terça-feira, 2 de janeiro de 2007

sortidos

Na esteira da volta da "viagem", baixei o cd que o Dresden Dolls lançou em 2006, que tem o simpático nome de Yes, Virginia. Só eu tenho coceira ouvindo essa banda? Não sei porque não consigo aguentar duas músicas deles seguidas. Ouço uma e paro. Vou ali, aqui e volto pra ouvir outra. Não consigo apontar a razão do desagrado, e lembro que quando ouvi Coin Operated Boy pela primeira vez, achei ótima. Mas se ouvir esse disco e não rolar, vou deixá-los às traças (metaforicamente falando, claro) porque o mundo gira e tem muitas outras coisas pra ouvir.
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Sobre a ilha: sinto que realmente descansei e pensei que poderia facilmente ficar lá se tivesse as minhas coisas. Acontece que lá não é minha casa e às vezes tinha vontade de consultar determinado livro, o dicionário, deitar na minha cama. Passei muito tempo na rede, dormi em média 12 horas por dia e li bastante. O ano-novo, em si, foi bem básico. Ano passado, passei o Natal com minha mãe e minha irmã na UTI, minha tia internada. No ano-novo ela ainda estava convalescente, por isso ficamos em casa, vimos o show da virada e fomos dormir. Para não ser o desânimo total, minha mãe fez comidas diferentes e todos estávamos arrumados e tal. Esse ano, voltei pro ritual básico que não tenho nenhum problema em seguir, ficar de branco, um item de amarelo pra trazer dinheiro (vou precisar, esse ano), uma peça de roupa nova; fui pra praia e até joguei um punhado de sal grosso no mar meia-noite, para atender um pedido. Ah, tava com um ramo de arruda. São tantas coisas a fazer que perco a conta. Só não encontrei ânimo pra pular as sete ondinhas. Mergulhei de roupa e tudo no mar, meia noite. Sempre faço isso e costuma ser meu único banho de mar do ano - sem verão, corpos suados, biquinis.
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Na volta, pegamos uma fila de três horas, num sol de 33º que deixaria qualquer um deprimido. Dentro do ferry, geralmente me sinto meio enjoada. E sempre, claro, falta de civilidade por todos os lados: um carro com um mega som no bagageiro, tocando a mil - pagode, claro. Não consigo imaginar muitas situações piores; só se fosse eletrônico batidão, axé ou sertanejo-pop. Suponho que o fato de todos estarem tão congregados, dançando sem camisa na área dos carros, seja algo bom. No fundo, são todos muito ternos, ternos demais (apesar da falta de civilidade). E não quero ser irônica!
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No primeiro dia de 2005, estava na rede lendo os diários de Sylvia Plath. Dessa vez passei o dia acompanhada do Ted Hughes. Post sobre isso mais tarde, quiçá hoje. Ui, que hiperatividade depois do período sem pc... É, lá não tem computador também e isso evidentemente me deprime.