovei os dentes e desci. No carro, coloquei Coldplay pra tocar e tentei relaxar. Conversei um pouco com meu irmão, que estava me levando, e foi isso.
Agora vem a minha ansiedade, minha neura: eu ficava olhando pros papéis umas mil vezes. Eu via que tava tudo ali mas a sensação de que tinha esquecido algo era forte. A ansiedade que eu sinto pré-tudo é de matar. Eu imagino tudo de ruim. Sempre parece que algo vai dar errado. Na matrícula da UFBa foi assim. Eu falava pra Flávia: “Eu vou ser o 1º caso de ‘aprovada no vestibular mas não se matriculou por insuficiência de documentos’”. Eu já cheguei ao cúmulo de ter uma aula marcada na auto-escola, só que tinha tempo, e eu achava que era 8 horas, quando peguei o papel tava 9. Eu ficava: “e se estiver escrito 9 mas for 8?”. Era absurdo. Essa imaginação negativa ainda me mata! É tipo mesmo aquela música do Kid, “tudo atrapalha o que eu faço, mas pros outros parece tão fácil”; é quase megalomania.
Como eu não sabia como funcionava, fiquei lagarteando ao sol, porque não queria chegar muito cedo. mas não tinha idéia de que ponto do lugar eu deveria ficar para encontrar meu instrutor. Eles não são claros, falam que é lá e vá com Deus (foi assim que eu perdi uma aula e me atrasei TODA nesse processo burocrático). Eu não tinha certeza de como funcionava, e como detesto me informar fiquei lá, olhando todo mundo. Os testes começaram antes das 8, e nada do meu instrutor aparecer. Eu ficava imaginando que ele não ia aparecer, eu ia ficar ali como uma idiota e fim.
Até que o carro chegou, celta branco da minha auto-escola, mas era outro instrutor. Aí eu cheguei e perguntei se não era Fábio o instrutor, o cara falou que Fábio tinha saído da empresa, e que ia ser a segunda a fazer o teste (tinha um menino que ia usar o carro também). Achei isso um mau sinal, eu já não ia ter meu instrutor pra dizer uma palavra de incentivo, o cara que sabia meus pontos fracos etc.
E de repente ele me chamou pra fazer a baliza, eu entrei no carro, o cara do Detran me indicou a vaga e eu fui.
Foi triste. Eu fui da primeira vez, chegou uma hora que eu não sabia se tinha virado pra esquerda ou pra direita... Foi bizarro, eu fiquei com a sensação de que ia derrubar um cone da minha vaga, o que é absurdo, e voltei (a gente pode voltar pra fazer de novo até 3 vezes). E aí fui fazendo do jeito que achava certo, tentando me concentrar... Mas não rolou. Eu bati no primeiro cone da esquerda, não derrubei mas raspei. Ou seja:perdi na baliza. Eu nunca tinha errado na baliza. E foi isso. Foi o fim do dia mais aguardado por muito tempo. No máximo 10 minutos.
Fiquei arrasada. O instrutor tentou me animar, falou que era a primeira vez e tal. É, quem sabe no próximo eu erro a meia embrenhagem, e aí no terceiro (ano que vem e mil reais depois) eu passe.

sábado, 16 de outubro de 2004

Mais uma vez...

Pois é, estou de volta ao mundo dos blogs. Eu deixo, volto, deixo, volto, e aqui estou. Se vai durar ou não, é aquela coisa, os famoso versos de David Bowie: ‘Who knows?/ Not me’. Here we go again.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2004

teste

1rs