quarta-feira, 17 de outubro de 2007

em breve, darei meus pensamentos sobre essa edição reloaded do ariel, comparando com a versão antiga, e toda essa quizila da ordem-dos-poemas, afinal. por enquanto, quem quiser ir lendo algo provavelmente mais acurado (rs, mas o texto é um pouco chato ok) aproveita essa resenha, publicada no site O cronópio.


da maldade inerente à música pop - to de brinks, claro. quem acha isso fora de brinks simata bjs.

eu nunca gostei muito do rilo kiley. achava uma banda ok, apenas, que dava pra escutar sem maiores conseqüências. não desagradava muito, não agradava muito. quando ouvi o more adventurous, primeiro disco da banda em que botei as mãos (metaforicamente falando, claro), cantarolava um refrão ou outro.


vieram os tempos de vacas magras, hd cheio e falta de mídia, deletei o cd. nunca me fez a menor falta. tenho aqui o jenny lewis and the watson twins, que é um trabalho paralelo da vocalista do rilo kiley, a ruivinha-fofinha-brinks jenny lewis. costumava ouvir mais esse disco, que tem uma pegada country gostosinha e assobiável - mesmo que, claro, não seja nada excepcional ou bombástico (a vida não é feita só de ***obras primas*** e ***arte*** não é mesmo?).

jenny lewis and the watson twins

ah, bom. saiu o novo disco do rilo kiley um tempinho atrás. eu resolvi baixar, estava na vibe de conferir todos lançamentos importantes ou de bandas que eu conhecesse um pouquinho que fosse. ouvi o disco e achei legal. novamente, nada de demais (vou parar de repetir isso). só era um pouco a mais do que eu esperava (tipo que nem aconteceu com os novos do interpol e do bright eyes, quando você não espera nada, qualquer coisa é lucro né? que o diga a keren ann). fiquei chocada foi com a repercussão. os fãs fazendo os chocados ("que música pop" - não entendi direito, o rilo kiley era experimental antes?; "vai virar uma gwen stefani da vida", não vou comentar direito, gosto da gwen). oi gente, ponto um: música pop é bom. ao diabos com essa mania de fazer isso sempre soar perjorativo (digo o mesmo pros idiotas que estão preocupados em dizer que friday night lights, a série, não é um drama teen, como se isso, por si só, fosse uma ofensa).

tudo bem, tá mais animadjenho, cantarolante, mais gostosinho enfim. não vou dizer *acessível* porque isso a banda sempre foi, pra quem conseguia passar pela primeira audição insípida, ou pop, porque, oras, isso sempre foi, ainda que fosse um pop eivado de folk, assim, bem de leve... eles curtem carregar no *indie* na frente (tá mais pra indie rock que indie pop na minha opinião, se quiserem usar esse tipo de rótulo que tem INDIE na cara).

fiquei vendo numa comunidade no orkut (nada contra as comunidades dos fãs do rilo kiley, cá pelas minhas contas nunca vi uma comunidade de banda no orkut que não fosse cheia de idiotas, o problema está no mundo ok. mas os do radiohead estão pra se superar, com toda essa conversa sobre Arte, com a maiúsculo), ai, céus, esses parênteses estão me destruindo. sim, sim, tinha um tópico nessa comunidade de antes do disco ser lançado (ou vazado), com um trecho de uma música, que provocou indignação e choque, gente falando que ia sair da comunidade, que o cd ia ser uma merda. fiquei tentando adivinhar que música seria, a pior realmente acho que é "the moneymaker", apesar do fator brinks e tal. abri o link e era "give a little love", adorei essa música?

bom, só me resta aqui fazer uma consideração, que já fiz na página do grupo no last fm: I must be a pop bitch, porque se isso é o maléfico pop que consome mentes, "toca na novela" e é "modinha na mtv" e o execution of all things é uma banda folk madura artística, BOM, fico com o pop, que "avança e draga".

agora um ps agradável. estava vendo o primeiro clipe desse novo disco da banda, e é "silver lining", a faixa que abre o cd. o clipe traz a representação de um casamento entre a jenny lewis e o guitarrista da banda (não lembro o nome). os dois namoraram anos for true e ficam brinks no clipe, a jenny larga ele no altar e tal. achei fofinho engraçadinho, é meio brinks a parte de interlúdio também, com a banda em um estúdio, ela com uma roupa de garçonete erótica (?), tocando piano, ele sentado no piano dedilhando a guitarra (o riff lembra um pouco "my sweet lord", do george mesmo, em alguns momentos, mas essa música é tipo plágio de outra que não lembro agora...), e um coral de três pessoas vestidas de dourado. curti. só não sei se rio ou choro ao pensar que os versos "And i was your silver lining/ as the story goes/ i was your silver lining but now i'm gold" possam ser uma referência a casamento...



jenny lewis style

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

eu já sabia que o grande sucesso da kate bush chamava "wuthering heights". eu também sabia que ela era um clássico das cantoras-compositoras e foi isso que me levou a buscar um disco dela (o aclamado hounds of love). oi, não fez muito a minha. achei primórdio da tori amos. a voz, o tom, me desagradou um pouco, e achei meio datado. fiquei de ouvir com mais cuidado, o que nunca fiz, perdi o cd quando hd estragou, e só agora resolvi correr atrás de novo. só que resolvi pegar o primeiro, the kick inside. "wuthering heights" está nesse cd. as principais observações continuam valendo (não me agrada muito a voz dela e acho o som algo datado), mas dessa vez gostei mais. depois dessa incursão pela discografia do bruce springsteen, acho que estou lidando melhor com o instrumental que me lembra outra época (geralmente 80s mesmo...) - não consegui por isso de um modo melhor... a kate bush ainda tem algo que me lembra a joanna newsom (oi, morri). mas, bem, eu fui ouvir o disco de peito aberto, e sem conhecer muito da trajetória nem nada dela, e não sabia que constantemente ela se influencia por filmes, músicas, livros etc... quer dizer, imaginava que "wuthering heights" não poderia ser outra coisa que não uma referência ao livro, mas fiquei meio chocada com o quão descaradamente explícita a música é. logo depois, caí de amores, porque não tem como não gostar de uma música sobre os morros dos ventos uivantes, e a letra capta bem e tudo, mas sempre fico cantando e rindo, restou algo de uma incredulidade engraça que não condiz com o estado de espírito da estória de heathcliff e cathy...

Wuthering Heights

Out On the wiley, windy moors
We'd roll and fall in green
You had a temper, like my jealousy
Too hot, too greedy
How could you leave me
When I needed to possess you?
I hated you, I loved you too

Bad dreams in the night
They told me I was going to lose the fight
Leave behind my wuthering, wuthering
Wuthering Heights

Heathcliff, it's me, I'm Cathy, I've come home
I'm so cold, let me in in-a-your-window
Heathcliff, it's me, I'm Cathy, I've come home
I'm so cold, let me in in-a-your-window

Oh it gets dark, it gets lonely
On the other side from you
I pine alot, I find the lot
Falls through without you
I'm coming back love, cruel Heathcliff
My one dream, my only master

Too long I roam in the night
I'm coming back to his side to put it right
I'm coming home to wuthering, wuthering
Wuthering Heights

Heathcliff, it's me, I'm Cathy, I've come home
I'm so cold, let me in in-a-your-window
Heathcliff, it's me, I'm Cathy, I've come home
I'm so cold, let me in in-a-your-window

Ooh let me have it, let me grab your soul away
Ooh let me have it, let me grab your soul away
You know it's me, Cathy

Heathcliff, it's me, Cathy come home
I'm so cold, let me in in-a-your-window
Heathcliff, it's me, Cathy come home
I'm so cold, let me in in-a-your-window
Heathcliff, it's me, Cathy come home
I'm so cold

Foto do filme O Morro dos Ventos Uivantes, a versão com o Laurence Olivier (curto muito), de 1939. Essa versão se destaca justamente pelo Laurence, que está brilhante no papel de Heathcliff, mas essa moça que faz a Cathy (esqueci o nome) é totalmente dispensável e irritante. O filme tem muitas elipses que não prejudicam a estória, só falta um pouco mais de força, no final das contas... o filme tem outras três versões (uma inclusive feita pela mtv, rs) e teve até telenovela baseada nele também... o que é uma estória imortal, não é mesmo, minha gente?

agora se liguem no estilo do clipe: