terça-feira, 6 de maio de 2008

livros da infância

de vez em quando me entrego à nostalgia desbragada e fico relendo os mesmos livros que eu adorava quando era criança. por esse motivo resolvi fazer uma pequena compilação do que era minha biblioteca quando eu tinha uns 8, 9 anos.

* O jardim secreto, Frances Hodgon Burnett - sim, esse é o livro que deu origem àquele filminho da sessão da tarde. Jesus, se eu amava esse livro. É tão INGLES. E apesar de infantil tem um clima um pouco soturno, estranho... Afinal, jardins imensos, labirínticos, crianças cruéis, um viúvo desiludido... Gosto do filme também, um pouco menos, mas acho válido.

* É proibido chorar, J.M. Simmel - esse era o meu preferido dos três que eu tinha do Simmel "autor juvenil" (com uns 12 anos li pela primeira - e até agora única - um livro 'adulto' dele, Ninguém é uma ilha). Apesar desses títulos de auto-ajuda, o Simmel é um autor bacana. Nos seus livros ele trata basicamente de jovens desolados... Nesse aí a protagonista, Maria, pega o dinheiro da turma, que era para uma viagem, e dá para um homem que supostamente ia ajudar a localizar seu pai, sumido depois da guerra. Ela é órfã de mãe. SIM situações extremas, não é mesmo? O tipo de melodrama que toda criança curte. Só que o Simmel trata a história com muita leveza e pungência. É de partir o coração em Mamãe não pode saber ver o menino se matando pra esconder da mae doente que foi reprovado.

* O meu pé de laranja lima, José Mauro de Vasconcelos - outro clássico infantil. Forte, bonito, singelo. Pode ser piegas mas whatever.

* Sozinha no mundo, Marcos Rey, e outros clássicos da coleçao Vaga-Lume - quem não se lembra dessa coleção? Meus preferidos eram esse Sozinha no mundo, O escaravelho do diabo e A ilha perdida, a maioria livros de aventura simples, diretos, aprazíveis.

* Os três mosqueteiros, Alexandre Dumas - eu só lia e relia esse livro o tempo todo. Apesar de ser longo e detalhado ao extremo, do início ser lento e tudo, é aventura demais pra ficar chato. Além de tratar de um tema tão delicioso quanto a CORTE. Não tem erro. Meu mosqueteiro preferido sempre foi Athos, o caladão, justo, direto.

* Agatha Christie - hehehehe. sou/adoro. Uma coisa que a biblioteca aqui de casa tinha a valer era uma grande coleção da Agatha. Foi a primeira escritora que fissurei e toda minha família associava meu hábito de leitura a ela e incentivavam, davam livros. Meus preferidos da época: Cipreste triste, A mansão Hollow e Inimigo Secreto.

sábado, 3 de maio de 2008

you've got a lot of money but you cannot get your bills paid

sou um desastre em economia doméstica

quinta-feira, 24 de abril de 2008

etc

que tenho feito? nada demais. procrastinando a monografia, arrastando o trabalho, acompanhando o ***caso isabella***, ouvindo metal heart all day long.

esse ano parece mais um borrão que todos os outros; está simplesmente passando rápido demais, inutilmente demais, chatinho demais. whatever.

quarta-feira, 26 de março de 2008

cavalos

qualé com a obsessão artística com cavalos? obviamente estou falando da gringa - pelo menos não me lembro de ter ouvido nenhuma canção falando que sonhou com um cavalo na língua mãe, ultimamente... mas para os anglófonos isso parece corriqueiro... senão, vejamos.

ontem eu estava ouvindo o third, do portishead, de novo. é tipo a terceira vez que escuto e as coisas ficam melhores, mas não mudam muito, tanto que desde a primeira audição a música que eu gosto mais é 'the rip'. e ontem deitadinha, que reparei pela primeira vez nos versos "white horses/ they will take me away".

a primeira coisa que me lembrei foi da pj ("horses in my dreams/ like weaves, like the sea" etc) e logo depois na horses dos rolling stones - que surgiu da primeira frase que a marianne faithfull falou quando saiu do come: WILD HORSES COULDN'T DRAG ME AWAY. no mesmo dia estava ouvindo belle and sebastian, depois de muito tempo, e daí enquanto cantarolava "get me away from here, i'm dying" estava vendo o encarte do if you're feeling sinister e por um acaso meus olhos pararam em judy and the dream of horses:

Judy, let's go for a walk
We can kiss and whatever you want
But you will be disappointed
You will asleep with ants in your pants
Judy, you're just trying to find and keep the dream of horses
And the song she wrote was Judy and the Dream of Horses
Dream of Horses
You dream of horses

judy é a garota que se doou para os livros e se dedicou a ser a número 1 e de repente se rebelou... essa musica é um pouco intrigante, eu acho. ela dorme sobre um livro e sonha com uma garota que roubou um cavalo, depois escreve uma canção chamada exatamente judy and the dream of horses, que já no primeiro versos dizem ser "the saddest song"...

a coisa fica mais dramática se você pensa em gente como bat for lashes ou my brightest diamond, com suas photoshoots cheias de cavalos... bat for lashes diz: horse and i, we're dancers in the dark (outra imagem, por sinal, muito batida em músicas e filmes, essa de dançar no escuro). my brightest diamond (adendo, acho esses dois nomes artísticos beeem fraquinhos, mas em música acho que bat for lashes tá na frente) lançou em 2006 seu primeiro disco, bring me the workhorse. nas fotos, ela e um cavalo preto, que também aparece, face to face, no ep disappear. em 2007 saiu o disco com remix, tear it down, que traz um esboço de dois cavalos na capa. na estréia duas músicas citam cavalos, riding horses e workhorse.






patti smith lançou horses, múm tem o HIT i was her horse, vaselines tem o the day i was a horse e por aí vai. mas são um pouco diferentes desses cavalos como visões, como forças da natureza, de liberdade (talvez o da patti tenha 1 pouco disso).

para ver uma lista mais country-boy de músicas de cavalo: http://www.potomachorse.com/songs.htm

pra ficar na área da poesia, sempre bom lembrar que ariel da sylvia plath é sobre um cavalo:

Stasis in darkness.
Then the substanceless blue
Pour of tor and distances.

God’s lioness,
How one we grow,
Pivot of heels and knees!—The furrow

Splits and passes, sister to
The brown arc
Of the neck I cannot catch,

Nigger-eye
Berries cast dark
Hooks——

Black sweet blood mouthfuls,
Shadows.
Something else

Hauls me through air——
Thighs, hair;
Flakes from my heels.

White
Godiva, I unpeel——
Dead hands, dead stringencies.

And now I
Foam to wheat, a glitter of seas.
The child’s cry

Melts in the wall.
And I
Am the arrow,

The dew that flies
Suicidal, at one with the drive
Into the red

Eye, the cauldron of morning.

terça-feira, 25 de março de 2008

teste

vamos ver se esse editor do msn funciona mesmo e tal

boêmio encantaor & a levada da breca

em certo sentido, depois de ver o fabuloso the philadelphia story esses dois filmes são anticlimáticos. BOÊMIO ENCANTADOR começa sugerindo uma coisa e meio que se perde. kate hepburn sempre faz o papel de rica, refinada, de personalidade forte, com algo de excêntrica. a atuação dela é muito sutil, porque se você pegar a Tracy de TPH e a repórter do seu primeiro filme com Spencer Tracy (juro que esqueci o nome agora), bom, a espinha dorsal é a mesma e podia ser mais do mesmo, mas ela se baseia nas sutilezas. e ela trabalha muito bem com vozes também (aquela voz anasalada casa bem com uma excêntrica). cary grant lindo em todos os filmes (charmoso, I mean). um gentleman, boa vida e sem apertos, um não noob, em TPH. um homem comum em Boêmio (título pointless, por sinal) e um nerd atrapalhado em Bringing Up Baby (Levada da Breca). A atuação dele, apesar de meio forçada, tá legal e tal. O filme é uma comédia dessas que suprimem a razão, não faz o meu número, mas é válido (confusões e coisas assim, não importa o enredo, só talk talk talk). Se Cary e Kate têm química? Bom, eles ficam bem juntos (torci por ele em PS, J. Stewart indecentemente com cara novo e totally presunçoso), sempre nos trinques - mas again, Cary lindo, todas ficam bem ele, FATO. A verdade é que acho Kate a mais pura assexuada. Não tem muita graça ninguém pegando ela, nem imagino SEXO COM KATE HEPBURN.




a atuação do cary é meio nervosa - em bringing up baby -, cheia de tiques e coisas assim. acho que prefiro a dela, no final das contas, mas é uma dupla de atores e tanto. revi metade de notorious por esses dias e derreto com o cary nesse filme - e a ingrid, bjs morri.

terça-feira, 11 de março de 2008

breve post

a biografia da rita é tipo das piores, até nesse nível baratinha e tal. mas é leitura sussa, rápida e até certo ponto informativa, então ok. depois de terminar o livro fique OK, rita tá meio fora do meu panteão, mas ela parece tão desinteressante que até despertou um certo apreço... finalmente conheci a faceta dançarina dela, e é isso que conta realmente né, os filmes. COVER GIRL é ok, e só ok. o figurino é todo errado, o cabelo é o mais puro estranho, os números musicais são simpatiquinhos. YOU WERE NEVER LOVELIER já dá uma elevada na coisa, números agitados, "românticos", p&b, roupas bonitas, o penteado ajeitado. a rita é muito graciosa, ela tem realmente o dom da dança (e do sapateado), tá lá se acabando e fazendo parecer a coisa mais simples do mundo, como a gente dá um passo ela desanda a dançar. ela está muito bonita em you were..., mas não chega àquela coisa de prender-respiração de GILDA (chegou alguma vez? nunca vi). a verdade é que ainda prefiro a cyd, essa realmente lançou um FEITIÇO em mim (por sinal, a rita tem as pernas bonitas também e é relativamente alta, todas pareciam assim em cover girl - segundo a biografia eram todas modelos, de fato).

fico me perguntando com um quê de amargura porque os projetos do gene ficam sempre parecendo cilada quando comparados com os do fred... fred simplesmente fez A RODA DA FORTUNA com cyd, isso é tipo TOPO (e meias de seda não é de se jogar fora também ein). quando fui assitir BRIGADOON tava cheia de exectativa. era minnelli também, cyd e gene, mas o filme é totalmente equivocado, cafona, o minnelli se excedendo do pior jeito... enfim, o filme é RUIM, você pode salvar 1 número musical (nos campos, ele atrás dela) e jogar o resto fora. é o pior minnelli que já vi.

daí vem a rita, há tempos querendo ver cover girl, e o filme é ok tals, mas you were never lovelier bate fácil, fácil. e you'll never get rich parece ainda melhor.... o fred escolhia os projetos melhor que o gene? NÃO SEI. ainda acho que nada que o fred fez pode se comparar à graça de cantando na chuva (me apx de um jeito inédito pelo gene nesse filme), embora seja difícil comparar as cores, a leveza e o tom grandioso, ao mesmo tempo, de cantando na chuva com o simples e compacto picolino, por exemplo.

ps - acabei a biografia dos beatles e tá naquele tipo da carmem, bem pesquisado, bem escrito, um pouco devagar demais no início (ieieie, beatlemania, alemanha) e apressa um pouco o passo na parte do final (os discos "arte"). mas é bem boa, ela acaba com o fim dos beatles e você fica querendo que tivesse continuado, que seguisse a carreira do paul, o circo do john, ringo, meu bb george... o que vem depois ele dá conta em um epílogo.