terça-feira, 15 de maio de 2007

caros amigos, caros colegas, caros leitores ou whatever.

Eu tenho tanta coisa pra fazer que nem sei por onde começo. Clichê um. Estou imobilizada, pensando num plano de ação; nessas horas você se pega pensando em coisas como “planejamento”, “organização” etc. Algumas das coisas que eu tenho pra fazer, não sei também por onde pegá-las. E os dias vão passando (já se vão meses), sem que eu faça nada. Eu sinceramente não sei como simplesmente a vida se desenrola – e no fundo essa certeza cretina de que aconteça o que acontecer tudo vai pra frente, deve estar fazendo um backup de calma na minha mente... Porque a despeito de todo atraso, de todas mil coisas a fazer, de como estou imobilizada e até negligente, o máximo que sinto é um cansaço físico, das noites mal-dormidas, um desconforto de idéias inconclusas na mente... No mais, absoluta tranqüilidade. Estou tão calma que chego a me perguntar se eu perdi a vergonha na cara ou acessei um plano superior. Porque, claro, ficar deprê agora seria o pior. Eu só fico deprê agora aos domingos, a partir das 10 da noite. Domingo, 10 da noite, penso que já deveria estar dormindo para evitar uma segunda ainda mais estafante, mas, inevitavelmente, não posso dormir pois tenho ainda mil coisas a fazer, mil coisas que procrastinei durante a sexta, o sábado e todo o domingo. Daí no domingo pego a minha agenda e passo o olho pelos dias da semana que me aguardam. Ai me bate um desespero, uma vontade louca de desistir de tudo, de na segunda pegar um ônibus pra puta-que-pariu, e não para a faculdade, de pular da janela. Tenho pontadas de ansiedade que deixam meu peito doendo, fico com raiva de mim por conseguir ser tão pouco assertiva na abordagem do meu things to do. Vou dormir me sentindo mal, pensando na gigantesca lista de coisas incompletas que me assombram, me espreitam, às vezes demoro a pegar no sono porque fico fazendo estratégias de última hora para lidar com os dias, as pessoas... Essa coisa endless ainda vai me matar. Inclusive nos últimos dias minha gastrite voltou a atacar, todos os dias sinto um pouco de dor de estômago, não sei se é a alimentação (sempre foi “ruim” em termos de geração-saúde) ou o que. Cortei o café, não tomo há mais de um mês, embora sinta muita falta de uma boa caneca de café de noite... Agora, por exemplo, com essa dor nas costas insistente e a lista de things to do dançando tango diante dos meus olhos, adoraria tomar um cafezinho. Estou ouvindo Carla Bruni e esperando uma idéia genial cair no meu colo, até umas 9 horas da noite porque tenho prazos.