making of - gone with the wind
parte 1: fala do contexto de guerra durante a produção do filme, que começou a preocupar selznick em 1936... fala da mgm e do selznick (destaque: ana karenina com a garbo, papel que viven leigh ia repetir no futuro). selznick começou trabalhando pro sogro (louis b mayer) e depois fundou sua própria companhia, que produziu coisas como a star is born (a versão original, com judy garland). "he wanted to control everything", diz o documentário. depois chega na história de margaret mitchell, a autora do livro "gone with the wind", que conta como sua mãe falava da guerra civil e dizia para "colocar algo na cabeça que durasse".
O primeiro nome de Scarlett seria Pensy O'Hara, que só foi trocado quando o editor não gostou... Aparece um depoimento da Katherine Brown, que captava idéias para Selznick (e foi quem correu atrás da Ingrid Bergman na Suécia) falando que adorou o livro (leu o manuscrito enviado por um agente) mas que Selznick a priori não queria comprar, pois não tinha a pessoa certa para o papel principal e o valor era muito caro (acabou sendo o valor mais alto pago pelos direitos de um livro que ninguém conhecia ainda, na época, nem sequer tinha sido publicado). Logo de cara contrataram George Cukor (aparece um breve depoimento dele) para dirigir. Eu sinceramente nunca soube que o Cukor tinha sido o primeiro diretor de Gone With The Wind, só vi agora na bio da Vivien... Contrataram Sidney Howard para ser o roteirista principal, ele trabalhava a distância (ô beleza). O livro se tornou um best-seller e Selznick tentou trazer a Margaret pro filme mas ele dizia: eu escrevi o livro e isso é tudo BEIJOS (segura que o filho é teu). Ai veio a Scarlett O'Hara contest (rsrs): Bette Davis (q), Katharine Hepburn (faz um pouco de sentido, e, bom, o que a Kate não conseguia fazer??), Miriam Hopkins (de chorar), Margaret Sullavan (q), Joan Crawford (q) e Barbara Stanwyck (estranho...) Aparentemente, mais de 100 atrizes fizeram testes pra Scarlett (mostra uma lista rapidamente e o nome destacado é bem o da Paulette Godard). Eu sempre imaginei que o Selznick tava morrendo para achar uma atriz (bom, isso é verdade) e aí descobriu a Vivien Leigh, pois sempre via por aí todos dizendo que ela era ninguém, que estreou em Gone with the Wind, sendo que na realidade foi estréia apenas em Hollywood (tinha uma meia dúzia de filmes na Inglaterra) e ela era ninguém MAIS OU MENOS né... Tipo nos EUA. E também ELA QUE MEIO QUE FOI ATRÁS, tava bisesiva de fazer a Scarlett, e geral quando viu achou que ela era (e era) perfeita pro papel. bom, voltando. sugeriram por carta até a mestra MAE WEST... e um senhor sugeriu Vivien Leigh. Era uma mania nacional, incentivada por reportagens de um conhecido de Selznick. Kay Brown foi numa busca pelo Sul e em Hollywood os testes continuaram. Aí vem a parte maravilhosa desse documentário: TEM SCREEN TESTES!! Foram ao todo 32 atrizes que fizeram testes - tem até a Lana Turner! A maioria parece missplaced, a Paulette Godard foi a melhorzinha (a cena também não era das graaandes "I love you, Ashley). Ai pula pra escolha de Rhett. Segundo a secretária de Selznick, era unânime que deveria ser Clark Gable.
Segue falando de problemas com o roteirista Howard e o avanço nele... E como começou com 1h30 e foi aumentando... Opa! Chega na parte do William Menzies, o primeiro homem a receber o crédito de production designer na historia do audiovisual... Ele se propôs a fazer a 'complete script in sketch form', o que polpou muito dinheiro durante a realização do filme. Falam sobre sua viagem para o Sul, para transmitir o espírito do lugar para o filme e também da ajuda de um historiador, que trabalhou com Menzies e o diretor de arte. Selznick só foi pro Sul na premiere do filme (kkk). Passam alguns testes pro papel de Melanie, com uma cena que foi usada só pra isso... Andrea Leeds foi legal de Melanie... Nenhuma das testadas chamou atenção dos produtores. Paulette Godard estava na frente na disputa por Scarlett... Mostra que Jezebel, também um "filme sulista", trazia Bette Davis como protagonista e era como uma longa audição... Selznick estava gastando torreões e ainda faltava muita coisa (os protagonistas, por exemplo! Gable tinha que ser emprestado). A MGM sugeriu comprar o filme e ele ficar na produção, mas ele queria que o filme fosse feito por sua empresa... Era um sonho e uma aposta... Só precisava de mais dinheiro kkk A Warner sugeriu entrar no negócio, com dinheiro + Bette Davis + Errol Flyn. Acabou se acertando com a MGM, que entrou com o dinheiro pelo direito de distribuição.
Gable nao queria fazer o filme. O acerto para ele envolveu ajuda pro divórcio, dinheiro pra ex e uma semana de folga para casar com Carole Lombard (sim...). Paulette tava voando na frente. Em segundo lugar, Kate Hepburn (que para Selznick não era sexy). Aí fala um pouco da Paulette, seu caso com Chaplin, sua amizade com Selznick... E como tava meio pra ela, a parada.
OK. Nessa quinta parte começam falando de Vivien, seu passado, seus poucos filmes na Inglaterra. Ela lê o livro e fica obcecada por Scarlett, acha que combina totalmente com ela, e começa a se preparar, mesmo sem esperanças. Em 1937 Charles Morrison recomenda ela no filme Fire Over England. Selznick assistiu o filme e nem leu. Vivien começa seu caso com Laurence Olivier e quando ele vai pra Hollywood fazer O Morro dos Ventos Uivantes ela vai junto, e também assina com o agente americano dele, irmao de Selznick. Vivien e Marion Selznick se conhecem e ele resolve levá-la para ver o irmão. Estavam filmando Atlanta pegando fogo. O incêndio apareceria no filme e serviria para "limpar" o cenario para novas construções (idéia de Menzies). Scarlett e Rhett foram feitos por dublês. Depois da cena, Marion chegou pro Selznick e falou: Meet your Scarlett O'Hara. puffs.
Seguiam, então: Joan Bennett, Jean Arthur (me enterrem), Paulette Gordard e agora, por fora, Vivien. No natal, falaram para Vivien que o papel era dela. Em janeiro, as filmagens começaram. Leslie Howard foi escolhido para Ashley, apesar de ser meio velho pro papel. Ele nao estava muito interessado no filme, e para seduzí-lo usaram o fato de que sempre quis ser produtor, então ele foi produtor associado de Intermezzo: A Love Story (estreia de Ingrid Bergman em Hollywood, na qual Leslie era o partner dela). Ele nem leu o livro, nem sabia nada mais que suas falas kkk. Olivia de Havilland era a primeira escolha de Selznick, mas ela era da Warner e só conseguiu licença para fazer o filme pelo pedido da esposa de Jack Warner... Helda Hopper escreveu na sua coluna que era um absurdo depois de 2 anos de busca a escalada sequer ser americana! E falou que esperava que milhões de pessoas deixassem de ver o filme em protesto rsrs. Em seguida o documentário apresenta alguns problemas da produção com a audiência negra, a rotina de Vivien no estúdio (testes de roupa, maquiagem, 2hs treinando sotaque) e tambem a preocupação de Selznick com o caso de Vivien e Olivier. Ele colocou um segurança perto da casa dela para impedir que vissem e tirassem foto de Laurence entrando ou saindo, o que seria considerado danoso para a imagem do filme.
Depois Clark Gable chegou pros testes de câmera dele. Ele fala de seu medo de fazer um papel que todos conheciam muito (a esta altura do campeonato o livro era um best seller). Nessa parte comentam também da bagunça do script, gente indo e vindo (inclusive Scott Fitzgerald).
(TO BE CONTINUED)
UPDATE: como já deu pra ver, isso aqui vai demorar pra continuar... hoje quase comprei o box com 5 dvds do filme, mas minha irmã ficou me pertubando, querendo fazer a sóbria com dinheiro...
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