sábado, 29 de setembro de 2007

adoro personagens trágicos. de certa maneira, isso que me chateou um pouco no final de paraíso tropical; esperava que bebel e/ou olavo tivesse elementos trágicos mais explorados. olavo teve um restinho disso; bebel descambou pra piada, sátira. não achei válido. sempre soube que o gilberto ia brinks estragar tudo pra mim, querendo punir na ficção o que na vida cotidiana passa batido. tudo bem, nesse mundo, nessa novela, ele era deus - e está certo de fazer o que quer.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

choices

beatle preferido: george, na maior parte do tempo.
tenenbaum preferido: richie, disparado.
stroke preferido: fabrizio moretti.
Scarlett ou Rhett? Scarlett
Bergman ou Garbo: Bergman

Gene Kelly ou Fred Astaire: q 6 achão
Kill Bill 1 ou 2: Volume 1
mary poppins ou a noviça rebelde? mary poppins

filme do Kaufman: Adaptação
filme do Lynch: Mulholland Drive
filme do Polanski: Cul de Sac
filme da sofia coppola: virgens suicidas

quê mais?


casablanca ou ...e o vento levou? em aberto.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

das duplas

quarta-feira fui à locadora para pegar os últimos discos de uma temporada de the west wing e de csi (não sabia as temporadas, ia ficar procurando os extras que me interessavam na capa). estava lá pensando: poxa, já que estou aqui vou levar um filme. ia levar o do zurlini que baixei mas não acho legenda, "a moça com a valise", mas não me lembrava de jeito nenhum do título (sabia que tinha valise e moça, em italiano, mas não tinha certeza da tradução). na tentativa de me esquivar de atendentes, fui pro laptop pra digitar zurlini e vê o que eles têm do cara. o laptop tava travado e desisti do filme na hora. fiquei vagando, pensando no que locar. talvez "viridiana"? "paris, texas", que baixei dublado e não consegui ver? hmm. daí vi "jules e jim", que já tinha paquerado antes, e decidi: é hoje. na hora que cheguei no caixa, o atendente me informou que, devido a uma promoção, eu ganharia uma locação gratuita. daí voltei, decidida a pegar um CLÁSSICO HOLLYWOODIANO. "matar ou morrer"? "a noite do iguana"? "núpcias do escândalo"? estava em dúvida quando vi "MARUJOS DO AMOR", um desenho de frank sinatra e gene kelly na capa, de marinheiros. quando vejo gene kelly, a batalha está ganha. levei.

thiago já tinha me recomendado esse filme tempos atrás, quando acabamos de ver "sinfonia de paris" (acertei dessa vez). pensei que, na pior das hipóteses, ia ver gene kelly por duas horas. assim que cheguei em casa propus a minha mãe que víssimos o filme ("Gente, esse é antigo! Frank Sinatra! Esse nem tem mais osso!" - sutileza). O filme conta as aventuras de dois marinheiros (Sinatra e Gene), durante quatro dias de licença do serviço em Hollywood. Gene é um cara expansivo, conquistador, fama de mulherengo. Está ansioso pra rever uma das namoradas, Lola, na estadia em Hollywood. Já Sinatra interpreta um cara tímido, retraído, sem jeito. Quando os dois saem do navio, Sinatra fica seguindo Gene e acaba exigindo que ele o ajude a arrumar uma garota (quem mandou Gene Kelly salvar a vida dele sem ele pedir...). Logo os dois se envolvem com uma criança que quer ser da Marinha, e ao deixá-lo em casa conhecem a tia, Susie. História pra lá, história pra cá, eis o que importa: temos aqui uma dupla, que funciona com um sendo o racional (Sinatra) e outro sendo o ímpeto (Gene). Gene é quem faz a história se mover, que a leva nas costas, que dá início aos acontecimentos; Sinatra só se deixa levar, é um personagem totalmente passivo. Eu não consegui criar uma identificação muito forte com nenhum dos dois. Tendo, no geral, a me identificar com o elo fraco - aqueles que não têm coragem, fibra, que são pisados. Mas nesse filme são muito extremos, afinal é um musical, e o personagem de Sinatra é meio bobalhão. Já o outro lado, costuma ter charme de sobra a oferecer. E jamais vou dizer que Gene Kelly não tem charme (sou Gene groupie), mas apenas não consegui nutrir grandes simpatias pelo personagem malandro. Na realidade, o filme todo me pareceu apenas OK. Vale a pena, mas não achei um musical tão bom assim, ainda mais por ter dois astros como Frank Sinatra e Gene Kelly, deveria ser melhor. Pelo menos pude mais uma vez passar horas divagando sobre como Gene Kelly era GRANDE, quanta carne, deus do céus. Tem até uma cena com ele dormindo de shortinho, ques coxão indecente.



daí o filme acabou, minha mãe achou que pedia mais um número musical no final, tive que concordar (na real rolam dois beijos simultâneos, cada um com a sua mocinha).

hoje resolvi ver o "jules e jim". tava até moderadamente animada. clássico é clássico.
agora as verdades da vida: número 1: realmente prefiro, no geral, cinema americano ao cinema europeu. claro que se for ficando buscando aqui e ali, vamos ter várias exceções, e claro que me refiro ao bom cinema americano, embora não tenha tanta aversão aos blockbuster como a maioria das pessoas parece ter (gosto de vários, inclusive). e, número 2: admiro muita coisa nouvelle vague, acho mais que válido, superei a decepção da primeira vez que vi "acossado", considero anna karina musa, mas realmente nouvelle vague não é a minha praia.

dito isso, achei "jules e jim" meio que como "marujos do amor": ok, bom que vi, mas faltou algo. e novamente estava diante de uma dupla complementar, com um rapaz tímido, fraco e outro que era o impulso, o charmoso. e, de novo: não consegui ter muita empatia com nenhum dos dois. muito menos com a catherine (em matéria de mulher intrépida e voluntariosa, vão ter que comer muito feijão pra superar scarlett, a musa, embora eu saiba que catherine it's not about that). e fiquei esperando isso o filme todo, mais do que no dia anterior. não desenvolvi nem antipatia (acontece bastante, em "retrato de uma senhora" aconteceu com todos os personagens menos ralph, era coisa de doido). eram apenas personagens, pra mim, sem vida. isso me chateou um pouco, no filme, mas gosto bastante deles usarem listras na praia.


ps - verifiquei em casa o que a gpw tem do zurlini e é: nada
pps - gosto bastante de "pierrot le fou".

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

tive uma noite maldormida, acordei de supetão, com algumas dores no corpo. eu tinha que ir na casa de uma colega deixar um cd com fotos, e apesar da casa dela ser aqui na rua estava com muita preguiça de me trocar, caminhar, de falar - não gosto de falar quando acordo, e olha que mesmo tendo feito uma horinha no pc ajeitando as tags da compilação da nico (the frozen borderline), ainda me sentia assim, pouco disposta a papo.

me arrastei pra fora de casa, ainda com resquício de sono, e meu corpo não parecia me obedecer, estava um pouco sem controle, sentia os braços como pesos mortos soltos ao meu lado, tropeçei três vezes na calçada, estava meio dormente. uma cara de sono que retardava as reações em mim por alguns segundos (o que me faz parecer idiota), o cabelo insistindo em não ficar arrumado. pois la estava eu, já na quadra do prédio dela, quando ouvi três figurantes discutindo a teoria dos figurantes. eram dois meninos e uma menina, que replicava, extretamente ofendida por ter sido chamada de figurante na cara dura:

- vc também é figurante!
os dois meninos riram e o que estava mais próximo dela respondeu:
- só faço figuração em seriado.

achei a coisa mais surreal do mundo e ri, discretamente, porque não queria estabelecer nenhuma conexão com aqueles figurantes creiços. figurante de colégio é a coisa mais uó do mundo, e tenho dito.

ps - a produção tá meio de sacanagem rs, a facom que o diga.