sexta-feira, 19 de setembro de 2008

sobre gossip girl, carisma e duplas

THE SERENA & BLAIR SHOW


Gossip Girl, em tópicos:

- Essa história de que os livros são melhores é balela. Podem ter cortado muita putaria dos livros etc (só li os dois primeiros e, so far, nada de taaanto assim), mas o que é isso? Ter mais liberdade ao retratar a putaria juvenil atual á um ponto, mas não é tudo. O livro falha onde a literatura não pode falhar, né: nas palavras, na escrita nua e crua. É muito frio e distante. Até a gossip girl. Parece, de fato, fictício. E todas as qualidades que vou elencar abaixo são da série, porque no livro não tem nada... Em compensação, os defeitos são tanto de um quanto de outro...

- A grande vantagem de Gossip Girl é a dupla principal, Serena&Blair. No livro, ninguém é carismático, não dá, é muito pá-pum. Mas na série elas estão lá, bonitas, interessantes, carismáticas e inteligentes. Eu sinceramente não consigo ficar nessa de team Serena e team Blair e, ao contrário da maioria, gosto quando elas estão mais pra amigas do que inimigas (Serena faz muito a boazinha reformada pra dar uma briga legal). A amizade delas é mais legal do que qualquer casalzinho da série (Dan proto-pessoa-diferente? Nate, o clássico mocinho que não vai pra lugar nenhum? Chuck, mais um embuste pras menininhas que acham chato ser bom? PFFFFF). Na realidade, fora elas duas não curto muito nada na série (roupas e músicas legais, mas tipo, q). Não agüento com Rufus (cara de nada), Jenny (sonsinha), todas aquelas meninas genéricas...

A coisa mais surpreendente da dupla, no entanto, é o fato de ser bem interpretada. A Blake Lively, que faz a Serena, só tinha no currículo umas brinks e aquele filme “Quatro amigas e um jeans viajante” – o que é brinks também, né. O tiro que saiu pela culatra é que no livro (e na série, né) a Serena é aquela que todos olham quando levanta, que todas meninas querem ser e todos caras querem ter, é naturalmente mais popular, interessante, atraente. Mas Blair emplacou mais (só por curiosidade, a maior comunidade da Serena no Orkut tem 4 mil pessoas, a da Blair 14 mil). Claro que é fácil justificar isso: Serena bitch só em flashback, ela agora é boazinha, enquanto Blair continua manipuladora. Não tem como querer competir. Mas eu ainda acho a Serena muito mais cool. No duro. Ela tem uma aura de desligada, de lerdinha, que eu acho muito interessante. A risada e a voz delas são carismáticas; ela se veste melhor. Ela tem o cabelo mais bonito da televisão (babei neste cabelo, tem um peso, um “caimento” mágico, além de um tom de loiro muito clássico, elegante, distinto). A Blake tem só 21 anos e faz a reservada, lembrando um pouco a Serena (acho muito bonitinho, e não pseudo e chato a la Natalie Portman, quando a New York Magazine tenta perguntar dela e do cara lá que faz o Dan, e ela fala “Poxa, não é a NYM, não é pra ser classy?”).

Risada gostosa kkkk

Olha só esse trecho de uma entrevista que ela deu pra Capricho:

“Quando fiz Quatro Amigas e Um Jeans Viajante, os fãs dos livros da série me viram no filme e, sei lá, talvez porque eu tenha o cabelo comprido e loiro, eles acharam que eu tinha que ser a Serena na TV e fizeram uma campanha na internet. Acho que Josh viu isso e me ligou. Ele me disse: ‘Escrevi uma série para você. Não vou dar o papel para mais ninguém’”

Eu entendo perfeitamente o Josh Schwartz. Eu também não faria sem ela. O interessante é que a Serena da série tem essa coisa etérea mágica que no livro, sinceramente, parece mais dumbness – o que também deve ser mais acurado, tipo do ponto de vista objetivo da “vida real”.

Já a Leighton Meester, de 22 anos, é impulsiva, impetuosa, com um currículo nada notável pré-Gossip Girl. O que eu gosto mais da Leighton são os olhos. Ela passa toda vulnerabilidade da Blair quando enche o olhão de lágrima, juro que me mata. Ela é bonita de um jeito clássico, bonequinha, se veste inspirada na Audrey Hepburn, e tem um toque de malícia que a Serena não tem. É claro que a Leighton é muito mais mundana que a Blair, mas as duas parecem compartilhar uma agressividade intrínseca, além de serem vivão.

Vulnerabilidade de matar um
Acho a Leighton um pouco brinks (com essa coisa de ser cantora também hehe), curtindo muito a vida de celebridade e tal, mas ela é tão direta e honesta, tão tangível, que acho que só se pode admirá-la, ainda mais levando em conta que “veio de baixo”.

Leighton com um cachorro horrível

Os outros nenli. NENLINENLINENLI. Só a Lily que tem uma coisa clássica que acho legal, mas é passável também. Estes coadjuvantes são um defeito tanto do livro quanto da série. Dá pra empurrar com a barriga, e vamos que vamos (a segunda temporada perdeu um pouco o fôlego).
Dizem que as duas não se bicam na vida real. Eu acredito, nada de inimigas e tal, mas apenas não se dão, elas não têm a ver mesmo.

- Outras duas coisas charmosas do programa: a Kristen Bell narrando (coisa fina) e geral se chamando por iniciais, acho legal.