terça-feira, 29 de dezembro de 2009

por conta da instabilidade aqui nestas bandas eu migrei o blog pro wordpress. vão lá: www.alusoes.wordpress.com

BJS
feliz 2010

domingo, 27 de dezembro de 2009

pequeno comentário sobre avatar

a história é simples, meio um rascunho-apanhadão-arquetípico de um monte de coisa que já foi dita em muitos lugares. li alhures que tem a sutileza de um iceberg afundando o titanic e procede - procede, mas não incomoda tanto. as pessoas tendem a acreditar que o aparato técnico deveria sempre estar a serviço de uma história, mas não sei - o cinema pode ser diferentes coisas. e a história é boba mas capta muito da época - a vergonha da raça, o papo bicho-grilo ambientalista, a mudança de ponto de vista sobre quem são os aliens, de fato... e ainda um ranço de guerras e invasões que marcaram o século passado. por um lado é como se fosse um gigantesco exercício de estilo do james cameron. acho bom que existam coisas como o avatar - e coisas como o lars von trier também, que chega a tentar anular os aparatos técnicos, deixar cenário invisível e tudo o mais. não acho que em essência um seja mais honesto que o outro. e, para ser sincera, muito me diverti em avatar. cortaria uma meia hora de gordura e pronto.

perdoem qualquer incoerência. vi em 3d há pouco e se não tive dor de cabeça, meus olhos doeram e ainda doem muito. tomar uma ducha e dormir. paz na terra (e em pandora).

PS_ avatar me lembra um pouco wall.e porque todos tendem a ver cinicamente o discurso ambientalista - sempre vai parecer algo digno de graça? mas wall.e tem um mais coração, mais sutileza, mais pathos. e aquela coisa da nostalgia, que tá muito passeando por minha cabeça ultimamente, também, graças a um livro...

domingo, 20 de dezembro de 2009

rip brittany murphy

é verdade que pra mim ela sempre foi e sempre será a tai - e sempre achei engraçado que logo a tai fosse ser a mais famosa da tríade principal. quem diria! clueless é um clássico instantâneo e faz parte da minha história de vida (true fato...), mas kudos para a brittany por sin city, garota interrompida, 8 miles e aquele com a dakota fanning.

pena que ultimamente ela tava meio sumida - e foi demitida do filme com o stallone, aquele que filmaram no rio, ninguém sabe direito porque. agora é a hora da refrega, porque, afinal de contas, morrer de ataque cardíaco com 32 anos é uma situação que mei que pede especulação. mas independente de qualquer coisa, meu sincero DESCANSE EM PAZ.

"you're a virgin who can't drive" HADOUKEN maior de todos.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

melhores discos 2009

esses foram os discos lançados em 2009 que eu mais curti, cantarolei, busquei abrigo. não curti muito as novidades indies do ano (salvo o the xx, que é bem legal). fico com os cantores compositores e coisa e tal. mas o yyy novo é bom d+. a marissa ficou na frente o tempo todo (lindolindo), mas sentei aqui agora, botei a mão na consciência, fiz o filminho de 2009 na cabeça (que filminho...) e não pude fazer diferente:

1) sometimes i wish we were an eagle
, bill callahan

2) little hells, marissa nadler

3) irm, charlotte gainsbourg

4) it's blitz, yeah yeah yeahs

5) uhuuu!, cidadão instigado

6) a strange arrangement, mayer hawthorne

7) noble beast, andrew bird

8) actor, st. vincent

9) the spinning top, graham coxon

10) hombre lobo, eels

sendo que os seis primeiros tão muito mais no coração. quase fiz um top 6. foi meio na unha. o ano não foi lá ESSAS COISAS, mas quando paro e penso na felicidade de existir esse disco do bill ou essa maravilha que a charlotte lançou agora no finalzinho, quase nem entra... talvez ano que vem eu olhe pra isso aqui e pense: FARIA DIFERENTE. mais cedo vi a lista de 2008 e daria uma mudadinha (o último disco do tv on the radio, outra banda que nunca curti, é bom demais e acho que merecia chutar o raconteurs de lá...).

tiro meu chapéu também para otto (quem diria!), julie doiron (nunca foi ruim e boto a mão no fogo: nunca será!), phoenix (hits acachapantes), céu (muito bonito), rachel grimes, richard hawley (eterno), raveonettes (meio anêmico de primeira, mas um dos mais divertidos do ano). teve muito cd de gente que curto que foi bom, mas meeiro. tipo kings of convenience, regina spektor, john frusciante, sondre lerche, brendan benson, sonic youth, madeleine peyroux. o air tem horas que parece que vai te TIRAR DO PLANETA TERRA - e em outros momentos é plain boring. achei bem inferior ao último, acho que na real isso que me chateou mais nesse disco. fazer o quê se o SERUMANO vive na comparação? ah, um beijo pro lightning dust.

dou parciais do que foi meu ano musical de 2009 (atualizo quando ele se encerrar). direto do lastfm:

bandas mais ouvidas:

1. aimee mann
2. wilco
3. marissa nadler
4. she & him
5. yeah yeah yeahs
6. the beatles
7. bill callahan
8. bob dylan
9. smog
10. goldfrapp

discos mais ouvidos:

1. sky blue sky, wilco
2. volume one, she & him
3. it's blitz, yeah yeah yeahs
4. sometims i wish we were an eagle, bill callahan
5. little hells, marissa nadler
6. @#%&*! smilers, aimee mann
7. whatever, aimee mann
8. songs iii: bird on the water, marissa nadler
9. seventh tree, goldfrapp
10. when, vincent gallo

músicas mais ouvidas:

1. brand new start, little joy
2. agoraphobia, deerhunter
3. elephant gun, beirut
4. hysteric, yeah yeah yeahs
5. sky blue sky, wilco
6. either way, wilco
7. metal heart, cat power
8. impossible german, wilco
9. sentimental heart, she & him
10. this is not a test, she & him

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

promo espanhola de lost

promo da última temporada de lost da cuatro, tv espanhola que exibe a série. sem cenas novas, claro, mas dá de mil na da abc, néam?

domingo, 29 de novembro de 2009

A SEMANA NA TV (22 a 28 de novembro)

semaninha curta, com muitos seriados não sendo exibidos por conta do feriado de thanksgiving. ainda assim, tivemos dois ótimos episódios de modern family e the good wife, duas das melhores estreias da temporada, a despedida (for now) de v, um the big bang theory average e um dexter melhor do que a última sequencia. o elo fraco, SURPRESA, foi novamente heroes. nbc, enterra esse show.

aos comentários:

dexter (hungry man) - puta, batiman. já tava na cara que iam enrolar a jornalista e não é que o fazem da pior maneira possível? eu entendo o fator cliffhanger, mas fora isso, QUAIS SÃO AS CHANCES? serião. tiro logo do caminho também tudo de laguerta e batista, que seguem desperdiçando nosso precioso tempo - e aqui de maneira mais cafona do que nunca e PLUS tá tão na cara que vai dar merda... já tão na fase 'eu te amo' e ainda em denial no trabalho... e ficam se agarrando no calçadão do miami kk. morri. a parte de desconstrução da família mitchell foi interessante, ainda que seja previsível - dexter sempre faz isso, precisa destruir o dilema do nosso psicopata tornando a outra pessoa totalmente "matável", digamos assim (como foi com o próprio irmão, lyla, miguel). claro que trinity, por si só, já é alguém que totalmente se encaixa no código de dexter (assim como o eram o irmão e miguel), mas é preciso que destruam os laços criados massacrando com qualquer possibilidade daquele psicopata ser um nice guy. só dexter que pode. assim, facilitam a vida do cara, resolvendo o que poderia ser um dilema mais profundo, tornando arthur um ser totalmente desprezível, mais do que já era. engraçado seria ver a rita dando um pé no dexter - e até poderia resolver uma série de coisas no programa - e também fica interessante o paralelo que fizeram entre as duas famílias. por mais que dexter não queira acreditar, são dois estágios de uma mesma coisa, sim. curiosa para ver onde as investigações levam deb. no geral, gostei mais desse episódio do que dos últimos.
(e só eu senti uma vibe estranha mezzo sensual entre deb e masuka? medo)
(e também foi totalmente pertubador ver a menina que fazia april, filha do luke em gg, como a filha assanhadinha de arthur)

heroes (thanksgiving) - nossa senhora. pelo menos isso põe um film a muito drama e mimimi e injeta um ânimo pros próximos passos (peter e vingança, claire e a busca, hiro e sabe-se lá o que), mas que foi ruim, FOI. hiro e essa obsessão ressurgida pela charlie e fazendo merda atrás de merda... blé. o drama de samuel, se sentindo traído pelo irmão e então matando-o e carregando a culpa, não toca. a volta de gretchen, que gostaria que fosse pro espaço... pelo menos claire, mesmo quando faz coisas cilada como ir se meter com o pessoal carnivale, segue sendo um personagem interessante - e ela vai n'umas que eu acho que vai derrubar a casa por lá... a cena lixo do grande conflito em que nathan dá lugar a sylar... morri. o pior, na verdade, é a cena de antes, em que os petrelli ficam discutindo calmamente o fato de nathan ser sylar - e angela tem a cara de pau de tentar convencê-lo de que como sua memória e sua consciência foi enfiada ali, ele é ele. e aí, amigos, a série tem a cara de pau de fazer isso acontecer. sem mais.

the big bang theory (the vengeance formulation) - bom episódio, com casos positivos para sheldon, como sempre, e especialmente howard. chega dá um suspirinho de alívio quando deixam a parte romance no stand-by. e, de boa, achei que howard ia querer dispensar a garçonete colega da penny porque ela era extra noob - independente de não ser nenhuma starbuck... rs.

the good wife (threesome) - outro ótimo episódio. a coisa está ficando mais intrigante do ponto de vista INVESTIGATIVO/ARMAÇÃO. e teve até espaço pra risada - pelo menos eu ri quando zach bota a música islâmica para tocar. alicia segue sendo impecável, aqui ajudando na defesa de um dos chefes fundadores da empresa, que não quer admitir que está doente e prefere passar a imagem de bêbado. do lado pessoal, ela volta a ser intensamente assediada pela imprensa quando a prostituta que desencadeou o escândalo de peter dá uma entrevista (e é possível ser tão noob como essa daqui? que faz o que faz e depois fica ofendida por peter ir pra cima). the good wife não tem nada bn, mas continua sendo a grata surpresa da temporada (porque eu sinceramente não botei nada de fé nela...).

v (it's all the beggining) - provavelmente o episódio mais fraco dessa grande introdução que foram os quatro primeiros de v - e é aquele que deveria deixar a gente com um gostinho de quero mais - ATÉ MARÇO. começa com o uso eternamente desgastado, e aqui totalmente contra-producente, daquele esquema começa-corta-para-x-horas-antes (deve ter um nome para isso rs). não funcionou porque: a) tava meio óbvio o qeu tinha acontecido; b) durou somente uns 17 minutos; c) a esta altura do campeonato, quem ligava se aquele cara ia morrer? e erica certamente não seria atingida. eu sei, o suspense devia ser se o cara havia virado a casaca, mas não funcionou muito bem. bom, serviu para fortalecer o elo entre o pessoal da resistência, dar um vislumbre do que é a glória que os vs experimetam com anna, fechar mais a cilada pro tyler... e deu pra ver que a quinta coluna é meio noob - um dos cabeças na nave quase se entrega diante da MENOR pressão da anna? ah, tem essa coisa do baby et agora, né? achei anticlimático. de qualquer sorte, pena (e loucura) que só volta em março.

modern family (fizbo) - parece coisa do destino. enquanto v usa o esquema mostra-e-corta de um jeito pífio, vem uma COMÉDIA e arrasa com o mesmo recurso. durante toda a festinha de luke fica meio no ar quem teria ido pro hospital - e por qual motivo. é impressionante como um programa com um elenco tão grande e de apenas 21 minutos semanais consegue dar tempo para todos terem seu momento. destaco phil, aqui numa vibe mais ligado à realidade, pertubando claire ("posso dar uma corridinha até os anos 1950 para recuperar seus suplementos") e, claro, cam, que arrasa de fizbo (inspirado na vida real do eric stoneestreet).

sábado, 28 de novembro de 2009

twilight (rs)

A primeira vez que eu ouvi falar de Crepúsculo foi cerca de um ano e meio atrás. Lembro de chegar no trabalho e discutir com uma colega, que admitiu que achava uma porcaria mas tinha algo tão ADITIVO que ela se pegou comprando as continuações ainda em inglês. Eu estava muito curiosa para saber qual era a do livro, do bafafá, blablabá e fiquei imensamente decepcionada quando li. Escrito pela mórmon (acreditem, faz diferença) Stephanie Mayer, Crepúsculo é uma história rasa de amor que mistura o romance com elementos sobrenaturais como vampiros e lobisomens. Senão bastasse tudo isso, a escrita é muito pobre.

Ainda assim, tive que concordar com minha colega: havia algo de aditivo e senti a vontade de ir adiante, para ver como acabaria tudo aquilo. Enfim, o livro pelo menos gerou curiosidade e darei esse crédito – embora seja mais do que curiosidade, é meio a ADIÇÃO mesmo. Esse quê incompreensível é que deve dar a nota do sucesso. Por que uma história tão banal e que de certa forma já foi contada tantas vezes (inclusive com seu elemento sobrenatural, vide o recente e também sofrível Os Diários do Vampiro) atraiu tanta gente no mundo? E mais, extrapolou o que eu vejo sendo seu público alvo, meninas de seus 12-16 anos, atingindo até balzaquianas que suspiram por um Edward?

Sinceramente, não sei a resposta exata. Claro, todos se interessam por uma história de amor proibido – e nesse sentido a história faz a chupinhação clássica de Romeu e Julieta. E o nosso herói ecoa cavalheiros ingleses (o seu nome inclusive dizem que vem do Edward Rochester, de Jane Eyre), tem um jeitão de Werther dos pobres, é bryoniano, bonitão e abnegado. Isso também atrai interesse. Há um triângulo amoroso – mais um recurso que ajuda a envolver o público. Mas, sei lá, o próprio Diários do Vampiro também tem tudo isso e apesar de ser uma coleção de livros de sucesso está longe de ser o que Crepúsculo é.

Não vejo nenhuma surpresa, entretanto, no sucesso. O livro é mal feito, abissalmente, em alguns pontos, tem muita bizarrice randômica, faz um retrato de um amor que é doentio e vende como a melhor coisa que pode cruzar nosso caminho (Bella e Edward poderiam acabar no LINHA DIRETA), mas, sinceramente, desde quando sucesso e qualidade andaram juntos? É uma história de amor que apela para o denominador comum, para a carência lá no fundo do coraçãozinho, defende a lealdade, a família, a castidade... Chocante seria o Lynch bombar nas massas. Império dos Sonhos bater o recorde de bilheteria seria um choque – Lua Nova, não. Não quero com isso vir com papinho elitista, e Deus sabe que me afogo em coisas como CREPÚSCULO kk, mas existem coisas que são para audiências amplas e outras não. Fim da história.

Agora que perdi preciosos momentos da minha vida lendo A SAGA (kkk) posso dizer com todas as letras que é ruim. E não fiz a linha li pra falar mal. Li pra tentar entender, li porque odeio ficar de fora do buzz, li porque é relevante, li porque é aditivo, como já disse.

É literatura mal feita, é chata, feia, boba, ninguém tem carisma, é uma punhetação eterna com Bella e Edward debatendo cada pestanejada que um deu olhando pro outro... (eterna mesmo. A Meyer agora tá escrevendo uma versão de Crepúsculo sob o ponto de vista de Edward. Sairam 12 capitulos, 178 páginas que contam umas 2 semanas em toda sua LENTIDÃO. Vá por sua conta e risco). Fora que neguinho fica falando aquelas frases mais PLAIN do universo amoroso, ou outras da vibe doentia ("I don't care, Edward. I don't care! You can have my soul. I don't want it without you–it's yours already!"), e agora ainda fico imaginando a KRISTEN STEWART dizendo isso com toda sua inexpressividade... (e eu gostava dela. talvez ainda goste. rs)

Pelo menos o filme tem o robert pattison kkk

É perfeitamente compreensível entender porque as feministas ficam tão chateadas com Crepúsculo. Bella é a clássica mocinha em perigo – e mesmo tendo “personalidade” a ponto de atrair a atenção de geral e de se dispor a fazer a ADRENALINA JUNKIE para vislumbrar o seu amor, ela é totalmente passiva (e desde quando fazer ALOKA é bom, né). E mais, ela é tratada de uma maneira doentia pelo namorado e apenas ensaia se ofender. Edward faz a linha escuto-pensamentos-de-todos-seus-amigos-pra-te-entender-melhor – é absurdo, abusivo e invasivo, ela sabe, sente, verbaliza, mas deixa pra lá. Fora essa obsessão de PROTEGÊ-LA de tudo o tempo todo – “é o meu temperamento” - e no meio disso ficar BULINANDO a garota, que é meio desastrada. O próprio Robert Pattison falou que não entende porque as mulheres querem um cara assim (geral quer ser PROTEGIDA rs). E quando não é ele, é o lobisomem, que mesmo em Lua Nova só estando no estágio da amizade-flerte consegue dar um fora nela similar ao do vampiro – é pro seu bem! Fique longe de mim! Oh!

Até a mãe de Bella GET THE CREEPS com o casal:

"There's something . . . strange about the way you two are together," she murmured, her forehead creasing over her troubled eyes. "The way he watches you - it's so . . . protective. Like he's about to throw himself in front of a bullet to save you or something." I laughed, though I was still not able to meet her gaze. "That's a bad thing?"

Eventualmente, Bella bota o pau na mesa e diz pro vampiro boy que ela sabe o que é melhor pra si mesma e que escolhe ficar com ele – e que quer ser VAMPIRIZADA. SPOILER: te dizer, Bella virar vampira fode com tudo, pra mim. Resolve de uma maneira fácil e panaca a história, destrói a tensão sexual (que tudo bem que era narrada de jeitos ultra cafona, mas era o que esse livro tinha, a coisa do predador-presa, o leão se apaixona pelo cordeiro, a tensão que envolvia POSSIVEL MORTE também), acaba com a coisa proibida. Quer dizer, a mortalidade humana é sempre uma questão nesses relacionamentos, vide TODA A LITERATURA E CINEMATOGRAFIA de vampiros, e nessas de amor-ou-morte eu já imaginava que iam vampirizar a Bella, mas foi pior do que imaginava.

Porque, amigos, se vocês foram ao cinema e saíram MORTOS DE VA com Crepúsculo e Lua Nova vocês não viram nada. Eclipse e Amanhecer levam a coisa pra um outro nível. Imagine que Edward, stalker e psicopata, chega a tirar o motor do carro de Bella para ela não ir ver Jacob – mas é PARA O BEM DELA haha. É porque aí eles dimunem a tensão do amor proibido e jogam com a tensão com os lobisomens, tanto uma guerra quanto Bella se interessando brevemente, mas de maneira mais efetiva, pelo amigo Jacob (embora isso também resvale nas dúvidas que Bella tem sobre seu LIFESTYLE TO BE). Que a beija a força e ela gosta! Haha. Way to go. Fora que Amanhecer traz uma das cenas mais medonhas da literatura mundial, que é Bella dando à luz (é, rola sexo, DEPOIS DO CASAMENTO, abs). Primeiro que ela tá grávida de, hum, um ser diferente, que cresce anormalmente rápido. Depois tem a cena do parto em si, em que o bebê QUEBRA AS COSTELAS da mamãe e Edward tem que cortar o cordão com os dentes. Quer dizer. A coisa vai ficando mais afastada do boy meets girl etc ----

O fato do bebê se chamar Renesmée, mistura dos nomes das mães dos pombinhos, dá idéia do quão FREAK é o papo. E aí o Jacob tem uma “impressão” com o bebê – meaning, para deixá-lo ter um envolvimento profundo na história e obviamente não podendo permitir que ele fique com Bella, a Meyer inventou essa história aí. Que é randômica, cafona, mal feita etc etc, por mais que ela diga que é inspirada nessa e naquela lenda. Mas, quer dizer, são essas coisas que criam o culto, né? Fã adora ficar sabendo qual poder aleatório seu vampirinho preferido tem, ou que a Bella é imune à maioria dos poderes *1, blábláblá, morri etc.


E os lobisomens e a vibe seminua?

Apesar de todo esse texto, acho malice ficar bulinando os fãs. Se a pessoa tem mais de 25 anos e é fã, certamente é noob e possivelmente muito ingênua e desiludida também. De resto, deixa as menininhas serem histéricas. Inclusive histeria em cinema DÁ O TOM nos dias de hoje, independente de ser em coisinhas românticas como Crepúsculo. Let them be. E, de boa, quem vai assistir isso achando que vai ser uma obra-prima? Agradeça se funcionar como guilty pleasure e olhe lá! Acho que nem se dessem pro FRANK CAPRA ficaria bom... Por isso acho sacanagem jogarem nas costas do diretor. O brodinho fez o que pode – e eu acho que Lua Nova é um avanço em relação a Crepúsculo. Achei chocante a crítica do Salon*2 – que amou TWILIGHT na linha me-fez-sentir-adolescente-de-novo – que joga tudo no Chris Weitz. A moça queria romance, mas Lua Nova é outra vibe, vibe PÉ NA BUNDA.

BUH

*1 acho que a Meyer criou isso meio aleatória, porque li a explicação dela para a Bella ceder somente aos poderes de Alice, visão do futuro, e Emmet, controlar humores, e achei sem sentido. Segundo a autora, o CÉREBRO de Bella é peculiar e os poderes que investem aí não a atingem. Tipo a telepatia de Edward, ou, estranhamente, o poder da Volturi – outra bizarrice – Jane de causar dor. A dor não seria real, diz Meyer, e sim a idéia da dor. Mas os humores de Emmet não estão no CÉREBRO, como diria a psiquiatria moderna, e sim CORRENDO NO CORPO.
*2 inclusive nos comentários do texto da Salon tem um cara impagável, dizendo que o filme não possa de MORMON PORN e que odeia a Meyer por ter transformado os vampiros, seres sempre sensuais e misteriosos, nos Cullen.

REPRODUZO:

TWILIGHT = MORMON PORN

Okay,

I'm a gay man and I find these movies insulting. I find them insulting because they take one of the most sexy, transgressive, and complicated figures--the vampire--and turn him (or her)into the romantic lead in the Mormon equivalent of soft core porn.

PS_I WONDER o que as pessoas que falavam tão mal de Harry Potter na época do boom estão fazendo agora. Pulando da janela? Matando os filhos e se matando depois? Porque perto de Stephanie Meyer a JK Rowling vira tipo SHAKESPEARE. Não entro nos méritos de se esse fenômenos seduzem as pessoas para o universo da literatura, mas não vejo como podem fazer o inverso. Vai ter gente que sempre vai ficar na sessão de bestsellers e pronto. Sempre foi assim. Em matéria de fenômeno jovem, acho que Crepúsculo deve ser o pior, no duro, mesmo. Eu adoro Harry Potter. E Desventuras em Série, que tá um nível abaixo no sucesso, acho gênio. E Gossip Girl tem muita coisa ruim mas não ofende. Dizem que O Diário da Princesa é bom, no SEU NICHO, mas esse não tenho saco pra me jogar kk. HSM, Ah. Li o primeiro Diário do Vampiro e achei bomba. Engraçado que a escritora desse tá acusando a Meyer de plágio... Saindo da literatura, Hanah Montana e essas coisas assexuadas da Disney também acho ok, meio mé, mas ok.

POR FIM, fiquem com o kevin smith ZUANDO, mas levando a POMBA BRANCA DA PAZ