segunda-feira, 20 de junho de 2005

Get Behind Me Satan




o cd do white stripes eu tinha quase certeza que ia ser foda. claro, sempre há chance dos caras pirarem e lançarem uma bosta. mas eles têm 4 cd's, todos bem diferentes entre si e com um bom nível (meu top top white stripes: 1 - elephant ; 2- de stijl; 3- white blood cells; 4-white stripes - o cd novo ainda não sei em que ponto vai entrar ao certo).
pois bem, o cd chegou aqui com o novo do coldplay (x&y), que é legalzinho mas é aquela coisa, só o tempo vai melhorar (ou não) a audição. vidrei em umas duas músicas e só. mas o do white stripes desde uma primeira audição já me pegou. fiquei pensando, "putz, o cd tá bom". notei que as músicas passam de uma pra outra super rapidamente, e tal, mas o dia a dia cheio não me permitiu fazer uma audição mais acurada do cd (eu ouvi arrumando o quarto, meio distraída). depois, como comprei o cd que o air fez pra trilha d'as virgens suicidas, fiquei com três cd's aqui pra ouvir (e devo admitir que to meio viciada na trilha).
bom, é impossível não notar pelo menos um paralelo com o elephant, que é a habilidade de extrair muito de quase nada - por exemplo, temos novamente meg white cantando de um modo singelo, sem muito mistério.
blue orchid eu já tinha baixado na net, a custo de muito esforço. da primeira vez que ouvi estranhei pra caramba ("isso não parece white stripes!"), mas não demorou muito e eu tava adorando. a música é forte, pesada, dá vontade de ser rockeira. e tem esse nome lindo.
gostei pra caramba também de the nurse ("no i'm never, no i'm never, no i'm never gonna let you down"), que tem percussão de xilofone, vejam vocês. daí vem my doorbell, que é uma delícia de música; forever for her (is over for me), que também é gostosinha de ouvir; little ghost, que tem uma coisa mais country, muito bom; the denial twist me lembra alguma outra coisa dos stripes, mas não consegui identificar - já abre rasgando; white moon, bem arrastada (acho que foi das que menos gostei, assim, eu gostei, mas falando relativamente). instinct blues, como diz o nome, é um blues. no final, a coisa fica bem tosqueira. passive manipulation chega a dar um susto quando se ouve da primeira vez. era parte da música de antes? início da que vem depois? que é isso? isso é meg white cantando uma música fofinha, com muita pouca coisa por trás - e a letra? "women, listen to your mothers don't just succumb to the wishes of your brothers/take a step back, take a look at one another/you need to know the difference... between a father and a lover". só. três vezes. take, take, take também me lembra algo que ainda não identifiquei. algo bom. principalmente na hora do refrão, quando jack canta "take, take, take" ao piano. as ugly as i seem e red rain são boas canções. o disco fecha com chave de ouro: i'm lonely (but i ain't that lonely yet), que é linda, linda, linda.

para uma análise um pouco mais detalhada:
http://www.revistaparadoxo.com/materia.php?ido=2275