quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

discografia brevemente comentada do brendan benson

A primeira vez que ouvi falar do Brendan Benson foi realmente por ocasião do surgimento do Raconteurs. Como fã do White Stripes, acompanhei atentamente a formação da nova banda do Jack (apesar de minha predileção, desde sempre, ter estado com a Meg, mas isso é supérfluo, como quase tudo). Mas também admito que não me esforcei pra pegar os cd's solo do Brendan - a verdade é que o cd da banda não me empolgou muito.
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As indicações para que eu ouvisse esses trabalhos foram vindo esparsamente, de diferentes pessoas. Quando resolvi chafurdar mais um pouquinho no power pop, dei o passo definitivo pra baixar o Brendan (quem dera). Depois de fazer o download, demorei pra ouvir e quando ouvi gamei de cara.
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O primeiro cd do Brendan, de 1996, é o One Mississippi, que foi o último que baixei.



É um disco com músicas curtas, com algumas exceções, muita puxada powerpop, claro, e com as letras ingênuas, para muitos bobas. Esses são os primeiros versos do CD:

I'm drinkin' tea
If it's good enough for me then it's good enough for you
We can have tea for two
How do you do?


O segundo disco, Lapalco, é considerado pela maioria como o ápice do trabalho dele. Eu acho um disco muito bom também, carismático, com bons riffs e pequenas pérolas que só a música pop pode nos propiciar, como Metarie, uma das minhas favoritas.

Met a girl – introduced myself
I asked her to with me and no one else
And she said: I’d really like to see you everyday
But I’m afraid of what my
friends might say
You need a bath and your clothes are wrong
You’re not my type I can tell we wouldn’t get along
I just laughed what else could I do

O que mais gosto nele é justamente essa ingenuidade, uma certa inocência, combinada cm um quê de cachorro sem dono. Ele me lembra essas pessoas meio hippies meio surfistas, ternas e de bem com a vida, tranqüilas. É simples e, por isso mesmo, tocante.

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O último trabalho solo, The Alternative to Love, tem pitadas country, mas abre rasgando com Spit It Out, que tem uma letra meio metalinguística. Depois vem a bela Cold Hands, Warm Heart, outra favorita. Esse cd realmente vai ficando mais cansativo pro final, ao contrário dos predecessores, que passam num pulo, sempre bons. Ainda assim, é um bom disco.

O ps é que gosto também das três capas. Acho que cada uma evoca bem o espírito dos cds.

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Exemplos de versos simples, singelos e que eu adoro:

My baby's tied to a chair
Don't she look pretty, just sittin' there?
My baby's tied to a chair
Don't she look pretty, just sittin' there?

(refrão de uma canção do One Mississippi)

Oh, girl
Please you got to stay with me
Things will get better eventually

Dá pra resistir?